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"Tenho clientes desde o início da empresa", disse Manuel Novo, presidente do Grupo Erofio. "A maior preocupação é mais manter o cliente do que ir à procura de novos clientes. Porque não é no primeiro, segundo ou terceiro fornecimento que o cliente nos fica a conhecer, há sempre um historial, uma melhoria contínua, implica visitas aos clientes porque o inquérito de satisfação não é suficiente."
Com 220 trabalhadores distribuídos pela Erofio, que foi constituída em 1990, e pela Erofio Atlântico, que surgiu em 2000, e que têm como atividades a conceção e fabricação de moldes para injeção plástica e fundição injetada. Segundo Manuel Novo, "uma não vive sem a outra pelo menos na minha ótica, porque os moldes são para injetar plástico".
Explica que a criação da Erofio Atlântico surgiu como uma forma de diferenciação e porque tinha necessidade de fornecer um serviço ou um molde ao cliente com mais garantias. Para isso "tinha de fazer um teste de produção durante 24 horas para atingir determinados parâmetros e a estabilidade do molde, e assim estar confiante com o produto que fornecemos ao cliente", refere Manuel Novo. Com a nova empresa passou a fazer pré-series e até a fornecer produções completas.
Trabalham sobretudo para o setor de eletrodomésticos, e, como revela Manuel Novo, foram pioneiros nas fritadeiras sem óleo em 2005. "Especializámo-nos naquela área porque era um nicho de mercado que ninguém queria. Muitos empresários estão sempre prontos a copiar, o que é negativo. Temos de ter ideias, apostar na diferenciação e inovar". Considera a tecnologia está disponível e os utilizadores são mais importantes do que a própria tecnologia porque são eles que a rentabilizam. Ao banco não interessa o equipamento que compro, interessa que ponha o equipamento a produzir e que lhe pague", defende Manuel Novo.
As dificuldades e os desafios
Para este empresário, os últimos quatro anos têm sido marcados por desafios constantes e de adaptação às circunstâncias, que mudam com grande rapidez e geram custos acrescidos. Tiveram a ver com a pandemia, a guerra na Ucrânia, os preços da energia, mas sobretudo com a desregulação das cadeias de abastecimento, que se tornaram mais onerosas e irregulares. Manuel Novo recordou que na pandemia, em que os fornecedores estavam muito dependentes dos asiáticos, "foi uma tragédia porque deixou de haver matéria-prima, e os contentores, que demoravam oito semanas passaram a chegar seis meses depois e com custos elevadíssimos".
Hoje, como sublinha Manuel Novo, "por vezes, depois da confirmação da encomenda tudo isso tem de ser alterado porque falta matéria-prima ou componentes. São situações que temos de gerir rapidamente e, muitas vezes, com alternativas muito dispendiosas". Em alguns modelos de negócio da Erofio, no início do projeto o cliente define as matérias-primas utilizadas e até os fornecedores. "Neste caso, quando os fornecedores que são impostos pelos clientes, não temos como gerir isso e não podemos tomar decisões sem autorização desse cliente", sublinha Manuel Novo.
Por outro lado, a dificuldade em obter a matéria-prima implica que em vez de produzir em série um produto, se tenha de dividir a matéria-prima por cinco ou seis produtos. "Isto significa que o scrap (desperdício) é muito maior porque fazer o arranque e validação do processo tudo isso tem custos". Por isso, conclui Manuel Novo, "tudo isto influencia para que os resultados finais não sejam os que desejaríamos ter. Definimos objetivos, temos mais esforço, e, muitas vezes, não os conseguimos atingir os resultados desejados. Mais trabalho, menos resultados, mas temos de lutar e ser resilientes."
Com 220 trabalhadores distribuídos pela Erofio, que foi constituída em 1990, e pela Erofio Atlântico, que surgiu em 2000, e que têm como atividades a conceção e fabricação de moldes para injeção plástica e fundição injetada. Segundo Manuel Novo, "uma não vive sem a outra pelo menos na minha ótica, porque os moldes são para injetar plástico".
Explica que a criação da Erofio Atlântico surgiu como uma forma de diferenciação e porque tinha necessidade de fornecer um serviço ou um molde ao cliente com mais garantias. Para isso "tinha de fazer um teste de produção durante 24 horas para atingir determinados parâmetros e a estabilidade do molde, e assim estar confiante com o produto que fornecemos ao cliente", refere Manuel Novo. Com a nova empresa passou a fazer pré-series e até a fornecer produções completas.
Trabalham sobretudo para o setor de eletrodomésticos, e, como revela Manuel Novo, foram pioneiros nas fritadeiras sem óleo em 2005. "Especializámo-nos naquela área porque era um nicho de mercado que ninguém queria. Muitos empresários estão sempre prontos a copiar, o que é negativo. Temos de ter ideias, apostar na diferenciação e inovar". Considera a tecnologia está disponível e os utilizadores são mais importantes do que a própria tecnologia porque são eles que a rentabilizam. Ao banco não interessa o equipamento que compro, interessa que ponha o equipamento a produzir e que lhe pague", defende Manuel Novo.
As dificuldades e os desafios
Para este empresário, os últimos quatro anos têm sido marcados por desafios constantes e de adaptação às circunstâncias, que mudam com grande rapidez e geram custos acrescidos. Tiveram a ver com a pandemia, a guerra na Ucrânia, os preços da energia, mas sobretudo com a desregulação das cadeias de abastecimento, que se tornaram mais onerosas e irregulares. Manuel Novo recordou que na pandemia, em que os fornecedores estavam muito dependentes dos asiáticos, "foi uma tragédia porque deixou de haver matéria-prima, e os contentores, que demoravam oito semanas passaram a chegar seis meses depois e com custos elevadíssimos".
Hoje, como sublinha Manuel Novo, "por vezes, depois da confirmação da encomenda tudo isso tem de ser alterado porque falta matéria-prima ou componentes. São situações que temos de gerir rapidamente e, muitas vezes, com alternativas muito dispendiosas". Em alguns modelos de negócio da Erofio, no início do projeto o cliente define as matérias-primas utilizadas e até os fornecedores. "Neste caso, quando os fornecedores que são impostos pelos clientes, não temos como gerir isso e não podemos tomar decisões sem autorização desse cliente", sublinha Manuel Novo.
Por outro lado, a dificuldade em obter a matéria-prima implica que em vez de produzir em série um produto, se tenha de dividir a matéria-prima por cinco ou seis produtos. "Isto significa que o scrap (desperdício) é muito maior porque fazer o arranque e validação do processo tudo isso tem custos". Por isso, conclui Manuel Novo, "tudo isto influencia para que os resultados finais não sejam os que desejaríamos ter. Definimos objetivos, temos mais esforço, e, muitas vezes, não os conseguimos atingir os resultados desejados. Mais trabalho, menos resultados, mas temos de lutar e ser resilientes."