O percurso da CUF iniciou-se em 1945, com a inauguração do seu primeiro hospital, em Lisboa. Este tinha sido criado para responder às necessidades de saúde dos mais de 80 mil colaboradores e familiares do Grupo CUF, que, à época, era um grande conglomerado de empresas industriais. Com esta origem, e ao ter na sua génese a preocupação com o meio envolvente, foi de forma natural que ao longo de quase oito décadas a CUF tem vindo a desenvolver a sua estratégia para a sustentabilidade, integrada no Grupo José de Mello.
A sustentabilidade constitui atualmente um elemento central do plano de desenvolvimento estratégico da CUF, reforçando o valor de uma comunidade de profissionais que se dedica a cuidar de pessoas, através do contributo para a promoção do bem comum e de um ecossistema mais sustentável. Assim, a CUF posiciona-se hoje em dia "como uma marca de confiança, inspiradora e próxima dos seus colaboradores e das comunidades em que se insere, através de um conjunto de iniciativas que materializam os nossos valores", como se pode ler no seu relatório integrado de 2022, que inclui a informação referente à sustentabilidade.
Sustentabilidade é transversal à organização
Nessa perspetiva, e segundo Mariana Ribeiro Ferreira, diretora de Cidadania Empresarial da CUF, "para a CUF, a sustentabilidade é uma oportunidade. Uma oportunidade real de honrar e cumprir o seu legado, a sua cultura e os seus valores. Por isso, trabalhamos os três pilares da sustentabilidade: ambiental, social e de governação, de forma muito natural." Assim, o tema da sustentabilidade acaba por ser transversal a toda a CUF e, em termos de governação, é assumido, em primeira instância, pelo presidente da Comissão Executiva, sendo que o desenvolvimento da estratégia, a sua implementação transversal, e os progressos alcançados em todas as unidades e direções são supervisionados pela Comissão de Inovação e Sustentabilidade.
Consciente do papel que desempenha no país como líder na prestação de cuidados de saúde, com 24 hospitais, mais de 13 mil colaboradores e mais de 1,1 milhões de clientes, a CUF procura gerar impacto positivo com a premissa que prestar cuidados de saúde e acompanhar pessoas ao longo da vida, nas suas várias dimensões, passa igualmente por ter preocupações com um futuro mais sustentável. Esse compromisso é efetivado, a cada ano, através do Programa CUF Inspira, que desenvolve iniciativas concretas ao longo do ano em quatro áreas de intervenção: responsabilidade social interna; conduta ética e direitos humanos; impactos sociais na comunidade; e responsabilidade ambiental.
Grande investimento na responsabilidade social interna
O pilar da responsabilidade interna reveste-se de grande importância na CUF, que nos últimos anos tem aumentado o investimento nas medidas dirigidas aos colaboradores e respetivas famílias. "A vertente social é muito forte na CUF", assume Mariana Ribeiro Ferreira. "Nós olhamos para o bem-estar do colaborador e, de forma mais alargada, para o bem-estar da sua família. Por isso, temos um conjunto de medidas que permitem que o colaborador tenha condições para trabalhar bem, para servir bem a nossa comunidade, o nosso cliente, e para que goste de estar na CUF", afirma a responsável. "Neste pilar, o tema da saúde mental tem sido prioritário e fundamental nos últimos anos, e prevemos que o continue a ser", sublinha.
Na área da conduta ética e direitos humanos, a CUF assume a construção ativa de uma cultura de ética, integridade e conformidade legal em toda a organização. "Esta linha de ação tem a ver com a nossa conduta, com a nossa ética, com os nossos valores, e com o esforço que estamos a fazer para que todas estas mensagens sobre sustentabilidade cheguem aos nossos colaboradores e à nossa comunidade de forma natural, e de modo que sejam realmente sentidos e vividos", explica Mariana Ribeiro Ferreira.
Implicar fornecedores na jornada da sustentabilidade
Um exemplo recente de uma iniciativa fundamental nesta área é o desenvolvimento de um código de relacionamento com os fornecedores. "Na verdade, é uma apresentação dos nossos valores e da nossa cultura destinada a quem quer estar na nossa cadeia de valor e quer ser nosso parceiro", sintetiza a responsável. "Este código de relacionamento integra já todas as nossas formas contratuais. E estamos a trabalhar em ter critérios ESG (sustentabilidade ambiental, social e de governação) para selecionar e avaliar os nossos fornecedores", assume. "Porque no final do dia o que nós queremos efetivamente é que os fornecedores – com quem temos uma relação de confiança e de parceria – continuem connosco, mas que façam com a CUF esta jornada da sustentabilidade", explica Mariana Ribeiro Ferreira.
Em termos de impactos sociais na comunidade, a CUF assume-se como empresa socialmente responsável, estando atenta aos desafios sociais dos territórios onde se insere e às necessidades sentidas pelas entidades da economia social que neles atuam. Desta forma, tem procurado contribuir ativamente para o desenvolvimento social e para o bem-estar da população. Segundo Mariana Ribeiro Ferreira, "temos quase três dezenas de parcerias firmadas com entidades que estão na comunidade, com quem fazemos reuniões regulares, em que definimos objetivos de impacto, e com quem vamos fazendo a medição desse impacto de forma muito natural. Mas estamos a afinar as nossas formas de medição a vários níveis, inclusive nas nossas medidas de responsabilidade interna, recorrendo a especialistas nestas matérias."
Impactar a sociedade capacitando as IPSS
Dos muitos projetos que a CUF está a desenvolver nesta área, para a diretora de Cidadania Empresarial, "é importante focar naquele que é o nosso apoio direto às IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social), na formação em saúde, para capacitar os seus quadros e equipas, que trabalham com recursos escassos e tem um impacto enorme sobretudo nas comunidades mais vulneráveis". Neste contexto, Mariana Ribeiro Ferreira destaca "o projeto que estamos a fazer, em parceria com a Fundação Manuel Violante, em que damos ferramentas de gestão a estas IPSS. Acredito que, se capacitarmos estas entidades, que chegam a milhões de pessoas no nosso país, estamos a fazer bem à sociedade e estamos a cumprir o nosso papel."
Na perspetiva da responsabilidade ambiental, a CUF pretende afirmar-se como uma referência e contribuir ativamente para a redução da sua pegada ecológica. Nesse sentido, a CUF procura, no seu dia a dia, soluções que permitam gerir de forma eficiente os recursos naturais, aliando as boas práticas assistenciais a uma posição ambientalmente responsável. "Do ponto de vista do ambiente, estamos a desenvolver um projeto muito estratégico e ambicioso de descarbonização", refere a responsável.
"No decorrer deste ano a CUF vai identificar os seus riscos e oportunidades nesta matéria. E vai traçar metas e objetivos públicos para reduzir as suas emissões de CO2, antecipando, sempre que possível, algumas das metas que já foram estabelecidas na União Europeia", explica Mariana Ribeiro Ferreira. "Este é um desafio enorme para uma empresa que tem uma comunidade de profissionais tão relevante, e que está dispersa por tantos territórios e comunidades do país. Este projeto vai implicar um esforço integrado de muitas áreas e muitas direções da nossa empresa", conclui.
Na linha da frente no reporte das medidas de sustentabilidade
A CUF destaca-se no nosso país, e sobretudo no seu setor de atividade, pelas boas práticas de auscultação e reporte a todos os seus stakeholders. "A CUF valoriza a sustentabilidade junto de todos os seus stakeholders. Para dar um exemplo, fizemos uma auscultação a todos os stakeholders para identificar os nossos temas materiais, ou seja, a nossa materialidade. E para perceber se estamos a corresponder às suas expectativas em matéria de sustentabilidade, e em que aspetos temos de trabalhar mais e melhor", sublinha a responsável.
Do ponto de vista do reporte sobre sustentabilidade, "a CUF já relatou a taxonomia no seu relatório referente à atividade desenvolvida em 2021, até porque tem obrigações de relato junto da CMVM", refere a diretora. "Estamos aqui na linha da frente das empresas que têm de relatar e cumprir, na primeira hora, toda a nova regulamentação que está a sair sobre sustentabilidade." Há vários anos que a CUF faz um relatório integrado, em que reúne a sua informação financeira e não financeira. E neste relatório inclui a informação de sustentabilidade de acordo com o framework internacional GRI (Global Reporting Initiative), "que tem indicadores muito claros, que tem métricas muito precisas, e que nos obriga – de uma forma positiva – a relatar cada vez mais informação sobre a nossa empresa, de forma cada vez mais precisa, detalhada e transparente", sublinha Mariana Ribeiro Ferreira.
Este posicionamento face à sustentabilidade, inerente à empresa desde a sua génese como grupo José de Mello, permanece relevante, e distintivo, face ao seu setor, nos dias de hoje. Para além disto, a divulgação dos objetivos alcançados e a alcançar na componente ambiental da sustentabilidade, de forma clara e transparente, será também diferenciador perante o restante setor da saúde, sendo que a CUF pretende ser uma referência no envolvimento de todos enquanto agentes de mudança e da transformação positiva na organização e na sociedade.