Notícia
Margarida Tengarrinha: "Para a luta não há reforma"
Margarida Tengarrinha é talvez mais conhecida por ter sido a companheira de José Dias Coelho, o pintor assassinado pela PIDE, apesar de ela ter longos anos de luta antifascista para contar e, depois do 25 de Abril, ter sido uma destacada militante do PCP, membro do Comité Central, e deputada na Assembleia da República. Quis escrever as suas memórias porque a História, toda a gente sabe, também é um terreno de luta. É das poucas mulheres que contou em detalhe como foi a vida na clandestinidade. Vive em Portimão, onde nasceu em 1928, e para onde voltou há muitos anos. Ainda dá aulas, pinta, escreve, estuda, aprende.
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Na estante à entrada da sala – onde guarda os livros de arte que usa para as suas aulas – está uma das primeiras fotografias que terá tirado. Foi feita pelo pai quando ela tinha pouco mais de um ano e o pai dizia-lhe que ali já se via toda a sua personalidade. Está numa praia, em pé, olha ligeiramente para cima, o peito aberto ao desafio de viver. É nessa estante, também, que estão duas fotografias dela com o pintor José
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