Segundo os especialistas, a solução assenta na eletrificação renovável para o calor industrial, o que permitirá reduzir os custos de produção em milhares de milhões de euros. "Trata-se de uma alternativa de baixo custo, de produção contínua e, acima de tudo, segura", garante John O’Donnell.
A redução dos custos nesta solução acontece graças à diminuição dos preços de produção das energias eólica e solar acopladas à bateria de calor da Rondo, que é aquecida com eletricidade limpa produzida pelos painéis solares ou pelos aerogeradores.
"A dificuldade estava no armazenamento, que ultrapassámos através de uma tecnologia muito simples", sublinha. O "segredo" está na utilização de tijolos, capazes de armazenar 100 KW/hora, e com uma durabilidade de dezenas de anos. "Milhares de toneladas de tijolos são aquecidos diretamente pela radiação térmica e armazenam energia durante horas ou dias com perdas muito reduzidas (menos de 1% por dia)", revela o CEO da Rondo. Quando o calor é necessário, o ar flui através da pilha de tijolos e é sobreaquecido a mais de 1.000 °C. A taxa de fornecimento de calor é facilmente ajustada pela alteração do caudal de ar. "O calor à saída é fornecido exatamente à temperatura desejada através de controlos automatizados patenteados pela inteligência artificial e o ar é eventualmente reciclado de volta através do sistema, minimizando a perda de calor e maximizando a eficiência", sublinha.
Em parceria com a EDP, as baterias de calor da Rondo vão chegar a grandes indústrias e a empresas eletrointensivas,e "contribuir para desenvolver um novo mercado de fornecimento de calor industrial limpo, em grande escala, e a um custo acessível, alimentado pela energia do vento e do sol", salientou Miguel Fonseca, que revela que a EDP pretende desenvolver até 400 MW de projetos eólicos e solares a médio prazo na Europa para alimentar até 2 GWh de baterias térmicas da Rondo.
Cultura de inovação: precisa-se!
No atual panorama empresarial de ritmo acelerado, as Pequenas e Médias Empresas (PME) enfrentam desafios únicos no âmbito da transição energética. Desde os custos iniciais significativos normalmente associados à adoção de energias renováveis até à navegação em cenários regulamentares complexos e perturbações na cadeia de fornecimento, as PME, na maioria das vezes, não têm um roteiro claro.
Foi sobre este tema que Josh Valman, fundador e diretor executivo da RPDK International, especializado em fazer com que a inovação aconteça, e não apenas em falar sobre ela, encerrou o EDP Business Summit. Aos presentes, o orador deixou um conjunto de ideias práticas que contribuem para o desenvolvimento de uma cultura de inovação empresarial.
Josh Valman, Business Strategist & CEO na RPDK, subiu ao palco para lembrar que a inovação “é uma oportunidade clara de sucesso”.