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Rogério Carapuça, presidente da APDC (Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações) e um dos intervenientes, sinalizou que "hoje em dia, as coisas acontecem de forma muito mais rápida" do que nas revoluções do passado. E "perder uma revolução [como a transformação digital] é grave". No caso português, o responsável salientou que há duas batalhas que o país não pode mesmo perder.
A primeira é a da qualificação. "Fizemos um bom trabalho nas últimas décadas, temos um ensino superior prestigiado e temos a geração mais qualificada que Portugal alguma vez teve", sinalizou. Mas nem toda a população está neste enquadramento. Por isso, são necessárias "acções de longo prazo para não perdermos o ritmo e isso faz-se no ensino secundário, criando competências digitais desde o início". E também "continuando a apostar no ensino superior e na sua ligação com as empresas" de forma a aferir as necessidades existentes no mercado.
A segunda batalha é a da "captação do crescimento económico [oriundo] da inovação que fazemos cá". "Portugal consegue fazer inovação em muitas áreas mas é preciso que o valor económico fique em Portugal e contribua para o crescimento económico do país". Neste sentido, concluiu: "temos de criar um ecossistema de transformação da inovação em valor económico".
Pedro Afonso, administrador da Novabase, apontou que a cloud e a Internet of Things "são veículos para ligar mais rapidamente mais pessoas e mais coisas à internet". Porém, o responsável apontou que o mais importante nesta transformação que está em curso é a "reorganização do trabalho". "A tecnologia é qualquer coisa que veio para ficar e vai continuar mas não vai ser por aí que vamos ter uma grande revolução", acrescentou.