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Reino Unido tem plano verde de 13 mil milhões que proíbe venda de carros poluentes e cria 250.000 empregos

Londres como centro global para as finanças verdes, investimento em hidrogénio e energia nuclear, a proibição de veículos a gasolina e gasóleo até 2030, são só alguns dos pontos de um plano de 13 mil milhões de euros que o Governo britânico acaba de avançar, e com o qual prevê a criação de 250.000 empregos.

18 de Novembro de 2020 às 11:36
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O ministro britânico Boris Johnson anunciou um plano de 12 mil milhões de libras – ou seja, 13,42 milhões de euros – para impulsionar as indústrias amigas do ambiente e combater as alterações climáticas. Este plano de dez pontos prevê a criação de 250.000 empregos e inclui a proibição da venda de carros a gasolina e gasóleo a partir de 2030.

A inibição das vendas aparece mesmo como a medida mais radical, uma vez que deverá ser implementada 10 anos antes daquilo que era inicialmente previsto. Esta ambição coloca o Reino Unido à frente de França e Espanha, que apontam o mesmo objetivo para 2040, e em linha com a Irlanda e os Países Baixos. Apenas a Noruega vai mais adiantada, comprometendo-se com 2025.

Ao mesmo tempo que proíbe a venda de carros mais poluentes, o Governo diz que pretende apoiar a transição para os veículos elétricos e investir 1,3 mil milhões de libras na aceleração da implementação de pontos de carga, ao mesmo tempo que vai dedicar 582 milhões de libras para encorajar os consumidores a comprar veículos não poluentes. A venda de carros híbridos mantem-se até 2035. Paralelamente, quer-se tornar as deslocações a pé e de bicicleta "mais atrativas" e investir em transportes públicos com zero-emissões. Ainda na área dos transportes, Johnson prevê apoiar aviões e barcos também sem emissões poluentes, apoiando as indústrias "difíceis de descarbonizar".

No que toca às fontes de energia, o Reino Unido pretende quadruplicar a produção eólica para 40 gigawatts até 2030, o que implica a criação de 60.000 postos de trabalho. O hidrogénio verde também está na lista, com um projeto de 5 GW. Em 2030, o Reino Unido prevê que consiga ter a primeira cidade aquecida inteiramente com recurso ao hidrogénio. Por fim, a energia nuclear também entra para a equação, com a intenção de criar unidades de grande e pequena escala, num movimento que pode criar 10.000 empregos. Também no capítulo da energia, o governo quer ajudar os lares britânicos e edifícios públicos a serem "mais verdes, mais quentes e mais eficientes energeticamente", rubrica responsável por outros 50.000 postos de trabalho.

Fora os capítulos da energia e dos transportes, Johnson quer remover 10 milhões de toneladas de dióxido de carbono até 2030 e plantar 30.000 hectares de árvores todos os anos. No que toca a inovação e a finanças, o primeiro-ministro britânico pretende desenvolver tecnologias de ponta e tornar Londres o centro global para as finanças verdes.

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