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Notícia

ADBP realiza inquérito ao tecido empresarial da Baixa-Chiado

Análise de mercado surge com a necessidade de auscultar os empresários da Baixa-Chiado em face da pandemia Covid-19

13 de Maio de 2020 às 08:47
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A ADBP – Associação de Dinamização da Baixa Pombalina é uma estrutura associativa representativa multissectorial do território da Baixa-Pombalina, abrangendo as áreas do comércio e serviços, desde das farmácias à restauração, passado pelo comércio de moda, ourivesarias, etc.
Durante o período de 8 de abril a 22 do mesmo mês, a ADBP, levou a cabo um inquérito junto dos seus associados, com o objetivo de caracterizar as empresas e o efeito da pandemia Covid-19 nos seus negócios.
 
A conclusão obtida com o feedback ao inquérito revela que face às características e dimensões das empresas que operam nesta zona da cidade, verifica-se que esta pandemia irá, certamente, originar uma forte crise no tecido empresarial que a compõe, uma vez que muitas unidades empresariais deixaram de existir.
 
O sentimento dos empresários revela ainda que o impacto da pandemia Covid-19 irá representar uma perda significativa nas restantes empresas que continuem a sua atividade, na medida, em que não se vislumbra que, face às dificuldades económicas que provavelmente se irão viver, ainda que, com algum investimento que venha a ser feito, no futuro, na Baixa-Chiado, seja suficiente para permitir compensar as perdas sofridas.
 
Por outro lado, esta pandemia veio abalar significativamente, um dos grandes motores da atividade económica desta zona, ou seja, o turismo. Esse sentimento existe face ao momento atual mas também quanto ao futuro da atividade económica deste segmento, que irá sofrer fortes constrangimentos, a começar, provavelmente, nas ligações aéreas e nos cruzeiros marítimos, o que terá, certamente, um impacto significativo sobre o número de visitantes.
 
No entanto, a ADBP, na pessoa do seu Vice-Presidente Dr. Vasco de Mello, revela esperança de que tal perda possa vir a ser compensada com uma maior atração da área para os consumidores nacionais, que poderão ficar receosos dos grandes espaços comerciais optando pelo comércio tradicional de rua.
 
 
Na sua opinião, qual a importância da criação deste tipo de inquéritos aos empresários da Baixa?
 
 Na fase em que vivemos, a necessidade de auscultação das empresas existentes na Baixa-Chiado, é bastante importante, na justa medida, em que existe necessidade se saber o que está a ocorrer nas empresas, quase em tempo real.
 
Qual é o principal feedback que, na sua opinião, se retira deste inquérito?
 
Do ponto de vista da informação, o inquérito é bastante útil, na justa medida, em que possui um conjunto de informações muito úteis, claras e explicitas.
 
Porém, o mesmo já não é tão positivo quanto às conclusões do mesmo. Destas, pode-se concluir que as empresas da Baixa/Chiado, no início de Abril, estavam com enormes dificuldades.
 
De acordo com o quadro atual da economia em geral, aliado aos resultados deste inquérito, qual é a sua espectativa quanto ao futuro a curto e médio prazo da atividade económica na Baixa?
 
A espectativa não é muito positiva.
 
Dentro de dias, iremos publicar um novo inquérito que foi realizado nos finais de Abril, cujos primeiros sinais não são encorajadores.
 
Havia uma forte apreensão dos empresários quanto a aplicação das medidas desenhadas pelo Estado, nomeadamente, o facto destas não estarem a chegar ao terreno, isto é, o atraso nos pagamentos do Lay-off, a demora nas aprovações das linhas de crédito, designadamente, por parte as sociedades de garantia mútua. Preocupações ao nível dos custos dos arrendamentos.
 
Existe uma série de preocupações que se traduzem na existência de dificuldades futuras, que levam as empresas a considerarem que os tempos futuros serão de dificuldades.
 
http://www.adbaixapombalina.pt/
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