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O que é a região da Beira Baixa

A região tem 17 mil empresas e os maiores empregadores são os sectores do comércio e da indústria.

01 de Fevereiro de 2017 às 14:54
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São cerca de 200 mil pessoas e de 17 mil empresas, 60% das quais são micro-empresas. Mas o tecido empresarial já tem o seu peso, factura no seu conjunto cerca de 2,6 mil milhões de euros.

A população residente nos onze concelhos da Beira Baixa atinge as 190 mil pessoas, verificando-se uma concentração de mais de 60%, no conjunto das três cidades - Fundão, Covilhã e Castelo Branco-, que é a mais populosa, segundo dados do INE de 2015.

Em termos de empresas apresentava em 2015 um universo da ordem das 17 mil unidades, cabendo cerca de 23% ao comércio por grosso e ao retalho. Os maiores empregadores são os sectores do comércio e da indústria, que absorvem quase 50% de um total de 47 mil activos. Este conjunto de empresas representa um volume de negócios da ordem dos 2,6 mil milhões de euros, 70% realizados pelos sectores do comércio e indústrias transformadoras. As exportações representam valores na ordem dos 15%.

A AEBB-Associação Empresarial da Beira Baixa, tem cerca de duas centenas de associados distribuídos pela Beira interior sul (59%), Cova da Beira (24%), zona do Pinhal (11%) e 6% de empresas exteriores à região. Já em termos de dimensão, o universo dos associados é composto por 2% de grandes empresas, 8% de médias empresas, 30% de empresas de pequena dimensão, sendo que as micro-empresas representam um universo de 60%.

Os associados repartem-se por 67% no sector terciário, 28% no sector secundário e 5% no sector primário e responsáveis por cerca de 8mil postos de trabalho. Em termos de vendas representam cerca de mil milhões de euros, em que as exportações se cifram num valor próximo dos 130 milhões de euros.

Existem iniciativas relevantes, e todo um conjunto de iniciativas de empreendedorismo, de inovação que darão origem a dinâmicas novas. Mas é possível fazer uma viagem aos sectores mais activos.

A agricultura, sobretudo no que concerne à fruticultura tradicional, pequenos frutos e introdução de novos frutos.

O sector agroalimentar, com as componentes tradicionais, sobretudo na consolidação de produtos ligados ao território, nomeadamente queijo, mel, azeite, enchidos e alguns derivados destes. "Este é um caminho de futuro, no desenvolvimento da região, que não se expressará pela quantidade, mas pela oportunidade de aproveitamento, de nichos de mercado, com boa apetência na exportação" assegura José Gameiro.

O sector da pasta e do papel são exemplos de dinamismo na região. São dois sectores de actividades de alto conhecimento, envolvimento técnico e boa capacidade de inovação, graças também à boa qualidade da matéria-prima nacional.

O têxtil e a confecção, são hoje também dois sectores em consolidação, pela qualidade e penetração nos mercados exteriores.

O sector do frio, alguma metalomecânica tradicional e outra de precisão, são actividades também consolidadas e com espaço de crescimento, no mercado da exportação.

A floresta, madeira e primeira transformação, mais dinâmica na zona sul da região, pode vir a adoptar uma fase interessante de crescimento, se houver garantias de protecção e ordenamento. As áreas ardidas nos grandes incêndios de 2003 e 2005, apresentam hoje boa ocupação de solo, com pinhal a caminho dos 12 a 15 anos, entrando, portanto, num ciclo de aproveitamento sustentável, através de operações culturais.

O sector das TIC, são também uma das áreas emergentes, em implantação na região, mas que apresentam já um nível de emprego considerável. Este é o tipo de actividade, que surge da globalização, para a qual a região está atenta e empenhada. 


O site do congresso: http://congressoaebb.negocios.pt