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Luís de Sousa: Os governos tratam a ética de uma forma muito utilitária

Em contextos de crise económica, há uma maior propensão para existirem casos de corrupção. O alerta é do politólogo Luís de Sousa, especialista em políticas de controlo da corrupção. É também nestes tempos que “há uma maior intolerância em relação ao uso indevido de dinheiros públicos”. Por isso, avisa o investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, “as instituições políticas não se podem demitir do seu papel de disciplinar eticamente os seus membros”.
Filipa Lino e Mariline Alves - Fotografia 09 de Dezembro de 2022 às 08:50

A corrupção é um fenómeno que está infiltrado em muitas áreas da sociedade. E, em contextos de crise económica, há uma maior propensão para os comportamentos desviantes, na Administração Pública e no setor privado. O alerta é do politólogo Luís de Sousa, especialista em políticas de controlo da corrupção e antigo presidente da associação cívica Transparência e Integridade. É também nestes tempos de "aperto de cinto" que "há uma maior intolerância das pessoas em relação ao uso indevido de dinheiros públicos". Por isso, avisa o investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS), "as instituições políticas não se podem demitir do seu papel de disciplinar eticamente os seus membros", sob pena de a confiança dos portugueses no Governo, Parlamento e partidos se degradar ainda mais.


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