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Há três anos que o sector do turismo está a crescer. Contudo nem sempre foi assim. Mas "vimos de anos complicados". A capacidade instalada é grande e, por isso, a média anual aponta para uma ocupação hoteleira de 53%, pouco mais de metade. O que significa que, em média, Portugal poderia ter o dobro dos turistas sem construir qualquer unidade hoteleira. "Claro que isso não acontece, porque é diferente ao longo do país", acrescenta Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo Português.
Jorge Rebelo de Almeida aproveita para dizer que "o turismo tem tido um papel na economia muito superior àquilo que seria razoável. É um dos pilares da economia, mas não é o salvador da pátria."
E nem tudo é um mar de rosas. Os últimos três anos foram bons, mas o sector precisa de mais anos positivos para consolidar. É que ainda está a recuperar de anos maus. O sector é o primeiro a lembrar que metade das empresas nesta actividade global tem EBITDA negativo. "É uma realidade", lamenta Francisco Calheiros, que lastima, no entanto, a concentração que está a acontecer no sector bancário, que deixa menos alternativas e condições mais restritivas.
Mas a banca também alerta para os indicadores do sector. "Há um lastro que vem de trás que não facilita a vida ao sistema financeiro", diz Carlos Álvares, presidente do Banco Popular Portugal.
Os indicadores mostram que a autonomia financeira é mais baixa do que a média das empresas em Portugal e que a dívida sobre o EBITDA é de 15 vezes. E mais de metade do EBITDA é consumido pelo serviço da dívida. "Há um lastro que tem de ser resolvido", diz o gestor bancário que assume: "Há que dar mais tempo para que o sector ganhe músculo, já que há indicadores que não estão bons", mas ainda assim há bons projectos e a banca está a apostar neste sector, garante.
Condições para que o sector progrida, numa altura em que não há grandes projectos a ser financiados. O sector, ainda assim, caminha no bom sentido, com as preocupações que estão na cabeça dos seus gestores, como a diferenciação e a marca.
Falta capital de risco
Há países em que o capital de risco neste sector é preponderante. Em Portugal, dizem os agentes do sector, não existe. O capital de risco que havia disponível para o turismo foi integrado na Portugal Ventures que, segundo os protagonistas, está mais empenhada nas start-ups e nas tecnologias de informação. "Fez zero no turismo", lembram os agentes que lamentam esta falta de capitais que podiam fortalecer o dinheiro próprio das empresas.
Jorge Rebelo de Almeida aproveita para dizer que "o turismo tem tido um papel na economia muito superior àquilo que seria razoável. É um dos pilares da economia, mas não é o salvador da pátria."
E nem tudo é um mar de rosas. Os últimos três anos foram bons, mas o sector precisa de mais anos positivos para consolidar. É que ainda está a recuperar de anos maus. O sector é o primeiro a lembrar que metade das empresas nesta actividade global tem EBITDA negativo. "É uma realidade", lamenta Francisco Calheiros, que lastima, no entanto, a concentração que está a acontecer no sector bancário, que deixa menos alternativas e condições mais restritivas.
Mas a banca também alerta para os indicadores do sector. "Há um lastro que vem de trás que não facilita a vida ao sistema financeiro", diz Carlos Álvares, presidente do Banco Popular Portugal.
Os indicadores mostram que a autonomia financeira é mais baixa do que a média das empresas em Portugal e que a dívida sobre o EBITDA é de 15 vezes. E mais de metade do EBITDA é consumido pelo serviço da dívida. "Há um lastro que tem de ser resolvido", diz o gestor bancário que assume: "Há que dar mais tempo para que o sector ganhe músculo, já que há indicadores que não estão bons", mas ainda assim há bons projectos e a banca está a apostar neste sector, garante.
Condições para que o sector progrida, numa altura em que não há grandes projectos a ser financiados. O sector, ainda assim, caminha no bom sentido, com as preocupações que estão na cabeça dos seus gestores, como a diferenciação e a marca.
Falta capital de risco
Há países em que o capital de risco neste sector é preponderante. Em Portugal, dizem os agentes do sector, não existe. O capital de risco que havia disponível para o turismo foi integrado na Portugal Ventures que, segundo os protagonistas, está mais empenhada nas start-ups e nas tecnologias de informação. "Fez zero no turismo", lembram os agentes que lamentam esta falta de capitais que podiam fortalecer o dinheiro próprio das empresas.