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O parque geológico que começou com um dinossauro

"Contar a história da evolução da terra é o que vamos querer contar no Geoparque", disse Luís Pereira, coordenador da Geoparque Algarvensis pela Câmara Municipal de Albufeira, durante o Albufeira21 Summit. No princípio esteve a descoberta de um dinossauro em 2010, o Metoposaurus Algarvensis, cujos fósseis foram encontrados na Jazida da Penina, e que foi o ponto de partida para o projeto aspirante a Geoparque Mundial da UNESCO que reúne os municípios de Loulé, Silves, Albufeira e a Universidade do Algarve.

08 de Abril de 2021 às 20:03
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"O Geoparque é uma estratégia de desenvolvimento do território baseada num desenvolvimento turístico sustentável que está entre a serra e o barrocal. Temos valores geológicos e geomorfológicos, da paisagem e da biodiversidade como um dinossauro de há 250 milhões de anos, que foi descoberto em 2010 e cinco anos depois foi classificado como uma nova espécie e um valor paleontológico único e com valor internacional", considerou Luís Pereira, coordenador da Georparque Algarvensis pela Câmara Municipal de Albufeira.

Depois existem vários geo-sítios no território destes concelhos que cumprem e preenchem os critérios da candidatura a geoparque, cuja rede atual é composta 147 geoparques mundiais UNESCO em 41 países. Luís Pereira elenca geo-sítios de relevo nacional e regional como a própria rocha da Penina onde foi descoberto o dinossauro, no grés de Silves, que é um valor geológico de valor nacional, Vale Fuzeiros em Silves tem vestígios de vulcanismo, os calcários do Escarpão em Albufeira e a zona de Paderne que representam no Jurássico Superior um mar tropical, a mina de sal-gema em Loulé, que é visitável, e faz parte da história geológica do que foi o grande continente Pangea.

O critério da UNESCO para considerar o Geoparque na rede mundial de geoparques considera não só o conjunto de geo-sítios internacional, nacional e local mas também a existência de um programa de valorização territorial.

Segundo Luís Pereira esta deve ser baseada em três pilares, a educação com um projeto educativo nas escolas mas a educação para que a população desenvolva atividades que possam tirar mais-valias económicas do geoparque. Depois a produção de conhecimento científico e ter um projeto de salvaguarda da geologia.

O terceiro pilar, implica um programa de geoturismo com uma oferta turística baseada nos elementos geológicos, em programas interpretativos e circuitos turísticos. "Nos próximos dez anos vai ser o projeto mais importante e significativo e que mais sustentabilidade vai trazer às comunidades locais deste território", conclui Luís Pereira.