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A adega do palácio que foi de Marquês de Pombal tem hoje centenas de barricas do vinho que o também primeiro Conde de Oeiras tornou célebre. O Carcavelos é agora produzido pela autarquia, sob a marca Villa Oeiras, no âmbito do projecto para preservar este património, ameaçado pela pressão urbanística.
Entre Paço de Arcos e São João fica a região demarcada do vinho de Carcavelos, atribuída em 1908 e que é actualmente a mais pequena do país. Foi ainda nos anos 90 que a Câmara de Oeiras celebrou um protocolo de cooperação com a Estação Agronómica Nacional, para preservar a vinha existente e recuperar a produção deste vinho generoso. Em 2001 investiu na adega e desde então já expandiu os hectares plantados. "Hoje é a Câmara que controla todo o processo, da manutenção da vinha ao engarrafamento", explica Alexandre Lisboa, chefe da divisão de espaços verdes. "A vocação de uma autarquia não é produzir vinho", reconhece o responsável, sublinhando contudo que é obrigação "preservar património".
A nova era do vinho de Carcavelos começou em 2009, ano em que voltou a ser falado. Na altura, o vinho da autarquia tinha a marca Conde de Oeiras, a qual foi alterada em 2014 para Villa Oeiras devido a um diferendo com o próprio conde.
Hoje são 12,5 os hectares de vinha, mas "há potencial para plantar mais", o que acontecerá assim que as vendas permitam equilibrar as contas, explicou Alexandre Lisboa, que admite que o "break even" possa acontecer em 2019 ou 2020.
Se inicialmente a ideia de que uma autarquia ia fazer vinho foi recebida com descrédito, o projecto de recuperação deste vinho acabou por despertar a curiosidade de especialistas internacionais. "Hoje já não se diz que a região demarcada de Carcavelos não existe", garante o enólogo Tiago Correia.
Da vinha vê-se o mar e sente-se a serra de Sintra. O solo argilo-calcário não precisa de ser regado e a exposição a sul-sudoeste garante muitas horas de sol.
Com 18,5% de teor alcoólico, o Carcavelos é um vinho fortificado. Os vinhos colocados no mercado terão estagiado, em média, 10 anos em barricas de madeira, explica Tiago Correia. O preço da garrafa ronda hoje os 30 euros.
A produção é de 50 mil litros por ano, estando a ser engarrafados 11 mil, mas este número pode aumentar nos próximos anos para 50 mil assim as vendas o permitam. Neste momento, adianta o enólogo, o vinho está a ser exportado para Espanha e Inglaterra. Em 2016 o objectivo é entrar no Brasil, na Alemanha "e não só". As vendas para o exterior começaram em 2013 e têm estado a aumentar. No entanto, "o nosso mercado é 70% regional, 25% nacional e 5% para exportação".
Além do "blend" que estagiou 10 anos em madeira e que está hoje à venda , irá para o mercado este ano um Carcavelos da colheita de 2004 e "possivelmente o primeiro tinto de Carcavelos", diz o enólogo.
Entre Paço de Arcos e São João fica a região demarcada do vinho de Carcavelos, atribuída em 1908 e que é actualmente a mais pequena do país. Foi ainda nos anos 90 que a Câmara de Oeiras celebrou um protocolo de cooperação com a Estação Agronómica Nacional, para preservar a vinha existente e recuperar a produção deste vinho generoso. Em 2001 investiu na adega e desde então já expandiu os hectares plantados. "Hoje é a Câmara que controla todo o processo, da manutenção da vinha ao engarrafamento", explica Alexandre Lisboa, chefe da divisão de espaços verdes. "A vocação de uma autarquia não é produzir vinho", reconhece o responsável, sublinhando contudo que é obrigação "preservar património".
A nova era do vinho de Carcavelos começou em 2009, ano em que voltou a ser falado. Na altura, o vinho da autarquia tinha a marca Conde de Oeiras, a qual foi alterada em 2014 para Villa Oeiras devido a um diferendo com o próprio conde.
Hoje são 12,5 os hectares de vinha, mas "há potencial para plantar mais", o que acontecerá assim que as vendas permitam equilibrar as contas, explicou Alexandre Lisboa, que admite que o "break even" possa acontecer em 2019 ou 2020.
Se inicialmente a ideia de que uma autarquia ia fazer vinho foi recebida com descrédito, o projecto de recuperação deste vinho acabou por despertar a curiosidade de especialistas internacionais. "Hoje já não se diz que a região demarcada de Carcavelos não existe", garante o enólogo Tiago Correia.
Da vinha vê-se o mar e sente-se a serra de Sintra. O solo argilo-calcário não precisa de ser regado e a exposição a sul-sudoeste garante muitas horas de sol.
Com 18,5% de teor alcoólico, o Carcavelos é um vinho fortificado. Os vinhos colocados no mercado terão estagiado, em média, 10 anos em barricas de madeira, explica Tiago Correia. O preço da garrafa ronda hoje os 30 euros.
A produção é de 50 mil litros por ano, estando a ser engarrafados 11 mil, mas este número pode aumentar nos próximos anos para 50 mil assim as vendas o permitam. Neste momento, adianta o enólogo, o vinho está a ser exportado para Espanha e Inglaterra. Em 2016 o objectivo é entrar no Brasil, na Alemanha "e não só". As vendas para o exterior começaram em 2013 e têm estado a aumentar. No entanto, "o nosso mercado é 70% regional, 25% nacional e 5% para exportação".
Além do "blend" que estagiou 10 anos em madeira e que está hoje à venda , irá para o mercado este ano um Carcavelos da colheita de 2004 e "possivelmente o primeiro tinto de Carcavelos", diz o enólogo.
Tome nota Carcavelos reforçou identidade Todos os anos a população é convidada a participar na vindima do Villa Oeiras. Há sempre um dia aberto, em que munícipes de todas as idades ajudam a apanhar as uvas para o Carcavelos. A vindima está também sempre aberta aos voluntários que aparecem durante essas quatro ou cinco semanas. "O projecto tornou-se identitário do concelho", explica Alexandre Lisboa, chefe da divisão de espaços verdes da autarquia. "Todos se apaixonaram pelo tema", recorda o presidente da Câmara Paulo Vistas. Agora, com a divulgação que a autarquia tem feito do Carcavelos, os responsáveis acreditam que podem vir a aparecer novos produtores.