Para o Millennium bcp a sustentabilidade é um valor central e uma das bases do negócio do banco. "Não é por acaso que, no plano estratégico do banco até 2024, a sustentabilidade surge como uma moldura que enquadra todos os outros princípios estratégicos de atuação do Millennium bcp. Para nós, a sustentabilidade é algo absolutamente crucial", afirma José Maria Brandão de Brito, chief economist do banco e responsável pela Direção de Estudos Económicos, Criptoativos e Sustentabilidade.
Na sua politica de sustentabilidade, o banco assume "a sustentabilidade e os fatores ESG (Environmental, Social e Governance) como temas cada vez mais relevantes para os clientes, para o negócio e para a sociedade. A sustentabilidade é um dos grandes dessafios atuais da humanidade e uma tomada de ação urgente, que é não só necessária como imperativa no combate às alterações climáticas e às desigualdades sociais." Neste contexto, o Millennium bcp refere que é sua ambição ser "um protagonista deste processo de mudança, integrando critérios ESG nas operações, produtos e serviços, bem como na cadeia de fornecimento, influenciando desse modo positivamente o valor da organização a longo prazo".
Alinhamento com ODS
Com este objetivo, o banco está a implementar "o alinhamento do processo de tomada de decisão, em todas as áreas do grupo, tendo em vista o cumprimento do Acordo de Paris e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, e o respeito pelos Princípios do Global Compact e pelas políticas nacionais e internacionais relevantes nestas matérias". Isso implica, para o banco, a inclusão dos ODS na criação, inovação e oferta de produtos financeiros; a transparência na informação; o aconselhamento aos clientes e outros stakeholders; o cumprimento das exigências legais; o estabelecimento de parcerias e o envolvimento contínuo com as comunidades interna e externa.
A intervenção do banco em matéria de sustentabilidade estrutura-se em torno dos três eixos ESG: no ambiente, através da implementação de medidas que fomentem a transição para um modelo de desenvolvimento económico sustentável, incluindo a incorporação da vertente ambiental nos modelos de risco do banco e na oferta de produtos e serviços.
Na vertente social, com a promoção do envolvimento com as comunidades externa e interna. E na governação, com a integração de princípios de sustentabilidade nos processos de decisão e controlo do banco.
Redução da pegada carbónica em curso
Na vertente ambiental, José Maria Brandão de Brito sublinha que "como organização estamos a trabalhar fortemente para reduzir a nossa pegada carbónica. Assim, construímos uma segunda central fotovoltaica nas instalações do Taguspark, o que nos vai permitir ter maior autonomia na geração de energia elétrica renovável". Como financiador, "o banco tem dado passos muito importantes no sentido de criar produtos verdes, que reflitam uma consciência climática e ambiental, e que ajudem os nossos clientes a fazer a transição para um modelo de baixo carbono", explica.
Na área social, e segundo o chief economist do banco, "temos uma agenda de responsabilidade social corporativa muito intensa, com um programa e várias ações de voluntariado, com um forte apoio à cultura, à arte e à educação". Para a comunidade interna, "temos programas de enriquecimento da experiência dos colaboradores enquanto trabalhadores do banco e temos um desígnio claro naquilo que tem a ver com a igualdade de oportunidades. Nomeadamente, temos um plano de igualdade de género que foi aprovado em 2023, em que temos um objetivo de pelo menos 35% de lideranças no feminino até ao fim de 2024", refere José Maria Brandão de Brito.
Em termos de governação, "o banco tem dado passos relevantes e substanciais no sentido de criar uma estrutura que nos permita integrar todos os temas da sustentabilidade". Neste contexto, "compreendemos
que o nosso raio de ação não se limita àquilo que fazemos diretamente no banco, temos de incentivar os nossos clientes a ter condutas que sejam responsáveis e sustentáveis, e aplicamos o mesmo princípio aos nossos fornecedores", assume o responsável.
Critérios ESG para fornecedores
Para esta comunidade externa, o banco desenvolveu uma política de orientação para a sustentabilidade e publicou os "Princípios orientadores de sustentabilidade para fornecedores". Segundo José Maria Brandão de Brito: "É uma política global que implica que, de cada vez que celebramos um contrato com um fornecedor, exigimos que esses princípios sejam respeitados." Acresce que "temos também um questionário que passamos aos principais fornecedores, aqueles que têm maior materialidade económica e financeira, para começar a definir o perfil ESG dos nossos fornecedores", conta o diretor. "Isso vai obviamente moldar as nossas escolhas no momento da contratação. O objetivo é ter, cada vez mais, fornecedores que estejam alinhados com os nossos princípios de ESG", diz.
No que diz respeito ao reporte da sustentabilidade, o Millennium bcp cumpre já com a Taxonomia Europeia, uma legislação europeia que foi transposta para o Ordenamento Jurídico Português, e que tem fases de implementação. Neste contexto, nos relatórios de sustentabilidade de 2021 e 2022, o banco reportou já a elegibilidade da sua carteira relativamente à taxonomia. Segundo José Maria Brandão de Brito, "o Grupo BCP tem um relatório de sustentabilidade que inclui uma parafernália muito vasta de indicadores que caracteriza tudo aquilo que o banco está a fazer em termos de sustentabilidade". O que inclui métricas de gestão, nas quais avaliam "os volumes de crédito ou os volumes de poupanças que podem ser enquadradas em objetivos de sustentabilidade". No entanto, o banco conta também com métricas de avaliação externa, "nomeadamente das agências de rating internacionais especializadas nos temas ESG no âmbito europeu. E aqui o Millennium bcp classifica bem e tem boas notações das agências de rating ESG", explica o responsável.
Inquéritos regulares
Para a evolução da política de sustentabilidade do banco é importante o inquérito regular sobre estes temas que é conduzido junto dos stakeholders. "Ter essa informação permite-nos estar mais próximos e mais alinhados com aquilo que são os desígnios, nomeadamente, dos nossos clientes", afirma José Maria Brandão de Brito. Também ajuda o facto de o banco ter uma comunicação institucional e uma ação comercial bastante intensa à volta destes temas.
Para o chief economist do banco, "todas estas linhas de ação ajudam a concretizar um dos nossos principais objetivos, o de promover a transição da economia para um paradigma de baixo carbono e da sociedade para um modelo mais justo e inclusivo". Na sua perspetiva, "o nosso negócio só faz sentido numa lógica sustentável e é por isso que pugnamos todos os dias".
Relatório de Sustentabilidade vai na 19.ª edição
O Relatório de Sustentabilidade do Millennium bcp já vai na sua 19ª edição procurando apresentar "uma visão global e integrada do desempenho do Grupo BCP nas dimensões económica, social e ambiental, mas também o detalhe relativo a cada uma das suas principais operações: Portugal, Polónia, e Moçambique", como se pode ler no Relatório de 2022.
Ao aprofundar as práticas de sustentabilidade, que é um dos eixos centrais do plano estratégico do banco para 2021-2024, o Millennium bcp "tem vindo a robustecer as políticas e os processos de gestão de risco, de crédito e da cadeia de fornecimento, mas também a oferta de soluções, produtos e serviços com critérios ESG (Environmental, Social e Governance), concretizando uma dinâmica transformadora que permita responder às crescentes solicitações e necessidades dos clientes e às expectativas dos reguladores", conforme é afirmado na mensagem conjunta dos presidentes do conselho de administração e da comissão executiva, que abre este relatório.
Fundação apoia cultura, educação e ciência
Nesta mensagem, é destacado o trabalho da Fundação Millennium bcp no apoio à cultura, educação, ciência e investigação. Também na área social são referidas, em Portugal, as parcerias com o Banco Alimentar, mas também "a dinamização de protocolos, iniciativas e apoios a favor de instituições como a Associação de Ucranianos de Portugal, o CASA – Centro de Apoio ao Sem-Abrigo, a Brigada do Mar ou a BIPP/Semear". Também uma referência para o Microcrédito, "que possibilitou a criação, em 2022, de 85 novos postos de trabalho. Desde 2005, são já mais de 7.400 os postos de trabalho atribuíveis a projetos financiados pelo Microcrédito do Millennium bcp".
Na edição de 2022 são igualmente assumidos compromissos com a promoção de uma cultura de responsabilidade ambiental, bem como com a igualdade de género e a igualdade de oportunidades. Referências importantes desta edição são também a adesão, em 2022, ao United Nations Environment Programme – Finance Initiative (UNEP-FI) e aos Princípios de Banca Responsável, bem como o reafirmar do respeito pelos dez Princípios do Global Compact da Organização das Nações Unidas, um vínculo que remontando a 2005 foi renovado em 2018. O banco reconhece também nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 das Nações Unidas "uma visão unificadora e aspiracional capaz de estimular processos de mudançae evolução que a realidade económica, social e ambiental impõe e exige".
Em 2023, a liderança do Millennium bcp assume que irá "continuar a percorrer um caminho que permita promover modelos de desenvolvimento económico descarbonizados e resilientes que fomentem, junto das famílias, das empresas e dos países onde operamos, a criação de riqueza e a sua justa distribuição, protejam o planeta, o clima e a biodiversidade, ao mesmo tempo que garantem o respeito pela dignidade humana, a melhoria das condições de vida dos cidadãos e a manutenção de sistemas de organização social e política democráticos, plurais e inclusivos".