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"Não podemos fechar nem confinar porque seria o fim da nossa economia e das nossas finanças, a saúde está em primeiro lugar mas temos de sustentar a nossa economia para que haja equilíbrio social", considerou José Azevedo Rodrigues.
"Vivemos numa acumulação de liquidez perfeitamente extraordinária, os bancos americanos acumularam mais durante a pandemia do que durante a última década. Tal como os bancos portugueses e por exemplo a CGD não para de acumular liquidez todos os dias, o que no mercado financeiro é como colocar as notas em casa empilhadas à espera da traça. Na prática dinheiro parado não serve para nada", disse José Azevedo Rodrigues.
Excesso de liquidez cria problemas para a sobrevivência do próprio sistema financeiro porque a liquidez em excesso gera custos por causa das taxas de juro negativas, por falta de procura no mercado, o que tem impacto na rentabilidade e na oferta de taxas de juros muito baixas e gera uma competitividade pelo baixo preço.
José Azevedo Rodrigues sublinhou que a sua grande preocupação é 2021 quando as moratórias terminarem de vigência e com a probabilidade de as empresas e os particulares não conseguirem solver os seus compromissos, para mais o recurso às linhas Covid-19 criou um sobreendividamento.