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Uma evidência que a pandemia expôs foi a falta de sentido em silos da saúde e do social e a necessidade de voltar a uma visão que já existiu. "A assistência social e em saúde têm de estar sob o mesmo chapéu, caso contrário temos a situação dos lares em que o Ministério da Saúde diz que não tem nada a ver com isso, mas a verdade é que o maior foco dos problemas ocorrem na população residente em lares e é um problema grave".
Para Ricardo Baptista Leite, a forma de organização e autonomia das instituições tem de ser repensada, até porque a saúde pública "é vista hoje como um sistema à parte do próprio sistema". Os hospitais, os centros de saúde, têm as suas métricas e modelos de incentivos próprios, mas na saúde pública não existem incentivos reais.
Em termos de organização, defende que se devia ter separado o ministro da Saúde do CEO da Saúde. "Este gere o SNS para garantir as respostas às emergências e o ministro é responsável pelo pensamento estratégico. A DGS é uma autoridade de saúde pública, que demonstrou, perante a emergência sanitária que estamos a viver, que não estava desenhada para isto."
Ricardo Baptista defendeu que no pós-pandemia a Direção-Geral da Saúde deve ser extinta e dar lugar a três organismos. O primeiro que junte saúde pública, defesa nacional e proteção civil para emergências sanitárias e ameaças biológicas, o segundo o da saúde pública pura e dura, as orientações clínicas e uma agência de dados em saúde para poder ambicionar ser um líder em inovação e pode servir para mudar o modelo de financiamento em saúde.
Sem os dados de qualidade e em tempo real não é possível alterar o modelo de financiamento em saúde, e até pensar em modelos, como a tecnologia de blockchain, que permitiria criar um modelo de monetização para pagar aos cidadãos por cederem os seus dados. Esta foi a oportunidade para Ricardo Baptista Leite se referir à necessidade dos dados para explorar o potencial estratégico gigantesco que os ensaios clínicos representam para Portugal, porque sem eles é mais difícil atrair os mercados internacionais.
Para Ricardo Baptista Leite, a forma de organização e autonomia das instituições tem de ser repensada, até porque a saúde pública "é vista hoje como um sistema à parte do próprio sistema". Os hospitais, os centros de saúde, têm as suas métricas e modelos de incentivos próprios, mas na saúde pública não existem incentivos reais.
Os incentivos existem sempre para criar mais doença e por isso não temos um SNS mas um Serviço Nacional de Doença que se alimenta e vive da própria doença. Para garantir a inovação temos de diminuir a carga da doença. Ricardo Baptista Leite
Médico e deputado PSD
Por outro lado, Ricardo Baptista Leite considera que hoje "os incentivos existem sempre para criar mais doença e por isso não temos um SNS mas um Serviço Nacional de Doença que se alimenta e vive da própria doença. Para garantir a inovação temos de diminuir a carga da doença, o que passa por ter uma saúde pública com incentivos corretos". Em sua opinião, o Ministério da Saúde não tem uma visão clara para o sistema de saúde dentro de 10 anos. Sem isto não é possível todos remarem na mesma direção. Médico e deputado PSD
Em termos de organização, defende que se devia ter separado o ministro da Saúde do CEO da Saúde. "Este gere o SNS para garantir as respostas às emergências e o ministro é responsável pelo pensamento estratégico. A DGS é uma autoridade de saúde pública, que demonstrou, perante a emergência sanitária que estamos a viver, que não estava desenhada para isto."
Ricardo Baptista defendeu que no pós-pandemia a Direção-Geral da Saúde deve ser extinta e dar lugar a três organismos. O primeiro que junte saúde pública, defesa nacional e proteção civil para emergências sanitárias e ameaças biológicas, o segundo o da saúde pública pura e dura, as orientações clínicas e uma agência de dados em saúde para poder ambicionar ser um líder em inovação e pode servir para mudar o modelo de financiamento em saúde.
Sem os dados de qualidade e em tempo real não é possível alterar o modelo de financiamento em saúde, e até pensar em modelos, como a tecnologia de blockchain, que permitiria criar um modelo de monetização para pagar aos cidadãos por cederem os seus dados. Esta foi a oportunidade para Ricardo Baptista Leite se referir à necessidade dos dados para explorar o potencial estratégico gigantesco que os ensaios clínicos representam para Portugal, porque sem eles é mais difícil atrair os mercados internacionais.
Mudar radicalmente de abordagem A abordagem no combate à pandemia tem de mudar radicalmente defende Ricardo Batista Leite, médico e deputado do PSD, através de uma política ativa de testagem massiva, isolamento ativo de todos os casos infetados e suspeitos.
O deputado salientou que a nova estratégia passaria por não olhar apenas para o número de testes que se fazem diariamente, mas para a forma como se fazem. "Temos tecnologia como os testes antigénio que podiam ser utilizados semanalmente e que custam vinte vezes menos do que os testes PCR. Poderiam ser uma ferramenta que em circuito fechado e semifechados como lares, escolas e prisões poderiam ser usados".
Defende a requisição de todos os hotéis que neste momento não têm negócio do turismo para fazer o isolamento de pessoas que não tem condições para isso. "Quando não se atua de forma clara do ponto de vista da saúde pública através do contact-tracing, ou seja, as ligações de todas as pessoas nas cadeias de transmissão, estas não vão ser quebradas e sem isolamento social não vamos conseguir", afirmou.
"Os doentes não covid arriscam-se, se a pandemia prosseguir um percurso exponencial, a mais uma vez, serem esquecidos com as consultas, as cirurgias, nos exames complementares e nos rastreios, com todos a caírem a pique. É preocupante aumenta, o risco de morbilidade, ou seja, afeta a qualidade de vida das pessoas e a médio prazo vai cair, o que poderia ser evitado usando o sistema, fazendo uma task-force entre o público, privado e social", alertou Ricardo Baptista Leite.
O deputado salientou que a nova estratégia passaria por não olhar apenas para o número de testes que se fazem diariamente, mas para a forma como se fazem. "Temos tecnologia como os testes antigénio que podiam ser utilizados semanalmente e que custam vinte vezes menos do que os testes PCR. Poderiam ser uma ferramenta que em circuito fechado e semifechados como lares, escolas e prisões poderiam ser usados".
Defende a requisição de todos os hotéis que neste momento não têm negócio do turismo para fazer o isolamento de pessoas que não tem condições para isso. "Quando não se atua de forma clara do ponto de vista da saúde pública através do contact-tracing, ou seja, as ligações de todas as pessoas nas cadeias de transmissão, estas não vão ser quebradas e sem isolamento social não vamos conseguir", afirmou.
"Os doentes não covid arriscam-se, se a pandemia prosseguir um percurso exponencial, a mais uma vez, serem esquecidos com as consultas, as cirurgias, nos exames complementares e nos rastreios, com todos a caírem a pique. É preocupante aumenta, o risco de morbilidade, ou seja, afeta a qualidade de vida das pessoas e a médio prazo vai cair, o que poderia ser evitado usando o sistema, fazendo uma task-force entre o público, privado e social", alertou Ricardo Baptista Leite.