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A taxa de poupança dos portugueses está em queda, mas mais do que nunca é fundamental pensar na reforma. Rui Leão Martinho, bastonário da Ordem dos Economistas, argumenta que os governantes têm de perceber que é preciso poupar e, do seu lado, os investidores precisam perder o medo às acções.
O grosso das poupanças dos portugueses está aplicado em depósitos a prazo. Estes produtos recolhiam, no final de 2017, cerca de metade (48,37%) das aplicações, com o valor investido em depósitos a crescer 474 milhões de euros para 142,7 mil milhões de euros, no último ano, segundo os dados do Banco Central Europeu. Mas Rui Leão Martinho, na grande conferência sobre o "Futuro dos Mercados Financeiros", organizada pelo Negócios e pelo Banco Carregosa, defendeu que é preciso alterar hábitos de poupança.
"Os decisores têm de saber que é preciso poupar e a poupança tem de ser reaprendida pela população", realçou o bastonário da Ordem dos Economistas. O especialista considera que a reforma é um tema cada vez mais relevante e que é fundamental que as pessoas façam os seus planos de pensões. Contudo, tratando-se este de um investimento a longo prazo, os aforradores devem privilegiar "aplicações com algum risco e perder o medo às acções".
E, para Leão Martinho, não são apenas os investidores que precisam perder o medo às acções. "Tem de se perder esse trauma, assim como perder o trauma que as empresas têm de ir para a bolsa", acrescentou o mesmo responsável. "É preciso retomar essa confiança. Há um trabalho a fazer de futuro." Também João Duque destaca a importância da diversificação para activos de maior risco, referindo ainda a aposta em activos como o imobiliário, como alternativa às baixas taxas de juro dos depósitos.
Mas nem todos os investidores têm perfil para investir em acções. Por isso, o bastonário da Ordem dos Economistas lançou um desafio aos intermediários financeiros: desenvolver produtos de investimento simples, que garantam capital, mas com uma taxa superior à dos depósitos.
O grosso das poupanças dos portugueses está aplicado em depósitos a prazo. Estes produtos recolhiam, no final de 2017, cerca de metade (48,37%) das aplicações, com o valor investido em depósitos a crescer 474 milhões de euros para 142,7 mil milhões de euros, no último ano, segundo os dados do Banco Central Europeu. Mas Rui Leão Martinho, na grande conferência sobre o "Futuro dos Mercados Financeiros", organizada pelo Negócios e pelo Banco Carregosa, defendeu que é preciso alterar hábitos de poupança.
0,2%
Depósitos
A remuneração oferecida pelos bancos nos novos depósitos é de 0,2%, um valor próximo de mínimos.
"Os decisores têm de saber que é preciso poupar e a poupança tem de ser reaprendida pela população", realçou o bastonário da Ordem dos Economistas. O especialista considera que a reforma é um tema cada vez mais relevante e que é fundamental que as pessoas façam os seus planos de pensões. Contudo, tratando-se este de um investimento a longo prazo, os aforradores devem privilegiar "aplicações com algum risco e perder o medo às acções".
E, para Leão Martinho, não são apenas os investidores que precisam perder o medo às acções. "Tem de se perder esse trauma, assim como perder o trauma que as empresas têm de ir para a bolsa", acrescentou o mesmo responsável. "É preciso retomar essa confiança. Há um trabalho a fazer de futuro." Também João Duque destaca a importância da diversificação para activos de maior risco, referindo ainda a aposta em activos como o imobiliário, como alternativa às baixas taxas de juro dos depósitos.
Mas nem todos os investidores têm perfil para investir em acções. Por isso, o bastonário da Ordem dos Economistas lançou um desafio aos intermediários financeiros: desenvolver produtos de investimento simples, que garantam capital, mas com uma taxa superior à dos depósitos.