Notícia
Os mortos que nunca nos morrem
O Artur continua a aparecer-me: só um sussurro às vezes; ou um riso atrás de mim e, quando me viro, já se foi embora
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Cada um tem os seus mortos que não morrem. O meu pai, o Artur, faz-me, hoje, 15 de Agosto, dia em que escrevo, 102 anos. Mentirão se disserem que morreu há quase 30! O Artur continua a aparecer-me: só um sussurro às vezes; ou um riso atrás de mim e, quando me viro, já se foi embora; ou três límpidas aparições nessa azinheira que é o nosso intranscendente desejo de transcendência e só uma em que vinha
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