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Isto passa-se na comunicação em que, por exemplo, na vida familiar se mistura o offline e o online: "se quiser seguir os filhos, os netos, o melhor é no Facebook, no Instagram para conseguir ficar em contacto".
O novo consumidor online é o que faz as compras sem pensar em canais, faz a jornada de cliente e opta pelo que seja mais fácil, mais cómodo e que "lhe dê alguma vantagem, ou lucro, ou desconto, ou melhor serviço. Os consumidores online são não apenas a geração mais nova, mas todas as gerações", garante Wijnand Jongen, fundador e CEO da associação holandesa de comércio eletrónico, Thuiswinkel.org.
A batalha global
Na sua opinião a tecnologia é cada vez mais importante no processo de compra, que já tinha um papel no passado. Considera que se "a tecnologia é a base dos novos comportamentos dos consumidores, mas estes têm sempre a possibilidade de fazer escolhas. Portanto, a tecnologia é um facilitador, torna possível, mas somos nós enquanto consumidores que decidimos se vamos a uma loja ou compramos online", assinala Wijnand Jongen.
Um dos temas que mais preocupa Wijnand Jongen é a situação estratégica da Europa na grande batalha global de comércio eletrónico, com a China e os Estados Unidos. "Das 200 maiores marketplaces e plataformas do mundo, 160 vem dos EUA, 25 vêm da China e 5 a 10 são da Europa. "Estas tech players estão a entrar na Europa, portanto esta tem de criar vantagens competitivas para as suas empresas em relação às chinesas e americanas". Acrescenta que "tem de se fazer alguma coisa ao nível político e de legislação, para se criar um terreno de jogo equilibrado para as empresas europeias competirem com as suas rivais".
Alerta para a situação das pequenas e médias empresas europeias, que jogam a sua sobrevivência neste gigantesco tabuleiro. "Para as pequenas e médias empresas, as oportunidades estão em perceber que ainda podem sobreviver, se começarem a trabalhar em conjunto, a cooperar, a criar joint-ventures, marketplaces próprios. Se todos continuarem a fazer o que fazem e sozinhas, a probabilidade é que vai ser muito difícil sobreviver".
Portugueses pelo futebol nacional
"As novas tendências de hábitos de consumo, em particular na adoção digital, mudaram de forma muito relevante o consumo de conteúdos, não só no tipo de conteúdo preferido mas nas plataformas escolhidas e preferidas pelos utilizadores para consumir esses mesmos conteúdos", Nuno Ferreira Pires, CEO da Sport TV.
Hoje os clientes exigem hoje uma experiência de consumo de conteúdos 360º, totalmente integrada. "A ponte entre Antena e Digital é feita, na maioria dos casos do mercado, de forma dispersa e desagregada e o Hub Digital da Sport TV entrega aos seus clientes em qualquer momento e em qualquer lugar uma experiência única e integrada, no consumo dos melhores conteúdos desportivos nacionais e internacionais (em exclusivo), irrompendo a forma como estes interagem com o conteúdo (ex.: chat room sobre conteúdos) e potenciando a aproximação do cliente à marca".
A estratégia da Sport TV passa pela hegemonia no futebol nacional porque "os portugueses querem e estão apenas dispostos a pagar pelo melhor dos conteúdos desportivos nacionais, com foco marcado no futebol, e mais especificamente na Liga NOS, na II Liga, na Taça da Liga, na Taça de Portugal…. e algumas outras modalidades e competições internacionais, mas sempre com enorme distancia no ranking de interesse quando não se trate de "produto" nacional".