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Os dados são o grande desafio do imobiliário

Miguel de Castro Neto, subdiretor da Nova IMS, afirmou que “o desafio hoje no imobiliário em Portugal é muito data driven e a informação pode alterar o paradigma da gestão e do planeamento”.

25 de Setembro de 2019 às 14:15
Miguel de Castro Neto, subdiretor da Nova IMS. David Cabral Santos
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"Há uma tendência cada vez mais relevante em que as pessoas o que querem é um serviço de habitação, que depois tem vários produtos associados", referiu Miguel de Castro Neto, subdiretor da Nova IMS. Sublinhou ainda que "o desafio hoje no imobiliário em Portugal é muito data driven e a informação pode alterar o paradigma da gestão e do planeamento".

Na sua intervenção, Miguel de Castro Neto salientou, de entre as principais tendências globais, a alteração do planeamento da cidade e dos instrumentos de gestão territorial, como os PDM, que passam de estáticos a dinâmicos.

"Se quiser saber a demografia de Lisboa, os últimos dados são do Censo de 2011, que podem não ser uma grande ajuda. Mas há alternativas como o algoritmo zone, como lhe chamam no MIT, que é passar a ter ao nosso dispor dados dinâmicos e em tempo real que nos permitam saber o metabolismo da cidade, e as decisões de planeamento e de gestão são suportados por estes dados", explicou Miguel de Castro Neto.

Economia circular

Sublinhou ainda a tendência com a mudança da economia linear para a economia circular, que está a impactar as preferências dos próprios utilizadores. "Há uma tendência incontornável para deixarmos de ser proprietários e passarmos a ser utilizadores, o que cria uma oportunidade para o que tem a ver com a tecnologia e com a gestão de informação e já experiência com o espaço, para que, em espaços reduzidos, possa haver uma série de soluções multifuncionais", referiu Miguel de Castro Neto.

O professor da Nova-IMS observou que esta tendência com as micro unidades e o co-living, por exemplo, "leva à densificação das cidades, com mais pessoas a viver nos centros das cidades, o que coloca um desafio que a adaptação do espaço pública a estas novas realidades, porque vai ser necessário mais espaço público para as pessoas usufruírem". Por isso, na sua opinião, "quando falamos de habitação temos de associar o espaço público e a mobilidade, que faz um ecossistema que tem de funcionar para garantir a qualidade de vida a estes diferentes públicos".

Em relação à oferta pública de habitação, considerou que esta tem um papel mas "preferia um quadro em que existisse transparência e estabilidade na legislação que permitisse aos privados ter um papel neste setor. Na transparência e estabilidade inclui-se a celeridade dos procedimentos administrativos, que tem de ser impactada pela transformação digital. Para um investidor internacional que quer volume e velocidade não se compagina com esta realidade de processos morosos".