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"A Essilor aderiu como "naming sponsor" a esta iniciativa por pensarmos que a ótica em Portugal tem de continuar a ter um desempenho técnico e um nível de serviços realmente de excelência", referiu Gonçalo Barral, diretor-geral da Essilor em Portugal.
Este prémio destina-se às óticas e por isso na sua opinião qual foi a capacidade de reação das óticas aos efeitos da pandemia e quais as perspetiva de futuro para este negócio?
As óticas, na sua generalidade, tiveram um comportamento exemplar de reação à pandemia. Cientes da sua importância para a visão dos portugueses, mantiveram os seus serviços, com os custos inerentes a esta atividade e com as receitas drasticamente reduzidas devido ao confinamento dos consumidores. Esta coragem, determinação e sentido de responsabilidade denota uma maturidade e entendimento do seu papel na sociedade. Sabemos que a visão é dos sentidos mais importantes para todos nós e as óticas, nesta fase e mais uma vez, demonstraram estar à altura da sua missão.
Em termos de futuro parece-me que a pandemia veio acelerar uma transformação que já se vinha fazendo no setor, nomeadamente no âmbito da inovação tecnológica, da relação mais digital com o cliente e da gestão da própria ótica. Penso que a evolução de todos estes fatores irá contribuir ainda mais para a confiança que o consumidor deposita nas óticas.
Quais são os objetivos e a importância do Prémio Essilor Excelência da Ótica? O que é pode mudar nas óticas?
A Essilor aderiu como “naming sponsor” a esta iniciativa por pensarmos que a ótica em Portugal tem de continuar a ter um desempenho técnico e um nível de serviços realmente de excelência. Estamos a falar de serviços ligados à saúde visual, o que significa que não pode haver espaço para fraca qualidade sob pena de pormos em risco a Saúde dos portugueses. A competição que se pode gerar para alcançar este prémio também nos parece saudável pois deverá ser um incentivo a nivelar sempre por cima, ou seja, estar sempre num modo de melhoria contínua no serviço para gerar uma melhor experiência no consumidor.
Quais foram os principais impactos desta crise pandémica no que chamaria o cluster da visão, ou seja, na indústria, na distribuição e na saúde (óticos, optometristas, oftalmologistas)?
Numa primeira fase assistimos a um comportamento expectável do afastamento do consumidor de praticamente todas as atividades ligadas à visão. No entanto, gostaria de evidenciar que, apesar do confinamento e de todas as contingências associadas, todas elas estiveram em atividade, ainda que reduzida, para prestar o melhor auxílio à população. As óticas, por exemplo, ao serem incluídas no grupo de empresas consideradas como de “serviços essenciais”, mantiveram-se abertas, na sua maioria, mas com o seu negócio muito reduzido, um estudo da Universidade Católica aponta para quebra de 70% durante este período.
No caso da indústria, mais especificamente no nosso caso, apesar de termos tido durante poucas semanas os turnos mais reduzidos, praticamente nunca parámos a atividade industrial e, assim que nos foi permitido, retomámos de imediato os 3 turnos. Uma palavra de apreço e agradecimento ainda para os oftalmologistas que, apesar de uma exigência enorme da parte dos Serviços de saúde devido à pandemia, mantiveram sempre uma grande disponibilidade para o atendimento dos pacientes com necessidade de consulta oftalmológica.