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Quando se fala de infecções hospitalares dá-se uma ideia de certa forma errada, devemos falar, sim, de infecções associadas aos cuidados de saúde." Quando em meados do século passado o paradigma de cuidados de saúde mudou e o hospital deixou de ser o centro de todos os cuidados de saúde para uma disseminação da prestação de cuidados para a comunidade e para zonas mais próximas das residências dos utentes e dos doentes percebeu-se que a infecção de se pode encontrar em qualquer destes sítios.
A luta contra as infecções implica novas formas de organização e de cumprimentos de normas no sistema de saúde o que inclui hospitais, centros de saúde, cuidados continuados e domiciliários e lares. Mas não só. A bactéria MRSA, o staphylococcus aureus resistente à meticilina e outros antibióticos, foi encontrada em 35% dos autocarros de transporte público de Lisboa e em 26% nos do Porto como revelam dois estudos científicos.
Referiu que existem precauções básicas de controlo da infecção como a colocação de doentes, a higiene das mãos, a etiqueta respiratória, a utilização de equipamento de protecção individual, a descontaminação do equipamento clínico, o controlo ambiental, o manuseamento seguro da roupa, a recolha segura de resíduos, as práticas seguras na preparação e administração de injectáveis e a exposição a agentes microbianos no local de trabalho. No entanto, a OMS recomenda que os utentes e os doentes perguntem ao médico, se não o viram lavar as mãos, se já o fez, porque este é um dos pontos de contacto para as infecções.
300
Infecções
As infecções têm um custo associado avaliado em 300 milhões de euros.
As infecções associadas aos cuidados de saúde e resistências aos antimicrobianos são duas faces do mesmo problema. "Cada vez que aumenta a infecção, aumenta também a pressão antibiótica e se a infecção ocorrer dentro do hospital leva à prescrição de antibióticos de largo espectro. Estabelece-se um círculo vicioso no qual vivemos nos últimos anos", assinala Paulo André Fernandes.
A prescrição de antibióticos aumentou em 2015 revelou Paulo André Fernandes, director do PPCIRA (Programa de Prevenção e Controlo de Infecções e de Resistência aos Antimicrobianos). Sem revelar números, por ainda estarem em consolidação, Paulo André Fernandes salientou que este aumento afecta um dos pilares na luta contra os microorganismos multirresistentes. É um retrocesso a anos anteriores pois diversos estudos apontavam para elevado consumo de antibióticos, sobretudo quinolonas, em ambulatório, e elevado consumo hospitalar de carbapenemes.
O director do PPCIRA referiu que estas infecções têm custos associados de 300 milhões de euros. A ONU decretou em 21 de setembro a luta global contra a resistência antimicrobiana. Segundo um estudo recente, se nada fosse feito, estas infecções do sistema de saúde e a resistência microbiana provocariam, a partir de 2050, 10 milhões de mortos no mundo, 390 mil dos quais na Europa, por ano.
A luta contra as infecções implica novas formas de organização e de cumprimentos de normas no sistema de saúde o que inclui hospitais, centros de saúde, cuidados continuados e domiciliários e lares. Mas não só. A bactéria MRSA, o staphylococcus aureus resistente à meticilina e outros antibióticos, foi encontrada em 35% dos autocarros de transporte público de Lisboa e em 26% nos do Porto como revelam dois estudos científicos.
Referiu que existem precauções básicas de controlo da infecção como a colocação de doentes, a higiene das mãos, a etiqueta respiratória, a utilização de equipamento de protecção individual, a descontaminação do equipamento clínico, o controlo ambiental, o manuseamento seguro da roupa, a recolha segura de resíduos, as práticas seguras na preparação e administração de injectáveis e a exposição a agentes microbianos no local de trabalho. No entanto, a OMS recomenda que os utentes e os doentes perguntem ao médico, se não o viram lavar as mãos, se já o fez, porque este é um dos pontos de contacto para as infecções.
300
Infecções
As infecções têm um custo associado avaliado em 300 milhões de euros.
As infecções associadas aos cuidados de saúde e resistências aos antimicrobianos são duas faces do mesmo problema. "Cada vez que aumenta a infecção, aumenta também a pressão antibiótica e se a infecção ocorrer dentro do hospital leva à prescrição de antibióticos de largo espectro. Estabelece-se um círculo vicioso no qual vivemos nos últimos anos", assinala Paulo André Fernandes.
A prescrição de antibióticos aumentou em 2015 revelou Paulo André Fernandes, director do PPCIRA (Programa de Prevenção e Controlo de Infecções e de Resistência aos Antimicrobianos). Sem revelar números, por ainda estarem em consolidação, Paulo André Fernandes salientou que este aumento afecta um dos pilares na luta contra os microorganismos multirresistentes. É um retrocesso a anos anteriores pois diversos estudos apontavam para elevado consumo de antibióticos, sobretudo quinolonas, em ambulatório, e elevado consumo hospitalar de carbapenemes.
O director do PPCIRA referiu que estas infecções têm custos associados de 300 milhões de euros. A ONU decretou em 21 de setembro a luta global contra a resistência antimicrobiana. Segundo um estudo recente, se nada fosse feito, estas infecções do sistema de saúde e a resistência microbiana provocariam, a partir de 2050, 10 milhões de mortos no mundo, 390 mil dos quais na Europa, por ano.