Um Europeu tão diferente
Não é à toa que o Euro 2020 se joga em 2021. A prova que hoje se inicia tem uma série de singularidades apreciáveis. A primeira
Não é à toa que o Euro 2020 se joga em 2021. A prova que hoje se inicia tem uma série de singularidades apreciáveis. A primeira
As finais jogam-se ou ganham-se? A questão tornou-se um dos dilemas filosóficos do futebol português.
Paul Pogba, o imponente e atlético médio centro da selecção de França, já jogou 4.161 minutos esta época, desde os amigáveis de Verão, há 365 dias, ao jogo da meia final do Europeu.
O menu de quarta-feira à noite parece o de um combate de gala: Ronaldo contra Bale. Mas não: é o confronto entre duas selecções que usam concepções tácticas opostas.
Os anos passam e a factura aumenta. A dívida da selecção para com os portugueses cresce a olhos visto e, agora, está a entrar na fase do desespero. Abandonámos as políticas do futebol bonito e adoptámos a eficácia da austeridade. Sim, porque a restrição nos golos é propositada, não vá faltar a caminho da final.
O relato, na Antena 1, dos penalties que ditaram a passagem de Portugal às meias-finais do Europeu arrepia qualquer um. Mesmo os que quando eram miúdos não ligavam nada a futebol.
"A selecção é toda dele. Tem carisma, sabe o que quer e consegue tirar o máximo dos jogadores. Tacticamente é um fenómeno". As palavras são de Christian Vieri, um dos símbolos da Itália futebolística dos últimos 20 anos. E explicam a anomalia da selecção italiana neste Euro 2016: tem o treinador mais sobrequalificado da competição.
No futebol não há duas opiniões iguais. Esta circunstância é um dos encantos da bola jogada fora das quatro linhas pelos adeptos, sejam eles de clubes ou da selecção.