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| As artes e os sentidos
"A demência é uma doença degenerativa que afeta um número cada vez maior de pessoas. Sabe-se que as pessoas com demência mantêm os sentidos preservados, mesmo em situações avançadas e de fim de vida", referiu Sofia Ferreira Alves, investigadora do departamento de Investigação e Formação do CIFAD. O projeto "Olaia" surgiu com o apoio da Fundação "la Caixa", em parceria com a Fundação Castro Alves, entidade artístico-cultural, e é um programa terapêutico para doentes com demência através de uma abordagem paliativa e multissensorial e com intervenção holística centrada no ambiente e no doente, desde o diagnóstico até ao luto, combinando a arte-terapia, a musicoterapia e a aromaterapia. O projeto realizou 195 sessões, envolveu 64 participantes e apresentou um impacto positivo, melhorando significativamente a dor e o desconforto após a intervenção.
| A capacitação dos cuidadores
O principal objetivo deste projeto é a capacitação do cuidador face às necessidades resultantes de evento traumatológico/ortopédico, sobretudo os que resultam do envelhecimento, cujas fraturas mais comuns são as da extremidade proximal do fémur, que requerem, na maioria das vezes, internamento para realização de intervenção cirúrgica. Esta visa dar ao cuidador capacidades para prestar os melhores cuidados de saúde possíveis. Para tal, o plano de intervenção define quatro sessões dirigidas por enfermeiros especializados aos cuidadores, sendo-lhe efetuada uma avaliação inicial (estado de saúde, disponibilidade, capacidade de cuidar, condições da casa, etc.) e sessões de aprendizagem.
O sucesso do projeto assenta na proximidade, empatia e relação terapêutica estabelecida pelos enfermeiros com a pessoa idosa internada e o seu cuidador, e nas estratégias de comunicação especializadas e individualizadas que garantem a adequada preparação de doente/família para o regresso a casa.
| Sem erros na medicação
Em 2017, foi implementado no Hospital de Cascais o projeto PharmaTrac®, um sistema de rastreabilidade do medicamento em todas as etapas do processo. Aos doentes admitidos no hospital é-lhes colocada uma pulseira com um código de barras único (identificação do doente) que permite fazer um "closed loop" da medicação prescrita e da administrada. Os médicos fazem a prescrição online que é validada pelo farmacêutico antes do envio de medicação e da administração. No momento da administração, o enfermeiro lê o código de barras da pulseira do doente, em que tem acesso à identificação do doente, aos medicamentos a administrar naquele horário, e às alergias do paciente, e o código de barras do medicamento dá informação sobre a substância ativa, a dose, a forma farmacêutica, a validade e o lote, e alerta para parâmetros "como não estar prescrito" ou a validade expirada.
| O direito ao sorriso
A promoção da saúde e a saúde oral como um direito universal junto das populações em situação de vulnerabilidade socioeconómica são os objetivos da Associação Mundo a Sorrir, ONGD fundada em 2005 no Porto. Quatro anos depois, o CASO (Centro de Apoio à Saúde Oral) iniciou a sua ação com o objetivo de melhorar a saúde oral de populações em situação de vulnerabilidade socioeconómica, através da intervenção médico-dentária e do acompanhamento psicossocial, com vista à sua reintegração social. Mais tarde foi replicado nos municípios de Braga (2015), Lisboa (2018) e Cascais (2020). "Desde o seu início já beneficiou mais de 8.900 pessoas e realizou mais de 117.000 tratamentos", assinala Ana Simões Rupio da Coordenação Técnica da CASO Porto. Os principais parceiros deste projeto são o Centro Hospitalar Conde Ferreira, municípios de Braga, Lisboa e Cascais e o apoio de laboratórios de prótese dentária e empresas de material dentário.
| A vigilância ao domicílio
Este projeto nasceu para permitir a continuação da vigilância pós-operatória no domicílio, evitando a permanência de doentes com comorbilidades e idade avançada em internamento após cirurgias de ambulatório. Baseia-se na comunicação telefónica com o doente, na utilização de equipamento para telemonitorização de sinais vitais com ligação à rede informática do Centro Hospitalar Universitário de S. João, e na designação de médicos para acompanharem o processo de monitorização e tomarem ações necessárias. Esta conceção foi alvo de um teste-piloto com 21 doentes que exigiam mais de 24 horas de vigilância clínica no pós-operatório. Após a operação e recobro no Serviço de Cirurgia de Ambulatório do CHUSJ, tiveram alta para o domicílio, sendo contactados por telefone periodicamente, de acordo com o protocolo do projeto. Este estudo-piloto conduziu à decisão da implementação definitiva do projeto. Foi já adquirido o equipamento necessário, aguardando-se a sua entrega para integrar este processo na rotina no CHUSJ.
| Doentes operados e satisfeitos
Cátia Marranita e Isabel Mesquita, enfermeiras no Centro de Responsabilidade Integrada de Oftalmologia (CRIO) do Hospital Garcia de Orta (HGO), realizaram um estudo que avaliou, através de inquéritos aos doentes, o grau de satisfação e as necessidades dos utentes submetidos a cirurgia de catarata em ambulatório, com a finalidade de promover a melhoria contínua da qualidade dos cuidados. A abordagem foi quantitativa tendo sido inquiridos 138 utentes intervencionados no período de 21 de outubro de 2021 a 11 de fevereiro de 2022 e mediu a sua satisfação durante o período peri-operatório. A meta estabelecida foi ultrapassar os 80% de utentes "totalmente satisfeitos" nos diferentes itens avaliados. Os resultados mostraram que a satisfação com a qualidade dos Recursos Humanos foi o aspeto mais valorizado (mais de 80%) e os aspetos menos satisfatórios foram o tempo de espera e as instalações físicas (inferior a 80%). O balanço global foi positivo pois 100% dos utentes recomendariam o CRIO do HGO.
| Parceria para melhores cuidados
"A cirurgia laparoscópica em urologia representa, hoje em dia, um standard of care para diversas patologias, mas principalmente na cirurgia renal, em que é reconhecida universalmente a mais-valia ao nível da mini-invasividade e consequente tolerância, rapidez de recuperação e, em geral, conforto, para os utentes", refere Raul Nunes Rodrigues, diretor do Serviço de Urologia do Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo. O que não era um facto quando chegou em 2009 a este hospital açoriano. Inicialmente, recorreu a Arnaldo Figueiredo, atual diretor do CHUC - Coimbra, e a Pedro Nunes, mas entendeu que se justificaria a tentativa de aquisição dessa competência para o futuro. Em 2015, fez uma parceria com o médico Rui Lúcio, que quase mensalmente realiza procedimentos laparoscópicos renais. Esta ação contribuiu para a formação de médicos, anestesistas e enfermeiros, e o tratamento efetivo dos doentes renais. Foram realizados cerca de 150 procedimentos laparoscópicos renais.
"A demência é uma doença degenerativa que afeta um número cada vez maior de pessoas. Sabe-se que as pessoas com demência mantêm os sentidos preservados, mesmo em situações avançadas e de fim de vida", referiu Sofia Ferreira Alves, investigadora do departamento de Investigação e Formação do CIFAD. O projeto "Olaia" surgiu com o apoio da Fundação "la Caixa", em parceria com a Fundação Castro Alves, entidade artístico-cultural, e é um programa terapêutico para doentes com demência através de uma abordagem paliativa e multissensorial e com intervenção holística centrada no ambiente e no doente, desde o diagnóstico até ao luto, combinando a arte-terapia, a musicoterapia e a aromaterapia. O projeto realizou 195 sessões, envolveu 64 participantes e apresentou um impacto positivo, melhorando significativamente a dor e o desconforto após a intervenção.
Categoria - Organização centrada no doente
Projeto - "Olaia - Mais vida com natureza e arte"
Instituição - Centro de Investigação, Diagnóstico, Formação e Acompanhamento das Demências da Santa Casa de Misericórdia de Riba D’Ave (CIDIFAD/SCMRA)
| A capacitação dos cuidadores
O principal objetivo deste projeto é a capacitação do cuidador face às necessidades resultantes de evento traumatológico/ortopédico, sobretudo os que resultam do envelhecimento, cujas fraturas mais comuns são as da extremidade proximal do fémur, que requerem, na maioria das vezes, internamento para realização de intervenção cirúrgica. Esta visa dar ao cuidador capacidades para prestar os melhores cuidados de saúde possíveis. Para tal, o plano de intervenção define quatro sessões dirigidas por enfermeiros especializados aos cuidadores, sendo-lhe efetuada uma avaliação inicial (estado de saúde, disponibilidade, capacidade de cuidar, condições da casa, etc.) e sessões de aprendizagem.
O sucesso do projeto assenta na proximidade, empatia e relação terapêutica estabelecida pelos enfermeiros com a pessoa idosa internada e o seu cuidador, e nas estratégias de comunicação especializadas e individualizadas que garantem a adequada preparação de doente/família para o regresso a casa.
Categoria - Organização centrada no doente
Projeto - Projeto de capacitação "mais Cuidador"
Instituição - Serviço de Ortopedia do Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca
| Sem erros na medicação
Em 2017, foi implementado no Hospital de Cascais o projeto PharmaTrac®, um sistema de rastreabilidade do medicamento em todas as etapas do processo. Aos doentes admitidos no hospital é-lhes colocada uma pulseira com um código de barras único (identificação do doente) que permite fazer um "closed loop" da medicação prescrita e da administrada. Os médicos fazem a prescrição online que é validada pelo farmacêutico antes do envio de medicação e da administração. No momento da administração, o enfermeiro lê o código de barras da pulseira do doente, em que tem acesso à identificação do doente, aos medicamentos a administrar naquele horário, e às alergias do paciente, e o código de barras do medicamento dá informação sobre a substância ativa, a dose, a forma farmacêutica, a validade e o lote, e alerta para parâmetros "como não estar prescrito" ou a validade expirada.
Categoria - Adoção de tecnologia
Projeto - A tecnologia na prevenção de erros de medicação
Instituição - Hospital de Cascais
| O direito ao sorriso
A promoção da saúde e a saúde oral como um direito universal junto das populações em situação de vulnerabilidade socioeconómica são os objetivos da Associação Mundo a Sorrir, ONGD fundada em 2005 no Porto. Quatro anos depois, o CASO (Centro de Apoio à Saúde Oral) iniciou a sua ação com o objetivo de melhorar a saúde oral de populações em situação de vulnerabilidade socioeconómica, através da intervenção médico-dentária e do acompanhamento psicossocial, com vista à sua reintegração social. Mais tarde foi replicado nos municípios de Braga (2015), Lisboa (2018) e Cascais (2020). "Desde o seu início já beneficiou mais de 8.900 pessoas e realizou mais de 117.000 tratamentos", assinala Ana Simões Rupio da Coordenação Técnica da CASO Porto. Os principais parceiros deste projeto são o Centro Hospitalar Conde Ferreira, municípios de Braga, Lisboa e Cascais e o apoio de laboratórios de prótese dentária e empresas de material dentário.
Categoria - Organização centrada no doente
Projeto - Centro de Apoio à Saúde Oral - CASO
Instituição - Associação Mundo a Sorrir
| A vigilância ao domicílio
Este projeto nasceu para permitir a continuação da vigilância pós-operatória no domicílio, evitando a permanência de doentes com comorbilidades e idade avançada em internamento após cirurgias de ambulatório. Baseia-se na comunicação telefónica com o doente, na utilização de equipamento para telemonitorização de sinais vitais com ligação à rede informática do Centro Hospitalar Universitário de S. João, e na designação de médicos para acompanharem o processo de monitorização e tomarem ações necessárias. Esta conceção foi alvo de um teste-piloto com 21 doentes que exigiam mais de 24 horas de vigilância clínica no pós-operatório. Após a operação e recobro no Serviço de Cirurgia de Ambulatório do CHUSJ, tiveram alta para o domicílio, sendo contactados por telefone periodicamente, de acordo com o protocolo do projeto. Este estudo-piloto conduziu à decisão da implementação definitiva do projeto. Foi já adquirido o equipamento necessário, aguardando-se a sua entrega para integrar este processo na rotina no CHUSJ.
Categoria - Adoção de tecnologia
Projeto - Cirurgia de Ambulatório - como alargar os limites?
Instituição - Centro Hospitalar Universitário de S. João - Porto
| Doentes operados e satisfeitos
Cátia Marranita e Isabel Mesquita, enfermeiras no Centro de Responsabilidade Integrada de Oftalmologia (CRIO) do Hospital Garcia de Orta (HGO), realizaram um estudo que avaliou, através de inquéritos aos doentes, o grau de satisfação e as necessidades dos utentes submetidos a cirurgia de catarata em ambulatório, com a finalidade de promover a melhoria contínua da qualidade dos cuidados. A abordagem foi quantitativa tendo sido inquiridos 138 utentes intervencionados no período de 21 de outubro de 2021 a 11 de fevereiro de 2022 e mediu a sua satisfação durante o período peri-operatório. A meta estabelecida foi ultrapassar os 80% de utentes "totalmente satisfeitos" nos diferentes itens avaliados. Os resultados mostraram que a satisfação com a qualidade dos Recursos Humanos foi o aspeto mais valorizado (mais de 80%) e os aspetos menos satisfatórios foram o tempo de espera e as instalações físicas (inferior a 80%). O balanço global foi positivo pois 100% dos utentes recomendariam o CRIO do HGO.
Categoria - Value-Based Healthcare
Projeto - Satisfação dos doentes submetidos a cirurgia de catarata em ambulatório no HGO - Piso 3
Instituição - Hospital Garcia de Orta
| Parceria para melhores cuidados
"A cirurgia laparoscópica em urologia representa, hoje em dia, um standard of care para diversas patologias, mas principalmente na cirurgia renal, em que é reconhecida universalmente a mais-valia ao nível da mini-invasividade e consequente tolerância, rapidez de recuperação e, em geral, conforto, para os utentes", refere Raul Nunes Rodrigues, diretor do Serviço de Urologia do Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo. O que não era um facto quando chegou em 2009 a este hospital açoriano. Inicialmente, recorreu a Arnaldo Figueiredo, atual diretor do CHUC - Coimbra, e a Pedro Nunes, mas entendeu que se justificaria a tentativa de aquisição dessa competência para o futuro. Em 2015, fez uma parceria com o médico Rui Lúcio, que quase mensalmente realiza procedimentos laparoscópicos renais. Esta ação contribuiu para a formação de médicos, anestesistas e enfermeiros, e o tratamento efetivo dos doentes renais. Foram realizados cerca de 150 procedimentos laparoscópicos renais.
Categoria - Adoção de tecnologia
Projeto - Introdução da Cirurgia Laparoscópica Renal no HSEIT
Instituição - Hospital Santo Espírito Ilha Terceira