Dona Antónia Adelaide Ferreira construiu um império vinhateiro no século XIX.

O prémio Dona Antónia Adelaide Ferreira vai abrir-se ainda mais à sociedade com a categoria "Revelação". O galardão, que será entregue em Vila Nova de Gaia esta quarta-feira, dia 16 de Julho, é promovido pela Sogrape Vinhos e pelos herdeiros de Dona Antónia e este ano conta com algumas alterações. Será agora entregue também a uma "personalidade feminina de naturalidade portuguesa, cuja fase inicial de carreira tenha já atingido um elevado potencial, que se identifique com o interesse nacional" ou que se tenha destacado num projecto semelhante aos que a "Ferreirinha" patrocinava.

Na categoria "Revelação", qualquer entidade pode enviar uma proposta de candidatura, desde que inclua o "curriculum vitae" de cada candidata e documentação a dar conta das razões que a fazem merecer o prémio. O prazo para a entrega destes documentos decorre até final de Janeiro do ano seguinte.

Como habitualmente, o galardão "Dona Antónia Adelaide Ferreira Consagração de Carreira" continuará a ser atribuído a uma personalidade que tenha demonstrado "no seu percurso de vida uma excepcional adesão a algumas das características pessoais" da Ferreirinha.

Os dois prémios serão atribuídos por um júri, com um máximo de sete elementos: um presidente (Artur Santos Silva) designado pela Sogrape Vinhos, dois descendentes de Dona Antónia, um representante da Sogrape Vinhos e do "media partner" (Negócios), a vencedora da última edição e dois convidados (em 2014, Luís Valente de Oliveira e Rui Guimarães).
Os galardões são, diz o regulamento, "em princípio indivisíveis". Mas a titulo excepcional o prémio "Revelação" pode acabar por ser partilhado. A vencedora do "Prémio Dona Antónia Adelaide Ferreira Consagração de Carreira" será recompensada com um diploma e uma obra de arte no valor de cinco mil euros.

As galardoadas na categoria "Revelação" terão também direito a um diploma e a uma dotação pecuniária de cinco mil euros. Além disso, será atribuído um donativo anual para um projecto que se identifique ou seja indicado pela premiada. "O montante será fixado e anunciado anualmente, por cada garrafa vendida da gama 'Reserva Dona Antónia de Porto Ferreira', nos meses de Verão do ano de atribuição do prémio", detalha o regulamento.

A escolha das duas vencedoras terá sempre em conta o "espírito empreendedor, as qualidades de organização e gestão, o sentido de serviço público e a sensibilidade social e filantrópica que as caracterizam, reconhecendo, nomeadamente, personalidades pertencentes ao mundo empresarial, universitário, literário, artístico e científico e aos meios de comunicação social. Dever-se-á ainda dar atenção à contribuição para a projecção do País, em geral, e, quando possível, do Douro e do Vinho do Porto, em particular", conclui o novo regulamento.