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Objetivo da 7 graus: mil milhões de visitas mensais

A 7 Graus gere cerca de 50 sites e prevê faturar 4,5 milhões de euros em receitas de publicidade até ao final de 2019. Para crescer pretende alcançar os mil milhões de visitas mensais.

16 de Abril de 2019 às 15:00
Rui Marques, CEO da 7 Graus, garante que o principal mercado é o brasileiro. Paulo Duarte
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Começou como uma start-up, mas atualmente já joga na liga dos negócios de crescimento rápido. Sedeada na Lionesa, em Matosinhos, a 7 Graus, que nasceu em 2005, foi considerada pela Inc. 5000 Europe como umas das empresas de maior crescimento no Velho Continente.

Esta sociedade, que iniciou a sua atividade com três sócios - um deles já saiu da estrutura acionista -, nasceu com uma missão bem definida: melhorar a vida das pessoas. E, para isso, a start-up investiu na criação de websites que contribuam com informação realmente útil para o mercado. Inicialmente produzia apenas conteúdos de texto, em português e espanhol, mas já está a apostar nos conteúdos em vídeo, uma vez que cerca de 50% das pessoas prefere consumir conteúdos desta forma.

Falamos de websites como o Dicio Online, o Médico Responde, o Economias, o Pensador (o maior, com um milhão de visitas por dia), Toda a Matéria, entre outros, que fornecem conteúdo especializado.

250 milhões de visitas

Rui Marques, um dos sócios fundadores e atual CEO, afirma que atualmente a empresa detém cerca de 50 websites, com a propriedade integral dos mesmos.

"Já tivemos mais, mas houve uma necessidade de fazer uma reorganização interna a esse nível", explica Rui Marques. Atualmente, os websites que detém representam um acumulado de 250 milhões de visitas por mês, mas o crescimento tem sido acelerado. "Traçámos um objetivo ambicioso e queremos chegar aos mil milhões de visitas mensais até ao fim de 2020. Para atingi-lo tivemos de fazer uma restruturação enorme na nossa forma de trabalhar, na tecnologia, nos processos internos, na organização das equipas", revela Rui Marques.

Lucrativa desde o primeiro dia, o seu modelo de negócio passa pela oferta gratuita de conteúdos, sendo que as receitas geradas resultam, na quase totalidade, da publicidade. "O volume de negócios de 2018 ascendeu a 3 milhões de euros e resultou da publicidade. Temos ainda uma pequena parcela, residual que advém do licenciamento de conteúdos. A estimativa para o final deste exercício é de 4,5 milhões de euros", explica Rui Marques.

Este licenciamento acontece quando uma editora quer publicar alguns conteúdos da 7 Graus em manuais escolares, por exemplo. Há editoras no Brasil a pedirem esse licenciamento, e só o fazem para ajudar. "O nosso principal mercado é o brasileiro, uma vez que produzimos muitos conteúdos em português. Mas já começámos a expandir para outras línguas. O russo é a nossa próxima aposta, mas há outras na calha", explica Rui Marques. A 7 Graus orgulha-se de partilhar os bons resultados com a equipa de colaboradores que já ascende a 22.

Tome nota

Negócio de escala, grandes volumes 

Para crescer, a companhia está a reestruturar o seu negócio, a alterar processos de trabalho, tecnologias e a aumentar a equipa de especialistas.

Atividade cada vez mais complexa
Reestruturar a forma de trabalhar tornou-se importante para o crescimento da empresa, até pela forma como a tecnologia foi mudando ao longo dos últimos 10 anos. Antes lançava-se um website, mas hoje em dia é necessário pensar que o mesmo tem de funcionar no computador, no telemóvel, e tem de estar integrado com as redes sociais. Ou seja, existe toda uma complexidade na indústria que leva a que qualquer novo projeto se torne mais difícil de concretizar.

80 especialistas "freelancers"
Tendo em vista aumentar o número de visitas aos seus sites, a 7 Graus apostou forte na equipa de especialistas "freelancers", seja no Brasil, no Chile, em Espanha, ou um pouco por todo o mundo. Esta equipa, com formação na área, a quem recorre para escrever sobre temas específicos, por exemplo, de saúde ou finanças, passou recentemente de 30 elementos para 80. "Não é fácil encontrar este tipo de especialistas, foi um processo demorado. Tivemos de avaliar milhares de candidatos", explica Rui Marques. A empresa pode até encontrar os especialistas certos, mas estes podem não ter disponibilidade para escrever ou não ter a capacidade para expor os assuntos da forma que se pretende. "Já temos um processo de recrutamento bastante afinado para conseguir identificar as características que necessitamos destes profissionais", refere Rui Marques.




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