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O .pt tem sido chave na transição digital em Portugal

Luísa Gueifão destacou o trabalha da associação DNS.PT para gerar confiança e segurança no comércio online.

06 de Novembro de 2019 às 16:00
Luísa Gueifão diz que ter um domínio .pt passou a ser um orgulho.
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"Em 2019, Portugal é o país europeu que mais cresce no registo de domínios, depois de ter tido em 2018 o melhor ano de sempre com cerca de 107 mil novos registos, tendo um acumulado de mais de 1,2 milhões, e que é também um bom barómetro da atividade económica. O .PT tem tido um papel influente na transição digital em Portugal", refere Luísa Gueifão, presidente da Associação DNS.PT, gestora do domínio de topo português.pt.

"Portugal está na moda, as empresas deixaram de ter vergonha de ter um domínio.pt e passaram a ver este facto como forma de orgulho, e isso fez com que as pessoas registem mais domínios", garantiu Luísa Gueifão. Segundo a presidente do organismo, "existia uma certa ideia de que ter um domínio.com tornaria as empresas mais internacionais".

Luísa Gueifão destacou ainda o trabalho da associação para gerar confiança e segurança no comércio online de modo a que "mais portugueses confiam nos sites de comércio eletrónico e de prestação de serviços". A DNS.pt vai desenvolver um Centro de Operações de Segurança, apoiado e financiado pela União Europeia "para aumentar a capacidade interna de resposta do .pt a incidentes e ameaças de cibersegurança".

Não esquecer as pessoas

Um dos objetivos é apoiar o reforço das competências digitais, desde os jovens aos mais idosos, passando pelas empresas. "A associação está cada vez mais direcionada para programas no âmbito das competências e conhecimentos digitais. Pensar a Internet com foco apenas na tecnologia é esquecer as pessoas", referiu Luísa Gueifão.

Neste caso, o ponto de partida é que cerca de 20% dos portugueses nunca utilizaram a Internet e os objetivos são redução deste valor para 5%, em 2030, e ainda garantir que 80% tenham competências digitais básicas. "A internet é essencial porque podem aceder a conteúdos que proporcionam mais conhecimento, mais acesso a bens públicos e contribuem para a quebra do isolamento", adiantou.

Há outros objetivos como contribuir para um maior equilíbrio de género nas tecnologias pois apenas 17% do trabalho qualificado nas tecnologias é feito por mulheres. No caso das empresas apoiam o programa Comércio Eletrónico da ACEPI que tem por objetivo trazer mais 50 mil empresas, micro e pequenas empresas, para o digital.