A Ásia Pacífico, englobando a China e a Austrália, é hoje um dos principais focos comerciais da Sovena. A estratégia passa por defender quota e margem em mercados mais maduros e, como a Sovena tem dimensão e escala, procurar novos mercados e novos consumidores. "É um produto, uma gordura, que está na moda, sobretudo por causa da dieta mediterrânica, que abre o caminho a novos consumidores", referiu António Simões, presidente executivo da Sovena Group. Este mês lançou na China a marca Oliveira da Serra, líder no mercado português.

A Sovena exporta para mais de 70 países, que absorvem 80% do negócio, sendo o primeiro mercado Espanha, que vale 30%. Em 2016 facturou 1,4 mil milhões de euros, o que lhe dá a liderança mundial no mercado do azeite, ao ultrapassar a Deoleo (Espanha). As suas marcas têm posições relevantes em vários mercados, com as marcas Andorinha, no Brasil e noutros mercados PALOP, Fontoliva, em Espanha, e Olivari, nos Estados Unidos, e é fornecedora de cadeias de distribuição como Mercadona, em Espanha, ou Walmart, nos EUA.


Aposta recente é Itália, um país com imagem de qualidade no azeite e origem das principais marcas mundiais. A Sovena tem tentado ao longo dos anos fazer uma aquisição em Itália, mas como não quer "pagar demasiado", frisa António Simões, nunca conseguiu. Mas há clientes que querem azeite italiano, por isso decidiram fazer um acordo com um parceiro comercial para operar com um produto packed in Italy.

A Sovena é a única empresa no sector a integrar toda a cadeia de valor, da exploração, passando pelo embalamento, à distribuição. Fez, com parceiros, um investimento de 200 milhões de euros em olivais em Portugal, com uma área de 15 mil hectares.