- Partilhar artigo
- ...
António Salvador fez uma análise sobre as mudanças da pandemia e dos seus efeitos nas compras. "Giftbox, pneus, livros, descanso, tudo isso baixou significativamente as vendas. Na área tecnológica devo dizer que começou muito bem, janeiro e fevereiro cresceram 7%, portanto, estava a ser um ano interessante, tiveram depois com o teletrabalho e com o ensino à distância, venderam-se muitos tabletes, notebooks, impressoras multifuncionais", explica.
Em relação à questão dos rendimentos a pandemia também influenciou comportamentos. Segundo António Salvador, diretor-geral da Intercampus, há três tipos identificados. Existe o "revenge spending", é um nicho pequeno que tem como objetivo gastar mais que gastava, do tipo "agora vou gastar tudo o que puder nos tempos mais próximos". Depois há o rethink spending, que é marcado pela incerteza, pela reflexão o que gera comportamentos "mais conformistas, mais cautelosos, mais parcimoniosos".
Depois o "retard spending", em que é a decisão, perante este nível de incerteza, de aforrar para poder passar os tempos difíceis que aí se avizinham. "São três comportamentos distintos, cada qual com uma lógica funcional, e penso que quanto a esse aspeto ainda estamos no início, e que para o ano, a continuar o que temos vindo a assistir, a coisa piorará".
Teletrabalho veio para ficar
Este reforço tecnológico esteve muito relacionado com a expansão do teletrabalho e do ensino à distância por causa do confinamento instaurado entre março e abril. Como refere António Salvador, "num estudo recente que fizemos junto de gestores, dois terços dos gestores consideram que o teletrabalho é uma realidade que devem considerar e devem replicar no futuro próximo. A mobilidade é um fator, e penso que o teletrabalho é uma solução que vai alterar também muito a sociedade, porque eu não sei, não consigo antever o que acontecerá com os espaços para escritórios".
Considerou que o teletrabalho veio para ficar, mas explicou que as pessoas continuarão a frequentar os escritórios das empresas, "porque a interatividade é fundamental, não existe criatividade, quando estamos sozinhos, é muito importante a interação e eu acho que ela tem que continuar a existir, naturalmente".
Para António Salvador, "na pandemia o grande vencedor é o digital, o e-commerce, o online", acrescenta que "houve muita gente que experimentou pela primeira vez uma compra online e não há nenhuma forma de comércio que possa ter sucesso sem experimentação, é necessário experimentar para ficar fã ou não". Essas experiências digitais no tempo do confinamento significam que houve um aumento brutal da experimentação. "Em Portugal, a penetração na internet é de 79%, em Espanha é de 92%, mas em 2000 em Portugal era de 23% e a Espanha de 12%, é a minha convicção que o aparecimento de fortes players no digital em Espanha, como por exemplo a Amazon, levaram ao aumento da penetração, pela necessidade de encontrar formas de e-commerce e de digital de penetração mais rápida, e isso acelerou essa penetração. Portanto, acho que sim, que o mundo vai ser completamente diferente ou bastante diferente daquilo que era no pré-covid", concluiu António Salvador.
Em relação à questão dos rendimentos a pandemia também influenciou comportamentos. Segundo António Salvador, diretor-geral da Intercampus, há três tipos identificados. Existe o "revenge spending", é um nicho pequeno que tem como objetivo gastar mais que gastava, do tipo "agora vou gastar tudo o que puder nos tempos mais próximos". Depois há o rethink spending, que é marcado pela incerteza, pela reflexão o que gera comportamentos "mais conformistas, mais cautelosos, mais parcimoniosos".
Depois o "retard spending", em que é a decisão, perante este nível de incerteza, de aforrar para poder passar os tempos difíceis que aí se avizinham. "São três comportamentos distintos, cada qual com uma lógica funcional, e penso que quanto a esse aspeto ainda estamos no início, e que para o ano, a continuar o que temos vindo a assistir, a coisa piorará".
Teletrabalho veio para ficar
Este reforço tecnológico esteve muito relacionado com a expansão do teletrabalho e do ensino à distância por causa do confinamento instaurado entre março e abril. Como refere António Salvador, "num estudo recente que fizemos junto de gestores, dois terços dos gestores consideram que o teletrabalho é uma realidade que devem considerar e devem replicar no futuro próximo. A mobilidade é um fator, e penso que o teletrabalho é uma solução que vai alterar também muito a sociedade, porque eu não sei, não consigo antever o que acontecerá com os espaços para escritórios".
Considerou que o teletrabalho veio para ficar, mas explicou que as pessoas continuarão a frequentar os escritórios das empresas, "porque a interatividade é fundamental, não existe criatividade, quando estamos sozinhos, é muito importante a interação e eu acho que ela tem que continuar a existir, naturalmente".
Para António Salvador, "na pandemia o grande vencedor é o digital, o e-commerce, o online", acrescenta que "houve muita gente que experimentou pela primeira vez uma compra online e não há nenhuma forma de comércio que possa ter sucesso sem experimentação, é necessário experimentar para ficar fã ou não". Essas experiências digitais no tempo do confinamento significam que houve um aumento brutal da experimentação. "Em Portugal, a penetração na internet é de 79%, em Espanha é de 92%, mas em 2000 em Portugal era de 23% e a Espanha de 12%, é a minha convicção que o aparecimento de fortes players no digital em Espanha, como por exemplo a Amazon, levaram ao aumento da penetração, pela necessidade de encontrar formas de e-commerce e de digital de penetração mais rápida, e isso acelerou essa penetração. Portanto, acho que sim, que o mundo vai ser completamente diferente ou bastante diferente daquilo que era no pré-covid", concluiu António Salvador.