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"Nos últimos dez anos, as exportações do distrito de Leiria subiram cerca de 96%, enquanto no País aumentaram 46%, o que faz desta uma região especial" salienta Nuno Órfão, partner da Streaming Consulting. O especialista em fundos comunitários sublinha "a apetência das empresas e dos grupos económicos da região para a exportação", associada "ao dinamismo e tenacidade dos empresários, que souberam, ao longo desta década, ultrapassar a crise".
Moldes e plásticos são os setores "mais internacionalizados na região de Leiria, cujas empresas exportam praticamente toda a sua produção e cuja abordagem aos mercados é diferente de quem está a fazê-lo pela primeira vez", explica o consultor. Para os estreantes, diz, "o governo tem um conjunto de mecanismos para os apoiar, facilitando e ajudando no modo como devem entrar nos mercados".
Nuno Órfão foi um dos oradores do workshop Negócio Internacional e Fundos Comunitários, realizado na Box Santander Advance Empresas, em Leiria, onde Pedro Correia, do Banco Santander Totta, apontou "a permanência, a estratégia e a reorganização das empresas e das suas equipas como fatores preponderantes para trabalhar no mercado internacional".
Por outro lado, adiantou, "internacionalização não pode ser um processo rápido, pois o tempo ajuda a solidificar o processo e a corrigir eventuais erros".
Marcos Ramos, por seu lado, reconhece que, em Portugal "o pensamento estratégico fica ainda aquém do desejável", fazendo referência ao Portugal 2020, "cujos fundos são, muitas vezes, um fim em si e não uma ferramenta estratégica".
Já Jorge Monteiro, da ACEGE, deixa uma nota de valorização dos recursos humanos. "Na lógica de internacionalização, que não se esqueçam as pessoas que fazem parte das empresas.".