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Oferta alargada de fruta congelada

O produto core da empresa é a castanha, mas o seu negócio passa por mais de trinta frutos singulares e inúmeras composições/misturas de frutos para fornecimento de frutos congelados à indústria e ao retalho alimentar.

Negócios 23 de Março de 2021 às 15:15
Rodrigo Reis é administrador da AgroAguiar.
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Empresas Sustentáveis
Vencedor AgroAguiar

A AgroAguiar foi fundada em 2007 em Sabroso de Aguiar, como agregadora e promotora de vendas de produtos regionais, sobretudo a castanha de Trás-os-Montes. Dois anos depois deu-se uma reestruturação societária e a estratégia passou a ser o processamento e transformação de frutos regionais para primeira transformação, fruta natural ultracongelada através do processo IQF (Individual Quick Frozen), o que passou a implicar o sourcing de matérias-primas em todo o mercado nacional.

Hoje a AgroAguiar apresenta soluções com mais de trinta frutos singulares e inúmeras composições/misturas de frutos para fornecimento de frutos congelados à indústria e ao retalho alimentar. Adquire mais de 90% da fruta em Portugal através de uma relação de proximidade com agricultores e cooperativas locais, que têm de estar certificados. No entanto, como salienta Rodrigo Reis, administrador da AgroAguiar, "a castanha é que é o nosso produto core". Salienta que tem capacidade instalada de processamento e stockagem para garantir o abastecimento do mercado de frutos congelados ao longo de todo ano.

A empresa tem a marca própria AgroAguiar, que está no canal de distribuição alimentar em Portugal, Espanha, França e Malta, e produz também as marcas private label de retalho alimentar. Rodrigo Reis considera que "todos os anos temos conseguido acrescentar novos frutos congelados para que a indústria alimentar e o retalho alimentar possam ter uma oferta alargada de fruta congelada de qualidade durante todo o ano". As exportações que em 2019 foram de 2,9 milhões de euros para um total de volume de negócios de cinco milhões de euros, e dirigem-se sobretudo para Áustria, Itália, Espanha e França.

Horeca sem fulgor

O ano de 2020 foi marcado pela pandemia de covid-19 e, como referiu Rodrigo Reis, o canal de restauração e hotelaria, conhecido como horeca, "perdeu o seu "fulgor" suportado no crescimento contínuo do turismo português dos últimos anos, e quebrou significativamente, ainda que parte desse consumo tenha sido transferido para as cadeias de distribuição/retalho alimentar". Acrescentou que o comércio eletrónico ganhou peso: "Há ainda produtos que dadas as suas características intrínsecas e logísticas conduziram as empresas a acelerar as suas vendas através e-commerce."

Em termos de desafios Rodrigo Reis considera que é crucial para se manterem competitivos "a otimização dos nossos processos produtivos numa ótica de sustentabilidade e de acrescentar valor aos nossos produtos". Esta será a base para consolidar a posição e as quotas de mercado, mas sobretudo para tentar crescer tanto com produtos core e como outros que possam surgir. Podem ser por iniciativa da nossa empresa, sobretudo de inovação que possamos acrescentar à nossa atividade, quer pelos nossos clientes que todos os anos nos lançam desafios nos nossos campos de atuação nomeadamente na distribuição de fruta congelada", concluiu Rodrigo Reis.

A empresa tem uma estratégia de sustentabilidade conforme os objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas. Um dos objetivos é a sustentabilidade ambiental para a atingir a neutralidade carbónica. Apostou na produção da energia para autoconsumo e um dos projetos passou pela implementação de 454 painéis solares, que evita a produção de 150 toneladas de CO2, o equivalente à plantação de sete mil árvores. Outro projeto tem a ver com a gestão de resíduos de embalagens com 9,34 toneladas de CO2 evitadas. Inclui-se ainda a eficiência energética, a valorização dos nossos subprodutos, a reutilização e reparação de recursos utilizados nos processos, a igualdade e a diversidade das equipas de trabalho.