"Atualização, refresh, novas ideias, network, criação de novas áreas de negócio, apoio ao crescimento e internacionalização de empresas. Formação executiva é muito mais do que uma terminologia. É uma forma de estar na vida, ao longo da vida", afirma José Crespo de Carvalho, presidente do Iscte Executive Education. Para o professor, quem não aposta na Formação Executiva apenas perde a curto médio prazo. Sejam indivíduos ou empresas. Aposta essa que tem sido feita, também, pelo Iscte Executive Education.
São muitos os programas que a escola oferece na área da Formação Executiva, num trabalho que conta já com mais de três décadas e que, sistematicamente, apresenta novidades. "Trabalhamos em três frentes. Aproximações corporativas que são sempre novas e desenhadas à medida. Aproximações em open enrollment, ou abertas, onde ainda este ano vamos introduzir programas em inteligência artificial, vendas, mercados financeiros e desenvolvimento pessoal", salienta o docente. "Trabalhamos ainda e cada vez mais numa lógica internacional que nos leva a programas para empresas e abertos em mercados internacionais".
Não é fácil para José Crespo de Carvalho destacar cursos da oferta do Iscte Executive Education na Formação Executiva. "Diria que se os temos é porque todos fazem falta e preenchem lacunas e acrescentam não apenas conhecimento mas experiência, saber fazer, ser e estar aos nossos participantes. No mais, o flagship poderá dizer-se o Executive MBA por várias razões: por ser o programa mais longo e o que por natureza se torna mais transformador, levando os participantes a crescerem, desenvolverem novas competências, serem mais autónomos e muito melhores decisores. E onde se trabalha, igualmente, a componente humana, isto é, a transformação das pessoas para visões e atuações mais humanizadas. Mas podemos, ainda, acrescentar áreas: vendas e comercial, financeira e controlo de gestão, gestão em saúde, gestão de projetos e gestão para não gestores, entre outras".
De acordo com o professor, é mesmos nestas áreas que há uma maior procura de cursos. "Apostas, que se revestem de outra dimensão, em logística e cadeia de abastecimento, em estratégia e controlo de gestão, em vendas, em gestão de projetos, em novas dimensões na saúde, em digital e em uso de IA, para só mencionar algumas".
A verdade é que, no ISCTE Executive Education não faltam opções. E quando não há aquilo que as empresas procuram, cria-se, no âmbito da Formação Customizada: "As formações respondem às necessidades das empresas. Caso contrário não haveria mercado. Dito isto, quando não temos mercado desenhamos ou redesenhamos programas. Águas estáveis não são para formação de executivos. Temos de estar permanentemente a reinventar-nos ou deixamos de ter mercado. Só vivemos de mercado e é bom não o esquecer", assegura José Crespo de Carvalho.
Será, talvez, devido a esse foco constante no mercado e suas necessidades que, de ano para ano, sobe o número de profissionais e empresas que procuram as formações do Iscte Executive Education, disponíveis em todos os tipos de formato, nacional e internacionalmente. "Os nossos programas são instrumentais. Por instrumentais pretende dizer-se que preparam para o mercado de trabalho, em termos de upskilling e reskilling. Têm sido, felizmente, muito bem recebidos pelas empresas. E a prova é a mais do que duplicação do número de participantes dos últimos quatro anos".
E o que caracteriza o Iscte Executive Education? Exatamente, assume José Crespo de Carvalho, esse lado prático e instrumental: "O ser hands-on. Preparar os participantes para, como dizia, saberem fazer, ser e estar. Somos muito pelo lado aplicacional e replicamos isto há quase 35 anos".
Num mercado em rápida mudança, são vários os desafios que se colocam a profissionais, empresas e, também, às escolas. Desafios, esses, que estão bem identificados no caso do Iscte Executive Education. "O mais importante e premente é levar o nosso corpo docente a introduzir as ferramentas de Open AI nas suas unidades curriculares e a criar aproximações e formatos dinâmicos de modo a podermos ter utilização em várias dimensões de inteligência artificial. Mas não se esgota aqui. Há muitíssimas outras dimensões de mudança rápida, até no próprio ambiente tecnológico de pensamento e construção de conhecimento e experiência".
Além disso, refere o docente, há uma grande prioridade para formação de executivos: continuar a aposta na internacionalização. "Temos várias parcerias internacionais. Diria que neste momento nos falta apenas um continente para fazermos o pleno. Internacionalizar é a prioridade número 1 da nossa formação de executivos. As duas outras são a formação corporate, customizada, e a abertura ou a dinâmica do catálogo de formação. Em relação a números, esperamos fechar 2024 com 50% de alunos internacionais". É, aliás, esse elevado número de alunos internacionais que tem permitindo à escola não sofrer com as crises dos últimos anos. "Felizmente o que perdemos nuns mercados, ganhamos noutros. Vão existindo equilíbrios que nos continuam a permitir crescer consistentemente. Se trabalharmos para o mundo, os abalos ficam mitigados. O que se passa hoje na Índia, para dar um exemplo, não é nada do que se passa em Portugal".