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Começou como uma start-up, mas atualmente já joga na liga dos negócios de crescimento rápido. Sedeada na Lionesa, em Matosinhos, a 7 Graus, que nasceu em 2005, foi considerada pela Inc. 5000 Europe como umas das empresas de maior crescimento no Velho Continente.
Esta sociedade, que iniciou a sua atividade com três sócios - um deles já saiu da estrutura acionista -, nasceu com uma missão bem definida: melhorar a vida das pessoas. E, para isso, a start-up investiu na criação de websites que contribuam com informação realmente útil para o mercado. Inicialmente produzia apenas conteúdos de texto, em português e espanhol, mas já está a apostar nos conteúdos em vídeo, uma vez que cerca de 50% das pessoas prefere consumir conteúdos desta forma.
Falamos de websites como o Dicio Online, o Médico Responde, o Economias, o Pensador (o maior, com um milhão de visitas por dia), Toda a Matéria, entre outros, que fornecem conteúdo especializado.
250 milhões de visitas
Rui Marques, um dos sócios fundadores e atual CEO, afirma que atualmente a empresa detém cerca de 50 websites, com a propriedade integral dos mesmos.
"Já tivemos mais, mas houve uma necessidade de fazer uma reorganização interna a esse nível", explica Rui Marques. Atualmente, os websites que detém representam um acumulado de 250 milhões de visitas por mês, mas o crescimento tem sido acelerado. "Traçámos um objetivo ambicioso e queremos chegar aos mil milhões de visitas mensais até ao fim de 2020. Para atingi-lo tivemos de fazer uma restruturação enorme na nossa forma de trabalhar, na tecnologia, nos processos internos, na organização das equipas", revela Rui Marques.
Lucrativa desde o primeiro dia, o seu modelo de negócio passa pela oferta gratuita de conteúdos, sendo que as receitas geradas resultam, na quase totalidade, da publicidade. "O volume de negócios de 2018 ascendeu a 3 milhões de euros e resultou da publicidade. Temos ainda uma pequena parcela, residual que advém do licenciamento de conteúdos. A estimativa para o final deste exercício é de 4,5 milhões de euros", explica Rui Marques.
Este licenciamento acontece quando uma editora quer publicar alguns conteúdos da 7 Graus em manuais escolares, por exemplo. Há editoras no Brasil a pedirem esse licenciamento, e só o fazem para ajudar. "O nosso principal mercado é o brasileiro, uma vez que produzimos muitos conteúdos em português. Mas já começámos a expandir para outras línguas. O russo é a nossa próxima aposta, mas há outras na calha", explica Rui Marques. A 7 Graus orgulha-se de partilhar os bons resultados com a equipa de colaboradores que já ascende a 22.
Negócio de escala, grandes volumes
Para crescer, a companhia está a reestruturar o seu negócio, a alterar processos de trabalho, tecnologias e a aumentar a equipa de especialistas.
Reestruturar a forma de trabalhar tornou-se importante para o crescimento da empresa, até pela forma como a tecnologia foi mudando ao longo dos últimos 10 anos. Antes lançava-se um website, mas hoje em dia é necessário pensar que o mesmo tem de funcionar no computador, no telemóvel, e tem de estar integrado com as redes sociais. Ou seja, existe toda uma complexidade na indústria que leva a que qualquer novo projeto se torne mais difícil de concretizar.
80 especialistas "freelancers"
Tendo em vista aumentar o número de visitas aos seus sites, a 7 Graus apostou forte na equipa de especialistas "freelancers", seja no Brasil, no Chile, em Espanha, ou um pouco por todo o mundo. Esta equipa, com formação na área, a quem recorre para escrever sobre temas específicos, por exemplo, de saúde ou finanças, passou recentemente de 30 elementos para 80. "Não é fácil encontrar este tipo de especialistas, foi um processo demorado. Tivemos de avaliar milhares de candidatos", explica Rui Marques. A empresa pode até encontrar os especialistas certos, mas estes podem não ter disponibilidade para escrever ou não ter a capacidade para expor os assuntos da forma que se pretende. "Já temos um processo de recrutamento bastante afinado para conseguir identificar as características que necessitamos destes profissionais", refere Rui Marques.