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As empresas exportadoras têm mais apoio bancário

"Para as boas empresas, há sempre oferta bancária" referiu José Luis Vega, director da banca de empresas do Bankinter Portugal. Nuno Abrantes sublinhou que a Jerónimo Martins tem um protocolo com a CAP para pagar facturas em 10 dias a empresas agrícolas.

30 de Novembro de 2017 às 15:21
Pedro Elias
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"Para as boas empresas, com balanços robustos e negócios internacionais, há sempre uma oferta bancária, pois os bancos estão dispostos a atender os bons projectos empresariais" referiu José Luis Vega. Realçou que "as empresas exportadoras estão em melhores condições para aceder aos financiamentos porque reforçaram os seus balanços".

António Simões da Sovena referiu que "não têm razões de queixa da banca". Explicou que nos países em que estão instalados procuram trabalhar com os bancos locais, como acontece em Espanha e nos Estados Unidos. Criticou a visão patrimonialista do risco e a pouca atenção dada ao cash flow, por parte dos bancos. Exemplificou que foi mais fácil financiar as aquisições dos terrenos dos olivais do que aceder aos financiamentos para a operação de plantação.

Jerónimo Martins ajuda PME

João Miranda realçou que o forte investimento feito pela Frulact "foi suportado com o apoio da banca, sobretudo da banca que está em Portugal", mas não deixou de destacar que "não é esta a situação que se vive em muitas PME em Portugal".

Nuno Abrantes destacou a solidez do balanço e a geração de cash flow, que permite à Jerónimo Martins fazer investimentos com capitais próprios e aceder à banca internacional. Mas assinalou que, durante a crise financeira, muitos dos seus fornecedores agrícolas tiveram sérias dificuldades de acesso a financiamento, o que colocava em causa a sua sobrevivência. Para suster este fenómeno e garantir fornecimentos, a Jerónimo Martins fez um protocolo com a CAP para pagar facturas em dez dias. "Os protocolos continuam em vigor", referiu Nuno Abrantes.