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Manuel Cunha Júnior é presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC) desde outubro de 2019, depois de ter sido durante dois mandatos vice-presidente daquela que é a quarta associação empresarial mais antiga do país, fundada em 1852.
Qual é o retrato económico empresarial de Viana do Castelo e da região que polariza? Quais são os setores mais exportadores e inovadores?
Temos verificado, nos últimos tempos, um crescendo ao nível dos investimentos nos parques empresariais, o que permitirá, certamente, a curto/médio prazo, um desenvolvimento económico e social da região. Entre outros, temos constatado avultados investimentos nos setores automóvel e das energias renováveis, dois dos principais setores exportadores da região.
Não gostaria de destacar nenhum setor em particular, na medida em que, de uma forma geral, tem havido um esforço concertado por parte das empresas, nomeadamente das indústrias transformadoras, em atualizar os seus procedimentos e modalidades de produção e gestão.
Como encara a chegada dos próximos fundos europeus para o desenvolvimento de Viana do Castelo e das suas empresas? As empresas estão a preparar-se para a transformação digital, verde e sustentável?
Relativamente aos fundos de financiamento europeus, estamos convictos de que esta fase final do QCA 2020 e o início do QCA 2021-2027 serão de extrema importância para as empresas, designadamente neste período de recuperação pós-pandemia.
Não obstante o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) se encontrar mais focado nas obras estruturantes e na indústria, consideramos que a qualificação profissional, a transição digital e a transição energética serão também setores prioritários.
É nossa intenção continuar a promover, juntamente com entidades como o IEFP, CCP e AEP, ofertas formativas que permitam continuar a qualificar a mão de obra da nossa região, potenciando o emprego qualificado, o qual responderá aos investimentos aqui efetuados.
A digitalização e a sustentabilidade são prioridades, fruto da atualidade e das circunstâncias em que vivemos. Neste momento, estamos a apostar na formação profissional específica com o objetivo de possibilitar uma transição digital mais rápida e eficaz; a estabelecer parcerias com algumas câmaras municipais; a criar ferramentas digitais de e-commerce, como o Viana Market e o Caminha Market que permitem, de forma simples e gratuita, introduzir o comércio local no mundo global. O futuro das empresas, do comércio e dos serviços, passa indubitavelmente por estes processos.
A sustentabilidade é obrigatória para a qualidade de vida de todos os cidadãos, logo é um fator que nos preocupa e que se relaciona de forma direta com o desenvolvimento empresarial.
Cada vez mais, os governos, nacional e comunitariamente, estão preocupados com a sustentabilidade, o que se reflete nas normas europeias vigentes e nos apoios comunitários a que as empresas podem recorrer que têm regras a este nível e majorações financeiras para quem as cumpra.
O que é que Viana do Castelo tem de atrativo para as empresas? E o que é deveria melhorar para aumentar a atratividade?
Viana do Castelo está a 40 minutos de tudo!!! Estamos na A 28 e ao lado de dois aeroportos, Francisco Sá Carneiro e Vigo. Temos o porto comercial de Viana do Castelo e estamos muito próximos dos de Leixões e de Vigo. Encontramo-nos muito próximos, em distância e tempo, de centros urbanos como o Porto, Braga e Guimarães. Detemos o melhor índice de qualidade de vida da região. Dispomos de infraestruturas completas para os que aqui vivem ou pretendam vir a viver. Temos para oferecer turismo de excelência, gastronomia de qualidade e um parque hoteleiro de proximidade. O mar, o rio e o monte permitem-nos, outrossim, apostar no turismo pulsante assente na vertente dos desportos náuticos.