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As cinco tendências tecnológicas para 2024-27

O tema da Technology Vision deste ano é “Em busca da liderança: o momento da verdade para os masters da mudança”, e o momento da verdade é agora. Muitas das organizações avaliam a sua organização IT, o seu modelo de negócio, e percebem as dificuldades provocadas por esta pandemia, enquanto outras organizações foram capazes de surfar a onda, porque estavam preparados, fizeram a transição digital mais cedo e foram capazes de ser ágeis, criativos e criar um futuro para os seus empregados e para os seus clientes.

11 de Junho de 2021 às 11:20
Reuters
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O Technology Vision existe há 20 anos e a edição de 2021 é o vigésimo primeiro relatório que procura identificar as trends tecnológicas que poderão impactar os negócios e organização dos nossos clientes nos próximos três a cinco anos. “Este ano é muito especial, por causa da pandemia, normalmente a nossa visão tecnológica é um bocado futurista. Em 2021 quisemos ter os pés assentes no chão e pensar que somos o nosso cliente na vida depois da pandemia. Quando contactei os clientes, por todo o mundo, através do teams, do zoom, houve duas palavras que que se salientaram, a primeira é resiliência e a outra inovação”, considerou Marc Carrel-Billiard, Global Senior Managing Director – Accenture Labs.

A resiliência passa por manter o foco no negócio, a entregar produtos e serviços, a ajudar os clientes e apoiar os empregados. A inovação é como continuar a inovar, porque a expectativa das pessoas vai ser completamente diferente. Segundo Marc Carrel-Billiard, “no pós-pandemia vamos ser ‘conduzidos’ por quatro realidades. Uma nova maneira de se trabalhar, as novas expectativas dos clientes, o papel principal que as tecnologias vão desempenhar na reinvenção futura e como é que se vai conseguir partilhar mais para criar um mundo melhor, mais responsável”.

O tema da Technology Vision deste ano é “Em busca da liderança: o momento da verdade para os masters da mudança”, e o momento da verdade é agora. Muitas das organizações avaliam a sua organização IT, o seu modelo de negócio, e percebem as dificuldades provocadas por esta pandemia, enquanto outras organizações foram capazes de surfar a onda, porque estavam preparados, fizeram a transição digital mais cedo e foram capazes de ser ágeis, criativos e criar um futuro para os seus empregados e para os seus clientes.

Marc Carrel-Billiard cita um estudo da Accenture, entre os seus clientes e anterior à pandemia, em que se verificou que “existe um pequeno gap entre os nossos clientes que são líderes na ‘condução’ da inovação através das suas transformações digitais e aqueles que levaram o seu tempo para ‘abraçar’ esta transformação. Este pequeno gap mostra que antes da pandemia, os líderes, 10% daqueles que são nossos clientes, foram capazes de aumentar as suas receitas e os seus lucros por um fator de 2 ou 3 vezes, mas durante a pandemia, esse número passou para 5 vezes, este é um fator muito importante”.

Technology Vision em tendências

Entre as cinco tendências detetadas este ano pelo Technology Vision 2021 conta-se a “Stack Strategically”, que tem a ver como criar a melhor arquitetura tecnológica e ambiente tecnológico, para ser mais ágil, mais flexível e impulsionar a inovação. “Isto é tudo sobre o ‘cloud migration’, ser mais resiliente, conseguir lidar com mais pedidos dos clientes. Nos Estados Unidos só durante a pandemia, o número de clientes online passou de 40% para 80%, é um número gigantesco para gerir e não acredito que voltaremos para os 40%”, diz Marc Carrel-Billiard.

A segunda é “Mirrored world” que tem a ver com representações ou simulações de entidades ou sistemas do mundo real, e que estão a crescer em muitos setores, impulsionando o nascimento do mundo replicado. Marc Carrel-Billiard deu o exemplo do sete laboratórios da Accenture onde os seus clientes podem fazer imersões nas tecnologias de ponta como a inteligência artificial, a realidade virtual e aumentada.

A terceira tendência, “I, technologist”, tem como consequência a transformação dos colaboradores, que devem ser tech-savy. “A Accenture implementou um programa que se chama ‘Consciência Tecnológica’ e é onde ensinamos a todas as nossas pessoas, 400 mil empregados no mundo todo, o que é que a tecnologia pode fazer para as ajudar a ultrapassar a pandemia e fazer mais nos pós-pandemia”.

O quarto é “Anywhere, everywhere”, é mais do que mobilidade do equipamento, é sobre criar o ambiente, o que pode mudar drasticamente, outra vez, a maneira como nós vivemos e trabalhamos. A última tendência é “From me to We”, isto é, sobre as capacidades de colaborar, de trabalhar em conjunto e lutar contra a pandemia. Marc Carrel-Billiard deu o exemplo da vacina e a forma como se partilhou informação, “e mesmo quando precisava de ser protegida com algum IP ou alguma capacidade de encriptação existe uma maneira de ser partilhada e podermos eventualmente usar esta informação, num algoritmo para criar uma nova tecnologia ou um novo serviço ou um novo medicamento”.

Referiu ainda que se trata da transparência da cadeia logística e de um novo mundo que vai ser mais responsável, como base em tecnologias como o MPS- Multi Party System, PPC –Privacy Perserving Computing. “São as tecnologias que temos vindo a testar nos nossos laboratórios e isto é emprestado de ‘distributed ledger technology’ e acreditamos que esta tecnologia, blockchain, vai ser chave para reinventar o futuro no pós-pandemia”, concluiu Marc Carrel-Billiard.