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Notícia

Bolsa portuguesa tende para o zerosizing

“Os mercados financeiros em Portugal têm uma tendência de downsizing permanente, esperemos que não chegue ao zerosizing, mas “a nossa bolsa tem uma tendência para chegar ao zerosizing”, referiu José Azevedo Rodrigues, Vice-Reitor, ISCTE e Administrador não executivo da CGD, na conferência O Futuro dos Mercados Financeiros, uma iniciativa do Jornal de Negócios e o Banco Carregosa, que está ser transmitida no site do jornal de Negócios.

Filipe Fernandes ffernandes@mediafin.pt 05 de Novembro de 2020 às 11:34
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"Não podemos fechar nem confinar porque seria o fim da nossa economia e das nossas finanças, a saúde está em primeiro lugar mas temos de sustentar a nossa economia para que haja equilíbrio social", considerou José Azevedo Rodrigues.

 

"Vivemos numa acumulação de liquidez perfeitamente extraordinária, os bancos americanos acumularam mais durante a pandemia do que durante a última década. Tal como os bancos portugueses e por exemplo a CGD não para de acumular liquidez todos os dias, o que no mercado financeiro é como colocar as notas em casa empilhadas à espera da traça. Na prática dinheiro parado não serve para nada", disse José Azevedo Rodrigues.

 

Excesso de liquidez cria problemas para a sobrevivência do próprio sistema financeiro porque a liquidez em excesso gera custos por causa das taxas de juro negativas, por falta de procura no mercado, o que tem impacto na rentabilidade e na oferta de taxas de juros muito baixas e gera uma competitividade pelo baixo preço.

 

José Azevedo Rodrigues sublinhou que a sua grande preocupação é 2021 quando as moratórias terminarem de vigência e com a probabilidade de as empresas e os particulares não conseguirem solver os seus compromissos, para mais o recurso às linhas Covid-19 criou um sobreendividamento.