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A inovação e a tecnologia são hoje estratégicas para o sistema e as organizações de saúde. "No ambiente fluido de hoje, toda a empresa que desenvolve produtos e serviços de saúde é uma empresa de dados e, portanto, uma empresa de tecnologia. Da mesma forma, toda a empresa de tecnologia que tem acesso a informações geradas pelo consumidor relacionadas com a saúde é uma organização de saúde", diz, quase em forma de aforismo, Filipe Costa, professor da Nova SBE.
Como em todas as empresas de tecnologia, a inovação é essencial. "O acesso à inovação é um dos temas críticos e um dos grandes desafios que se colocam a todas as entidades com responsabilidades na regulação do sistema de saúde", diz José Mendes Ribeiro. Dá o exemplo da "task-force" criada para agilizar a certificação de tecnologias de saúde no início da pandemia de covid-19, para referir que é possível acelerar todos estes processos que são um verdadeiro travão à inovação.
Filipe Costa, professor na Nova SBE, refere que "o arco da história é cada vez mais claro: os cuidados de saúde estão a mudar o foco do volume de serviços prestados para o valor criado para os doentes, com ‘valor’ definido como os resultados alcançados em relação aos custos".
Dados e sistemas de informação
Esta nova realidade leva a que a importância da avaliação de tecnologias e intervenções em saúde e o rápido acesso à inovação sejam vistos em contexto real e não apenas em contexto de ensaio e tenha por base a efetividade dos cuidados prestados no dia a dia. "Desta forma a introdução de inovação ou qualquer tecnologia sem produção direta de valor na cadeia é um retorno sem investimento e que não deve ser considerada ou integrada", considera Filipe Costa.
Dados e sistemas de informação são fundamentais para Luís Goes Pinheiro. "Os sistemas de informação interoperáveis impulsionam intervenções em saúde de uma forma precisa, com impactos para os utentes, profissionais e instituições de saúde", refere Luís Goes Pinheiro, e, ao mesmo tempo, simplificam o trabalho e eliminam atos burocráticos inúteis. Por sua vez os dados podem permitir a personalização dos cuidados que são prestados.
"O principal inimigo da inovação é o regresso a um modelo de gestão centralizado em detrimento da construção de um modelo aberto, de liderança motivadora, participativa e focada em resultados e não no processo", diz José Mendes Ribeiro.
"O sistema de inovação só pode melhorar com uma total clareza de objetivos, orientações estratégicas consistentes e liberdade de ação dos dirigentes. Isso não dispensa, obviamente, uma avaliação contínua e exigente dos resultados, que tenha também consequências. Esta será a única alternativa ao modelo vigente que condiciona a criatividade e parece premiar quem faz de morto", refere José Mendes Ribeiro.
A revolução tecnológica e a saúde
Para Luís Goes Pinheiro, presidente da SPMS, há três dimensões no desafio da saúde digital
Estratégia omnicanal
É preciso garantir a todos os cidadãos que não têm de se deslocar a uma unidade de saúde, se não precisam de se encontrar presencialmente com um profissional de saúde. Para isto, é necessário ter uma estratégia omnicanal, que permita ao cidadão, por onde quer que aceda, ter sempre a mesma experiência positiva dentro do SNS.
Ferramentas profissionais
É necessário melhorar as ferramentas dos profissionais, criar mais automatismos, reduzindo atos inúteis e investir na mobilidade dos profissionais.
Big data
É preciso recolher mais e melhores dados e reutilizar mais e melhor esses dados, antecipando as necessidades dos cidadãos e dotando os profissionais de ferramentas de apoio à decisão capazes de acelerar a atividade e elevar a eficácia da sua intervenção.
Como em todas as empresas de tecnologia, a inovação é essencial. "O acesso à inovação é um dos temas críticos e um dos grandes desafios que se colocam a todas as entidades com responsabilidades na regulação do sistema de saúde", diz José Mendes Ribeiro. Dá o exemplo da "task-force" criada para agilizar a certificação de tecnologias de saúde no início da pandemia de covid-19, para referir que é possível acelerar todos estes processos que são um verdadeiro travão à inovação.
Filipe Costa, professor na Nova SBE, refere que "o arco da história é cada vez mais claro: os cuidados de saúde estão a mudar o foco do volume de serviços prestados para o valor criado para os doentes, com ‘valor’ definido como os resultados alcançados em relação aos custos".
Dados e sistemas de informação
Esta nova realidade leva a que a importância da avaliação de tecnologias e intervenções em saúde e o rápido acesso à inovação sejam vistos em contexto real e não apenas em contexto de ensaio e tenha por base a efetividade dos cuidados prestados no dia a dia. "Desta forma a introdução de inovação ou qualquer tecnologia sem produção direta de valor na cadeia é um retorno sem investimento e que não deve ser considerada ou integrada", considera Filipe Costa.
Dados e sistemas de informação são fundamentais para Luís Goes Pinheiro. "Os sistemas de informação interoperáveis impulsionam intervenções em saúde de uma forma precisa, com impactos para os utentes, profissionais e instituições de saúde", refere Luís Goes Pinheiro, e, ao mesmo tempo, simplificam o trabalho e eliminam atos burocráticos inúteis. Por sua vez os dados podem permitir a personalização dos cuidados que são prestados.
"O principal inimigo da inovação é o regresso a um modelo de gestão centralizado em detrimento da construção de um modelo aberto, de liderança motivadora, participativa e focada em resultados e não no processo", diz José Mendes Ribeiro.
"O sistema de inovação só pode melhorar com uma total clareza de objetivos, orientações estratégicas consistentes e liberdade de ação dos dirigentes. Isso não dispensa, obviamente, uma avaliação contínua e exigente dos resultados, que tenha também consequências. Esta será a única alternativa ao modelo vigente que condiciona a criatividade e parece premiar quem faz de morto", refere José Mendes Ribeiro.
A revolução tecnológica e a saúde
Para Luís Goes Pinheiro, presidente da SPMS, há três dimensões no desafio da saúde digital
Estratégia omnicanal
É preciso garantir a todos os cidadãos que não têm de se deslocar a uma unidade de saúde, se não precisam de se encontrar presencialmente com um profissional de saúde. Para isto, é necessário ter uma estratégia omnicanal, que permita ao cidadão, por onde quer que aceda, ter sempre a mesma experiência positiva dentro do SNS.
Ferramentas profissionais
É necessário melhorar as ferramentas dos profissionais, criar mais automatismos, reduzindo atos inúteis e investir na mobilidade dos profissionais.
Big data
É preciso recolher mais e melhores dados e reutilizar mais e melhor esses dados, antecipando as necessidades dos cidadãos e dotando os profissionais de ferramentas de apoio à decisão capazes de acelerar a atividade e elevar a eficácia da sua intervenção.