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Calor industrial à procura de um lugar ao sol

A geração solar descentralizada, com centrais de pequena ou média dimensão nas empresas e nas residências, deverá representar cerca de 50% do que se vai desenvolver em energia solar no mundo e pode ser a resposta para se passar a obter calor industrial a partir de fontes renováveis e não do gás, um dos maiores desafios para as soluções de energia limpa nos setores industriais, intensivos no consumo de energia. A parceria da EDP com a Rondo quer oferecer energia limpa nestes setores.

18 de Março de 2024 às 11:22
O calor industrial, maioritariamente produzido a partir do gás nos dias de hoje, contribui de forma maciça para as emissões globais de carbono e é responsável por um quarto da utilização mundial de combustíveis fósseis. Representa, por isso, um desafio para a descarbonização das grandes empresas. "Entre 20 e 30% das emissões globais são provenientes da indústria", lembra Miguel Fonseca. O administrador da EDP Comercial conversou no EDP Business Summit com John O’Donnell, CEO da Rondo Energy, empresa que desenvolveu uma bateria de calor de baixo custo e sem emissões para o setor industrial. No palco do evento organizado pela elétrica nacional, o responsável da Rondo explicou as vantagens desta bateria. Até agora, as alternativas para obter calor limpo - hidrogénio e captura de carbono - não se demonstraram especialmente eficazes e económicas.
Segundo os especialistas, a solução assenta na eletrificação renovável para o calor industrial, o que permitirá reduzir os custos de produção em milhares de milhões de euros. "Trata-se de uma alternativa de baixo custo, de produção contínua e, acima de tudo, segura", garante John O’Donnell.
A redução dos custos nesta solução acontece graças à diminuição dos preços de produção das energias eólica e solar acopladas à bateria de calor da Rondo, que é aquecida com eletricidade limpa produzida pelos painéis solares ou pelos aerogeradores.
"A dificuldade estava no armazenamento, que ultrapassámos através de uma tecnologia muito simples", sublinha. O "segredo" está na utilização de tijolos, capazes de armazenar 100 KW/hora, e com uma durabilidade de dezenas de anos. "Milhares de toneladas de tijolos são aquecidos diretamente pela radiação térmica e armazenam energia durante horas ou dias com perdas muito reduzidas (menos de 1% por dia)", revela o CEO da Rondo. Quando o calor é necessário, o ar flui através da pilha de tijolos e é sobreaquecido a mais de 1.000 °C. A taxa de fornecimento de calor é facilmente ajustada pela alteração do caudal de ar. "O calor à saída é fornecido exatamente à temperatura desejada através de controlos automatizados patenteados pela inteligência artificial e o ar é eventualmente reciclado de volta através do sistema, minimizando a perda de calor e maximizando a eficiência", sublinha.
Em parceria com a EDP, as baterias de calor da Rondo vão chegar a grandes indústrias e a empresas eletrointensivas,e "contribuir para desenvolver um novo mercado de fornecimento de calor industrial limpo, em grande escala, e a um custo acessível, alimentado pela energia do vento e do sol", salientou Miguel Fonseca, que revela que a EDP pretende desenvolver até 400 MW de projetos eólicos e solares a médio prazo na Europa para alimentar até 2 GWh de baterias térmicas da Rondo.

Cultura de inovação: precisa-se!
No atual panorama empresarial de ritmo acelerado, as Pequenas e Médias Empresas (PME) enfrentam desafios únicos no âmbito da transição energética. Desde os custos iniciais significativos normalmente associados à adoção de energias renováveis até à navegação em cenários regulamentares complexos e perturbações na cadeia de fornecimento, as PME, na maioria das vezes, não têm um roteiro claro.
Foi sobre este tema que Josh Valman, fundador e diretor executivo da RPDK International, especializado em fazer com que a inovação aconteça, e não apenas em falar sobre ela, encerrou o EDP Business Summit. Aos presentes, o orador deixou um conjunto de ideias práticas que contribuem para o desenvolvimento de uma cultura de inovação empresarial.



Josh Valman, Business Strategist & CEO na RPDK, subiu ao palco para lembrar que a inovação “é uma oportunidade clara de sucesso”.

"A inovação nem sempre exige invenção, mas pode envolver o aproveitamento da tecnologia existente", sublinha. O mais importante, reforça, é tirar partido da mudança através da criatividade, da flexibilidade e da valorização do erro. "Errar significa aprender e inovar", defende. Um dos exemplos de inovação mais reconhecidos a nível global, e também referido pelo diretor da RPDK, é a 3M, empresa que "inventou" o post-it. Um dos segredos para o sucesso desta empresa é o tempo para criar – 15% do tempo dos colaboradores é livre para inovar. Um modelo que Josh Valman recomenda, independentemente do setor de atividade. "A inovação é o processo de executar novas ideias, e uma oportunidade clara de sucesso, uma vez que a lealdade de quem teve a ideia cresce, bem como a motivação de toda a equipa", aponta.