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Pacto de regime em defesa do centro de negócios

"Cria-se uma imagem muito negativa do Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM), que não é correta, mas também era bom que o Estado português assumisse a sua responsabilidade quanto à péssima imagem que tem sido transmitida sobre o CINM, isto não cai por acaso, nem esta má informação pública surgiu do nada", denuncia Pedro Calado, vice-presidente do Governo regional.

09 de Julho de 2019 às 14:45
Pedro Calado é o vice-presidente do Governo Regional da Madeira. Hélder Santos
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Miguel Gouveia, presidente da Câmara Municipal do Funchal, defende que "deveria ser feito uma espécie de pacto de regime para que toda a gente defenda o CINM como seu. Vemos os outros países que têm uma visão patriótica dos seus centros e é importante Portugal ter um sentido de proteção com o que é nosso".

"O CINM conseguiu, ao longo de 30 anos, tornar-se o segundo pilar do desenvolvimento económico da região", a seguir ao turismo, diz Jorge Veiga França, presidente da Associação Comercial e Industrial do Funchal. Gerou 122 milhões em impostos em 2018, ou seja, 13,3% dos impostos cobrados.

Atração de tecnológicas

"É importante principalmente para atração de investimento e fixação de investimento estrangeiro, é de certa forma mais uma infraestrutura no campo da fiscalidade", considera Jorge Veiga França, que adianta "a sua contribuição para o terceiro pilar do desenvolvimento económico da região baseado em empresas tecnológicas". Estas empresas vendem os seus produtos e soluções em mais de 170 países do mundo.

Portugal devia ter um sentido de proteção em relação ao Centro de Negócios da Madeira miguel gouveia
Presidente da Câmara Municipal do Funchal 


Para Pedro Calado, acrescenta o papel da Universidade da Madeira na atração de investimento estrangeiro para áreas como a inovação e a tecnologia. "Todos os jovens formados na área de tecnologias, Engenharia Informática, têm tido mercado de trabalho na região." Além disso, "há grupos internacionais estrangeiros, que através do CINM, têm trazido os seus quadros qualificados para se fixarem na Madeira e que têm mais de 50, 60 e 70 funcionários estrangeiros e residentes nacionais que fazem o seu trabalho e vivem na Madeira, que pagam impostos na Madeira e que desenvolvem a sua atividade a partir da Madeira", adiantou Pedro Calado.