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“Somos o 12º país mais competitivo do mundo em termos de turismo. Do ponto de vista de atividade económica Portugal está em 34º, mas é o primeiro no mundo em termos de infraestrutura turística (hotelaria, museus, piscinas, apoios de praia, etc.), segundo um ranking feito pelo World Economic Forum”, referiu Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal.
Na sua opinião é o exemplo de que a construção da marca Portugal não é feita apenas de campanhas, mas passa pela estruturação de produto e da oferta. Segundo Luís Araújo o ponto de partida foi uma estratégia nacional definida em 2017, e que “tem um propósito muito forte que é receber bem e respeitar as diferenças. Tem sido sempre a base do que fazemos em termos de campanha e de promoção mas também ao nível de desenvolvimento de oferta”.
O presidente do Turismo de Portugal referiu um estudo sobre o valor da marca Portugal feita de cinco em cinco anos. O último, em 2019, revela uma grande progressão da marca Portugal nos dez principais mercados como Inglaterra, Espanha, França, Alemanha, Estados Unidos, Brasil. “Hoje somos uma marca considerada. Em algumas situações é menos conhecida, o que é positivo, porque querem conhecer e ajuda à promoção do território como um todo”, sublinha Luís Araújo.
Pessoas e gastronomia
Revelou ainda que os atributos reconhecidos neste Brand Asset Valuator (BAV) têm “muito a ver com a nossa personalidade, com os nossos soft skills e que são sermos autênticos, solidários, simpáticos. Não há ninguém que venha a Portugal que não fique agradado com as pessoas e com a gastronomia, que são dois dos fatores que mais superam as expectativas, o que nos dá uma relativa vantagem competitiva em relação a outros destinos”.
A grande visibilidade de Portugal enquanto destino turístico nos últimos anos também tem, em parte, por base a estratégia digital. “Hoje praticamente todas as nossas campanhas são digitais. Chegamos a 170 milhões de pessoas em mais de 130 países, dados de 2019, com campanhas que mudam em duas semanas, porque através do digital o podemos fazer”, refere Luís Araújo. Acrescenta que “há uma componente muito importante de promoção e de aposta no digital e da tecnologia por parte das empresas, o que nos dá ganhos muito maiores do que em outros países porque existe uma grande coordenação entre todos”.
Para Luís Araújo o turismo é constituído por uma miríade de pequenas e microempresas, distribuídas pelo território, o que torna a operação turística muito grande. Além disso, foi um dos setores que mais rapidamente adotou as novas plataformas digitais de comunicação e de ligação com os consumidores.