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Moedas quer os turistas a pagar mais pela limpeza de Lisboa

O presidente da Câmara de Lisboa quer aumentar a taxa turística a partir de janeiro para que “o turista contribua para a cidade, pagando, por exemplo, a sua limpeza”. E vai tomar medidas concretas e com a adesão da população para ter a capital neutra em carbono até 2030.

16 de Novembro de 2023 às 11:30
Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, na talk com Ivone Rocha, presidente da Plataforma para o Crescimento Sustentável
Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, na talk com Ivone Rocha, presidente da Plataforma para o Crescimento Sustentável
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As smart cities vieram para ficar e Lisboa é uma delas. Uma cidade inteligente é aquela que, usando a tecnologia, tem o cidadão, e o seu bem estar como foco principal. E estão as Smart Cities a crescer ao ritmo necessário? Foi para dar resposta a esta questão que Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), conversou com Ivone Rocha, presidente da Plataforma para o Crescimento Sustentável, abordando temas que foram desde o plano de drenagem de Lisboa, à pressão turística, passando pelos superquarteirões, as Jornadas Mundiais da Juventude e pela Fábrica de Unicórnios.


Há dois problemas que estão na ordem do dia em Lisboa: a pressão turística e a limpeza urbana: "As pessoas têm de ver que o turismo contribui para a cidade. Como? Temos que aumentar a taxa turística. Para quê? Para que o turista contribua para a cidade, pagando, por exemplo, a sua limpeza. Os cruzeiros não pagam taxa turística. É inaceitável", sublinhou Carlos Moedas, garantindo que tudo fará para inverter esta situação.


"A minha vontade de ser presidente da Câmara teve a ver com o que vivi, como comissário europeu, na área climática. Falta-nos, muitas vezes, passar das grandes ideias e medidas europeias ao concreto", afirmou. O autarca contou que, como Comissário Europeu, integrou o grupo de trabalho que criou A Missão Cidades Inteligentes e com Impacto Neutro no Clima, com o objetivo de trazer medidas concretas para as cidades. E, quando assumiu a presidência da CML, foi altura de candidatar Lisboa a integrar essa lista de 100 cidades neutrais em carbono em 2030.


"Pode haver muita sensibilização, medidas óbvias para os cientistas, mas se não tocarem as pessoas não vai funcionar. Precisamos de todos, seja na reciclagem seja nas emissões de CO2" Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa

"Queremos dizer que medidas vamos tomar para podermos ser neutrais em carbono em 2030. A ideia é que sejam tão claras que permitam uma grande e imediata adesão dos cidadãos. Foi por isso que começamos com uma simples: transportes púbicos gratuitos para os jovens e a terceira idade. Quisemos convencer uma grande fatia da população a usar os transportes públicos." Para Carlos Moedas, sem este tipo de medidas é impossível atingir as metas. "Pode haver muita sensibilização, medidas óbvias para os cientistas, mas se não tocarem as pessoas não vai funcionar. Precisamos de todos, seja na reciclagem seja nas emissões de CO2".


Os recursos hídricos são outra prioridade. Carlos Moedas contou que, ao tomar posse, uma das suas primeiras medidas foi olhar para as despesas da autarquia com água: "Pagamos 4 milhões em água potável. 75% dessa água é usada para lavar ruas e regar jardins. Não faz sentido. Quisemos mudar isso. O Parque Tejo já foi regado com água não potável."


Também parte da água da chuva que será captada pelos túneis de drenagem de Lisboa vai ser tratada e depois usada na cidade. "Temos uma população a crescer e queremos dar o direito a essas pessoas a ter uma vida boa, temos que lhes dar serviços que lhe permitem ter qualidade de vida. Para esses serviços é necessária energia, que está a emitir CO2. Então temos que criar uma forma de essa energia não emitir CO2. Como? Através de tecnologia e inovação. É a única resposta para o futuro".

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