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Futuro passa por mais lojas físicas e online

“Para nós, a invenção dos óculos foi tão importante como a invenção da própria roda. Sem esta não se perpetuava o conhecimento, não se conseguia registar conhecimento”, afirma André Leal.

03 de Novembro de 2020 às 17:00
A equipa vencedora da André Ópticas
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Melhor Comunicação/Informação de Saúde Visual
Vencedor - André Ópticas


A participação neste concurso da flagship da André Ópticas na avenida da Liberdade em Lisboa, aberta em 2010, "permite-nos avaliar o nosso desempenho individual, enquanto empresa, perceber se a nossa estratégia está a ser a mais correta, relativamente aos nossos planos e aos nossos objetivos iniciais, e avaliar o desempenho face ao resto do mercado", considera André Leal, administrador da André Ópticas.

André Leal tinha três meses quando os pais, Plínio e Ana, compraram a sua primeira loja de ótica a uma familiar em 1981 em Oeiras. Hoje, com sete lojas, André Leal, diz que o "grande desafio que enfrentamos atualmente é a capacidade de nos reinventarmos, considerando que temos os espaços que pretendíamos, as lojas que ambicionámos, os produtos que queremos no nosso portefólio de marcas. Temos uma equipa muito profissional, muito dedicada e motivada, de maneira que consideramos que atualmente o nosso maior desafio é manter o serviço de excelência e a constante atualização e inovação das nossas lojas, serviços e equipas".

Marca única

"Para nós a invenção dos óculos foi tão importante como a invenção da roda. Sem os óculos não se perpetuava o conhecimento, não se conseguia registar conhecimento", afirma André Leal, pelo que estão disponíveis para clientes muito informados, exigentes, e que procuram o último breakthrough dos produtos, óculos, moda, optometria, lentes de contacto ou oftálmicas.

O futuro passa pelo aumento da rede de lojas físicas, lançamento de uma loja online com "algumas ideias bastante disruptivas, nunca utilizadas no mundo da ótica", diz André Leal. Refere ainda o reforço na aposta da marca própria, Family Affair, produzida no ateliê no Chiado. "É um conceito único, no sentido em que permite ao cliente escolher e desenhar a sua própria peça, de acordo com a anatomia facial, a sua personalidade, o seu estilo. Além disso é sustentável, ambientalmente não há excesso de produção. É uma forma de tornar a experiência muito mais pessoal e o objeto final é completamente único e individual".

A família Leal tem ainda uma coleção privada de objetos ligados à ótica com 6 mil peças vintage entre o século XV e XX, com incidência entre os anos 1930 e 1990. Têm peças das melhores marcas do mundo que estas não têm, e ainda um conjunto variado de peças com origem no século XIV, na China antiga, como lentes de pedra de quartzo que os juízes utilizavam para não deixar ver as emoções nos julgamentos. Foi com base nesta coleção que o MUDE (Museu do Design e da Moda), em Lisboa, fez uma exposição com 400 peças em 2014.