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Podia ser uma equipa médica, digna da séria Dr. House, mas não é. Esta equipa não lida directamente com doenças. Mas descobrem novas tendências, novos hábitos de consumo e até novos produtos. É em Linda-a-Velha que começa e acaba a inovação da Nestlé Portugal.
É um longo percurso que um produto leva até chegar à prateleira. A Nestlé Portugal tem aumentado o valor que aplica em inovação. Passou nos últimos três anos de 10% para 19% do volume de negócios. E a ambição é continuar a crescer este valor, admite Susana Felgueiras, responsável pela direcção de inovação, criada em 2012 como unidade de suporte e apoio aos negócios, com uma visão de helicóptero e para que a inovação, quer externa, quer interna, esteja sempre no radar.
Quase em uníssono, a Nestlé Portugal vai dizendo que o seu pensamento está sempre na liderança em "nutrição, saúde e bem-estar". Apesar da presença global, há espaço para a inovação portuguesa. O exemplo dado? Nestum de Aveia e Chocolate e Nestum de Aveia e Caramelo. A prova é preparada na cozinha experimental na sede da Nestlé em Portugal.
Mas tudo começa no consumidor e, na Nestlé Portugal, no "market intelligence" (que tem as informações e os dados do mercado). As suas tendências, as suas necessidades e os seus desejos são estudados. Sabe-se que há procura por aveia. Faz-se a pesquisa. Desenvolvem-se conceitos e protótipos em fábrica. Existe um "kitchen trial" e o "industrial trial". Vai-se testando. Tem de passar os testes de consumo, de sabor, mas também o da saúde e o comercial, explica Paula Brandão, gestora de "market intelligence", que conhece "tudo" sobre o mercado.
Há projectos que não chegam ao mercado. Mas muitos passam todos os testes, mesmo o difícil 60-40+. O que é esta ferramenta? "É um momento crítico", admite Paula Brandão, explicando que os produtos são avaliados e têm de recolher, nesta fase, 60% das preferências face a produtos da concorrência. A Nestlé garante ter uma cultura de inovação, mas "errar faz parte do processo", diz Susana Felgueiras.
Neste processo de inovação, não entra apenas as tendências e preferências do consumidor. A saúde e a nutrição também estão presentes. Ana Leonor Perdigão, directora de nutrição da empresa, explica que o "mais" da ferramenta 60-40+ é precisamente a nutrição. Tudo o que emana de directrizes da Organização Mundial de Saúde e, em Portugal, da Direcção-Geral da Saúde, é carta "sagrada". Mas continua a haver espaço para a indulgência.
Hoje em dia há uma preocupação transversal para a redução de açúcares, e em Portugal, em particular, para a redução do sal. Ana Leonor Perdigão garante, pois, que quando a Nestlé identifica que uma receita de determinado produto fica, com algumas mudanças, mais adequada não acrescenta a gama, mas substitui o produto inicial. Ou seja, não tem um pacote de cereais ao lado de outro a dizer menos 30% de açúcares. O produto terá menor teor de açúcares. Ponto. A informação nutricional é dada ao consumidor, nas embalagens, e no apoio ao cliente, mas Leonor Perdigão admite que nem sempre a leitura dessa informação é feita em condições e nem sempre as indicações são fáceis de ler. Mas há quem até faça as contas para ver se a rotulagem está certa.
Depois das análises laboratoriais e dos testes junto dos consumidores, a produção segue. A Nestlé tem três fábricas em Portugal: a de cafés, no Porto, a de papas e cereais de pequeno-almoço, em Avanca, e a de lacticínios nos Açores.
Os produtos chegam às prateleiras, mas só o mercado vai determinar o ciclo de vida do produto. É aqui que tudo volta ao consumidor, onde tudo começa e tudo acaba. Os produtos estão no mercado, mas o trabalho da Nestlé não termina.
Na medição de sucesso, hoje há uma nova variável. A reacção no digital, nas redes sociais. Assim nasceu em Portugal, em Janeiro deste ano o DAT ("digital acceleration team"), o vigésimo no universo Nestlé. É aí que estão os olhos todos colocados nas redes sociais e vê-se o que se vai dizendo da empresa e dos produtos e interagindo com o consumidor. Em Portugal, a Nestlé tem 16 páginas do Facebook e todas são olhadas a partir deste centro de dados. É também o consumidor que está no centro.
Os dados, esses, podem ser analisados pelo "market intelligence", e originar novas inovações ou renovações. O ciclo fecha-se.
É um longo percurso que um produto leva até chegar à prateleira. A Nestlé Portugal tem aumentado o valor que aplica em inovação. Passou nos últimos três anos de 10% para 19% do volume de negócios. E a ambição é continuar a crescer este valor, admite Susana Felgueiras, responsável pela direcção de inovação, criada em 2012 como unidade de suporte e apoio aos negócios, com uma visão de helicóptero e para que a inovação, quer externa, quer interna, esteja sempre no radar.
Quase em uníssono, a Nestlé Portugal vai dizendo que o seu pensamento está sempre na liderança em "nutrição, saúde e bem-estar". Apesar da presença global, há espaço para a inovação portuguesa. O exemplo dado? Nestum de Aveia e Chocolate e Nestum de Aveia e Caramelo. A prova é preparada na cozinha experimental na sede da Nestlé em Portugal.
Mas tudo começa no consumidor e, na Nestlé Portugal, no "market intelligence" (que tem as informações e os dados do mercado). As suas tendências, as suas necessidades e os seus desejos são estudados. Sabe-se que há procura por aveia. Faz-se a pesquisa. Desenvolvem-se conceitos e protótipos em fábrica. Existe um "kitchen trial" e o "industrial trial". Vai-se testando. Tem de passar os testes de consumo, de sabor, mas também o da saúde e o comercial, explica Paula Brandão, gestora de "market intelligence", que conhece "tudo" sobre o mercado.
Há projectos que não chegam ao mercado. Mas muitos passam todos os testes, mesmo o difícil 60-40+. O que é esta ferramenta? "É um momento crítico", admite Paula Brandão, explicando que os produtos são avaliados e têm de recolher, nesta fase, 60% das preferências face a produtos da concorrência. A Nestlé garante ter uma cultura de inovação, mas "errar faz parte do processo", diz Susana Felgueiras.
Neste processo de inovação, não entra apenas as tendências e preferências do consumidor. A saúde e a nutrição também estão presentes. Ana Leonor Perdigão, directora de nutrição da empresa, explica que o "mais" da ferramenta 60-40+ é precisamente a nutrição. Tudo o que emana de directrizes da Organização Mundial de Saúde e, em Portugal, da Direcção-Geral da Saúde, é carta "sagrada". Mas continua a haver espaço para a indulgência.
Hoje em dia há uma preocupação transversal para a redução de açúcares, e em Portugal, em particular, para a redução do sal. Ana Leonor Perdigão garante, pois, que quando a Nestlé identifica que uma receita de determinado produto fica, com algumas mudanças, mais adequada não acrescenta a gama, mas substitui o produto inicial. Ou seja, não tem um pacote de cereais ao lado de outro a dizer menos 30% de açúcares. O produto terá menor teor de açúcares. Ponto. A informação nutricional é dada ao consumidor, nas embalagens, e no apoio ao cliente, mas Leonor Perdigão admite que nem sempre a leitura dessa informação é feita em condições e nem sempre as indicações são fáceis de ler. Mas há quem até faça as contas para ver se a rotulagem está certa.
Depois das análises laboratoriais e dos testes junto dos consumidores, a produção segue. A Nestlé tem três fábricas em Portugal: a de cafés, no Porto, a de papas e cereais de pequeno-almoço, em Avanca, e a de lacticínios nos Açores.
Os produtos chegam às prateleiras, mas só o mercado vai determinar o ciclo de vida do produto. É aqui que tudo volta ao consumidor, onde tudo começa e tudo acaba. Os produtos estão no mercado, mas o trabalho da Nestlé não termina.
Na medição de sucesso, hoje há uma nova variável. A reacção no digital, nas redes sociais. Assim nasceu em Portugal, em Janeiro deste ano o DAT ("digital acceleration team"), o vigésimo no universo Nestlé. É aí que estão os olhos todos colocados nas redes sociais e vê-se o que se vai dizendo da empresa e dos produtos e interagindo com o consumidor. Em Portugal, a Nestlé tem 16 páginas do Facebook e todas são olhadas a partir deste centro de dados. É também o consumidor que está no centro.
Os dados, esses, podem ser analisados pelo "market intelligence", e originar novas inovações ou renovações. O ciclo fecha-se.