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Cadeias hoteleiras internacionais procuram hotéis

Fundos de investimento e cadeias hoteleiras internacionais, principalmente espanholas, querem adquirir activos turísticos no Algarve.

22 de Junho de 2018 às 12:39
Luís Carmo Costa, CEO da Neoturis, tem projectos no Algarve desde 2000 Filipe Farinha
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Neoturis é uma empresa de consultoria em turismo e hotelaria, e trabalha tanto para o sector público como privado. O core business está nos estudos de mercado, definições de conceitos e estudos de viabilidade. Desde há 15 anos, como 30% do capital é da CBRE, "estamos em transacções, projectos de investimento no sector imobiliário, turismo e da hotelaria", disse Luís Carmo Costa, CEO da Neoturis. "Neste momento estamos com quatro projectos no Algarve, o que acontece, desde 2000, quando nasceu a Neoturis".

Nos últimos tem-se assistido a um maior interesse de investidores estrangeiros pelo Algarve. "Em 2011 o investimento estrangeiro parava nos Pirinéus, e depois desceu por Barcelona, Madrid e Lisboa. Quando os desempenhos do Algarve começaram a ser significativos, surgiu interesse pelos hotéis e empreendimentos com componentes turísticas.", referiu Luís Carmo Costa.

Os investidores manifestam interesse por alguns projectos de requalificação, só que esses "projectos ou estiveram na gaveta ou a marinar em alguns bancos e são projectos que têm dez anos. Falamos de projectos turísticos-imobiliários, em que as tipologias que estavam definidas não são as que os clientes hoje querem. Uma das coisas que mais se quer actualmente são apartamentos e menos vivendas individuais", explicou.

Os ciclos de investimento

Luís Carmo Costa tem estado de alguma forma ligado ao projecto de Vilamoura, desde os tempos de André Jordan até à mediação com a CBRE da venda recente à Lone Star. O facto de um fundo desta dimensão ter entrado no Algarve, despoletou o interesse de outros fundos que olham para projectos de hotéis, com campo de golfe, por exemplo, e imobiliário. Mas há cadeias hoteleiras internacionais, como as espanholas, interessadas em activos no Algarve e não o conseguem porque não há, são caros ou os projectos para requalificação são longos.

"Estamos num ciclo positivo, achamos que pode durar mais alguns anos, mas há sempre riscos, tal como aconteceu em 2008, não se estava à espera, mas sucedeu. Mas já passámos para um outro patamar. Mas temos de viver mais depressa", referiu Luís Carmo Costa. Os investidores internacionais têm outra agilidade, uma visão mundial dos investimentos e se não der em Portugal vão para outro sítio.