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"O ensino superior já é um dos principais fatores de progresso da região de Lisboa, seja por efeito direto enquanto universo empregador, consumidor e mobilizador de recursos, seja em consequência do valor que potencia no ensino, inovação e competências especializadas que introduz no mercado de trabalho", salientou Teresa Almeida, presidente da CCDR de Lisboa e Vale do Tejo, no encerramento da conferência "O Papel do Ensino Superior no Desenvolvimento das Regiões", que se realizou na reitoria da Universidade Nova de Lisboa a 27 de fevereiro.
No que respeita à região de Lisboa e Vale do Tejo, em particular a Área Metropolitana de Lisboa, há espaço para que o ensino superior se constitua como um fator ainda mais importante no desenvolvimento. Teresa Almeida referiu que a CCDRLVT está a fazer a revisão dos instrumentos estratégicos regionais para o próximo quadro comunitário 2021-2027, a Estratégia de Inovação para Especialização Inteligente (RIS3) para a região de Lisboa. Nesta foi incluída a educação superior como um dos setores prioritários de desenvolvimento prioritário para a Área Metropolitana de Lisboa na próxima década, de que é "team leader", Daniel Traça, diretor da Nova SBE.
Esta distinção é o reflexo do efeito esperado e pretendido para o setor, os níveis potenciais de mobilidade internacional de alunos, de investigadores e professores no contexto europeu e mundial que Lisboa deve captar. O desenvolvimento que o ensino superior pode gerar na região de Lisboa resultará numa economia mais inovadora e produtiva na região, das empresas e das instituições que suportam, no emprego qualificado, nas exportações diretas e indiretas, concluiu Teresa Almeida.
O novo contexto para as universidades
"O contexto exigente, desafiador e competitivo em que as universidades estão hoje, que é marcado pela globalização e pela mudança constante, mais acentuado ainda com a transformação digital da sociedade, é extraordinário", referiu João Sàágua, reitor da Universidade Nova de Lisboa.
No século XXI a complexidade é o principal desafio, o que requer abordagens interdisciplinares. No ensino de excelência, o digital é parte integrante, a aposta nas "soft skills" é cada vez maior, tal como é imperativa uma investigação cada vez mais colaborativa e interdisciplinar. No século XXI as universidades têm de se assumir como parceiros sociais e económicos no desenvolvimento e resolução das grandes questões sociais e económicas, sublinhou João Sàágua.
Destacou ainda as novas agendas, em que a Universidade Nova está empenhada e alinhada, como a Agenda Europeia para o Conhecimento e para a Inovação e com a Agenda 2030 das Nações Unidas (ONU) para o Desenvolvimento Sustentável. O reitor da Nova sublinhou ainda a geração de novos conhecimentos como resposta às mudanças globais, desde o populismo às "fake news", passando pelas cidades neutrais em carbono. Grande parte destes objetivos está vertida no Plano Estratégico 2020-2030, que é o documento de ação que define a missão da Universidade Nova de Lisboa (NOVA). "No campo da inovação, as universidades são naturalmente as instituições parceiras das empresas", enfatizou João Sàágua.