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"Portugal é um país envelhecido com a quebra de natalidade, por isso problema é mais de quantidade de talento do que de qualidade, e, na quantidade, Portugal está dependente, da imigração, pelo menos nos próximos dez anos", afirmou Paulo Macedo, presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos.
No último relatório do World Economic Forum, nos seis itens sobre as principais barreiras aos negócios, dois eram o excesso de regulação, e escassez de capital, "que é escasso por natureza", e " três diziam respeito ao talento". O outro era os skills gaps, "sobre os diferenciais entre as competências necessárias e as competências que são oferecidas", afirmou Paulo Macedo.
Na sua opinião, os skills gaps aplicam-se às lideranças e não apenas à base da estrutura das organizações. "Em Portugal, 98% das empresas são PME, há algumas que são excelentes e bem geridas mas há um número muito grande de pessoas que fazem mais por persistência, determinação, herança, hábitos, do que com muitos aspetos que incorporem informação e métodos mais sofisticados. Mas isto não se aplica apenas às PME, acho que às grandes empresas também se aplica", considerou Paulo Macedo.
Considerou que a atração e retenção de talento em Portugal se confrontam com fatores como a baixa taxa de natalidade, que limita a quantidade, a emigração de parte dos qualificados e a forte concorrência global por talento qualificado em Portugal, "que quase não existia mas que escalou nos últimos anos, porque o talento é grande e barato em termos europeus, cujo principal exemplo são os chamados centros de competência".
A disrupção da IA
Nas competências mais valorizadas nas pessoas, Paulo Macedo referiu que se procuram "pessoas estruturadas, que conseguem resolver problemas complexos, que tenham agilidade, com capacidade de aprendizagem constante, criatividade e resiliência e com a componente tecnológica sobretudo por causa da Inteligência Artificial (IA)".
Realçou que a Inteligência Artificial veio reposicionar as competências e o talento. A sua disrupção vai fazer desaparecer profissões e fazer emergir outras como uma maior criação de empregos verdes que são essenciais para permitir uma transição ambiental, ou os empregos sociais nos setores da educação, da saúde e da prestação de cuidados. "As pessoas não devem ter medo da IA mas de pessoas que percebam mais de IA do que elas", citou Paulo Macedo.
O presidente executivo da CGD fez referência ao artigo da HBR, "You Can’t Fix Culture". Este refere que não se consegue mudar uma cultura organizacional porque é uma questão de gerações e defende que se deve focar no que é o negócio, no que se quer deixar de fazer na organização porque é negativo, no que é preciso começar e depois a cultura vai atrás.
Nesta sua curta lição de gestão, Paulo Moita de Macedo, mostrou um slide que resumia o que acontece em quase todas as culturas organizacionais. "O barco é o mesmo mas 31% remam para a frente, estão comprometidos, 55% trabalham mas não estão comprometidos e 14% são contraproducentes, porque estão ativamente descomprometidos e até remam para trás, destroem valor. A parte do meio depende do que a liderança faz, porque é deste meio que depende o seu sucesso", concluiu Paulo Macedo.
"Com a moderação da inflação as famílias europeias já estão a ter algum ganho de poder de compra e mantêm níveis relativamente baixos de endividamento e os custos de financiamento não estão em níveis que façam disparar os alarmes", salientou Rui Martins, diretor de Estratégia da Caixa Gestão de Ativos, na sua análise das tendências macroeconómicas para 2024. Na atividade das empresas na zona europeia, estas estão a "reportar algum aumento da sua atividade suportada no setor dos serviços, mas com a indústria está mais débil com a sua produção a diminuir".
No último relatório do World Economic Forum, nos seis itens sobre as principais barreiras aos negócios, dois eram o excesso de regulação, e escassez de capital, "que é escasso por natureza", e " três diziam respeito ao talento". O outro era os skills gaps, "sobre os diferenciais entre as competências necessárias e as competências que são oferecidas", afirmou Paulo Macedo.
Na sua opinião, os skills gaps aplicam-se às lideranças e não apenas à base da estrutura das organizações. "Em Portugal, 98% das empresas são PME, há algumas que são excelentes e bem geridas mas há um número muito grande de pessoas que fazem mais por persistência, determinação, herança, hábitos, do que com muitos aspetos que incorporem informação e métodos mais sofisticados. Mas isto não se aplica apenas às PME, acho que às grandes empresas também se aplica", considerou Paulo Macedo.
Considerou que a atração e retenção de talento em Portugal se confrontam com fatores como a baixa taxa de natalidade, que limita a quantidade, a emigração de parte dos qualificados e a forte concorrência global por talento qualificado em Portugal, "que quase não existia mas que escalou nos últimos anos, porque o talento é grande e barato em termos europeus, cujo principal exemplo são os chamados centros de competência".
A disrupção da IA
Nas competências mais valorizadas nas pessoas, Paulo Macedo referiu que se procuram "pessoas estruturadas, que conseguem resolver problemas complexos, que tenham agilidade, com capacidade de aprendizagem constante, criatividade e resiliência e com a componente tecnológica sobretudo por causa da Inteligência Artificial (IA)".
Realçou que a Inteligência Artificial veio reposicionar as competências e o talento. A sua disrupção vai fazer desaparecer profissões e fazer emergir outras como uma maior criação de empregos verdes que são essenciais para permitir uma transição ambiental, ou os empregos sociais nos setores da educação, da saúde e da prestação de cuidados. "As pessoas não devem ter medo da IA mas de pessoas que percebam mais de IA do que elas", citou Paulo Macedo.
O presidente executivo da CGD fez referência ao artigo da HBR, "You Can’t Fix Culture". Este refere que não se consegue mudar uma cultura organizacional porque é uma questão de gerações e defende que se deve focar no que é o negócio, no que se quer deixar de fazer na organização porque é negativo, no que é preciso começar e depois a cultura vai atrás.
Nesta sua curta lição de gestão, Paulo Moita de Macedo, mostrou um slide que resumia o que acontece em quase todas as culturas organizacionais. "O barco é o mesmo mas 31% remam para a frente, estão comprometidos, 55% trabalham mas não estão comprometidos e 14% são contraproducentes, porque estão ativamente descomprometidos e até remam para trás, destroem valor. A parte do meio depende do que a liderança faz, porque é deste meio que depende o seu sucesso", concluiu Paulo Macedo.
"Com a moderação da inflação as famílias europeias já estão a ter algum ganho de poder de compra e mantêm níveis relativamente baixos de endividamento e os custos de financiamento não estão em níveis que façam disparar os alarmes", salientou Rui Martins, diretor de Estratégia da Caixa Gestão de Ativos, na sua análise das tendências macroeconómicas para 2024. Na atividade das empresas na zona europeia, estas estão a "reportar algum aumento da sua atividade suportada no setor dos serviços, mas com a indústria está mais débil com a sua produção a diminuir".