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A Indico Capital Partners acaba de lançar um fundo 100% privado destinado a financiar projetos de cariz sustentável ligados à economia do mar. A sociedade de capital de risco portuguesa disponibiliza o Indico Blue Fund, no valor de 50 milhões, vocacionado para financiar start-ups e PME exportadoras portuguesas. Este será o primeiro fundo ativo em Portugal integralmente consagrado à economia do mar.
"Ao desenhar este fundo para a economia azul optámos por não o especializar apenas em start-ups inovadoras ligadas ao mar, orientando-o também para PME exportadoras com negócios no setor dos oceanos", afirma Stephan Morais, CEO da Indico Capital Partners. "O mercado reagiu de imediato, com investidores portugueses e estrangeiros a demonstrarem uma grande confiança no potencial de rentabilidade que a economia do mar em Portugal oferece nos próximos anos", acrescenta o CEO.
O Indico Blue Fund estará não só orientado para a inovação, desenvolvimento tecnológico e exportações, mas também para a sustentabilidade, procurando medir o impacto das empresas nos oceanos e desenvolver soluções que mitiguem os efeitos das alterações climáticas. Para o responsável, "com as alterações climáticas estão a emergir uma série de oportunidades de investimento em tecnologia e inovação que visam resolver problemas ambientais atuais e futuros. E, portanto, como investidores profissionais, vemos que vai haver muito dinheiro e muita vontade política e dos mercados para investir em soluções que mitiguem esses problemas".
O fundo de 50 milhões angariou 36 milhões em quatro meses de subscrição, sendo expectável que atinja o total dos 50 milhões muito rapidamente, afirmou Stephan Morais ao Negócios. Já em termos de rentabilidade, é expectável que o Indico Blue Fund venha a ter uma rentabilidade de cerca de 15% ao ano.
As empresas interessadas em ter acesso ao fundo poderão agora candidatar-se e submeter-se a uma avaliação para eventual financiamento. Stephan Morais acredita no grande potencial de negócio existente: "Eu acho que se nós conseguirmos fazer algo como o que temos feito na área da tecnologia, em que temos investido nos principais unicórnios e empresas do setor, ficaríamos muito contentes por produzir algumas das empresas do âmbito azul de Portugal para o mundo." Já no âmbito das empresas mais tradicionais, existe também a ambição de as ajudar a modernizarem-se, tirando partido de todo o know-how já angariado. "Há imensas sinergias entre as ferramentas que nós usamos para fazer crescer uma start-up e as empresas tradicionais, que normalmente a única coisa que fazem é ir a feiras. Há muitas formas novas de vender e de crescer. Pelo nosso conhecimento e experiência, podemos tentar fazer essa transposição de técnicas de crescimento e de melhoria das start-ups para empresas mais tradicionais", assinala o CEO.
100% fundo privado
4 meses de subscrição
36 milhões de euros angariados
15% de rentabilidade estimada ao ano