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André Ópticas: o glamour da saúde visual

A moda, a tecnologia, os serviços e a história juntam-se na oferta da rede de óticas que venceu o Prémio Essilor Excelência da Ótica para a Melhor Comunicação/Informação de Saúde Visual.

05 de Novembro de 2020 às 15:00
A André Ópticas nasceu em 1981. Hoje tem uma rede de sete lojas. DR
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Prémio Essilor Excelência da Ótica
Melhor Comunicação/Informação de Saúde Visual
Vencedor: André Ópticas
Data de fundação: 1981
N.º de lojas: 7

Em 1981, Plínio, 22 anos, e Ana, 20, "jovens aprendizes de ótica", ficaram com uma pequena loja em Oeiras onde trabalhavam. A dona, irmã de Plínio, queria desprender-se do negócio, que não estava a correr bem. André, filho do casal, na altura com três meses, foi a inspiração para o nome da loja.

Em dez anos mudaram o negócio e o perfil da loja, apostaram no design, na funcionalidade, na qualidade, nas marcas, viajaram e alargaram horizontes. Em 1987, a veia criativa levou-os a Munique, cidade onde receberam um prémio por uma montra com óculos da Christian Dior. Em 1998, inauguraram duas novas lojas no Oeiras Parque. Passaram a oferecer moda, serviços, como a optometria, contactologia, campimetria, ortóptica, tonometria, topografia e tecnologias, como em lentes oftálmicas, que se tornou um porta-estandarte da empresa em que a formação é uma constante.

Em 2006, a Óptica do Chiado, em plena rua Garrett, que foi fundada em 1888 como Óptica Ramos, tendo passado a Óptica do Chiado em 1965, passou a fazer parte do portefólio da rede André Ópticas. No ano seguinte, tem início a colaboração com os teatros de São Carlos, São Luís, Politeama, independentes, produtoras de cinema, televisão, moda, estilistas. Pouco depois torna-se uma das primeiras óticas do mundo a ter um stock e artigos vintage e a fazer a recuperação de óculos de coleção. Em 2010 foi inaugurada a flagship da André Ópticas, que fica situada na avenida da Liberdade n.º 136, e é um espaço amplo e clean que termina num jardim. Com 600 m2 oferece estacionamento privado, e os serviços, desde os clínicos ao fabrico de óculos por medida.

Coleção e marca própria

Em 2017, abriu uma nova loja no Cascaishopping e, no ano seguinte, a terceira loja em Lisboa e a segunda loja no Chiado, mas com características diferentes, sendo uma mistura entre museu e ateliê, inspirada nos antigos cabinet de curiosités, em que junta peças antigas com elementos desenhados em exclusivo para este espaço.

No piso de baixo, é possível criar peças únicas e personalizadas ao gosto do cliente, "o cliente pode assistir à produção manual dos seus óculos", explica André Leal, administrador da André Ópticas, que conta com mais de seis dezenas de colaboradores. A loja junta peças vintage e tailormade, e que expõe as dezenas de óculos raros que a família tem vindo a colecionar nas últimas décadas.

O nosso conceito é único no sentido que permite ao cliente escolher e desenhar a sua própria peça. André Leal
Administrador da André Ópticas 
O futuro passa pelo aumento da rede de lojas físicas, lançamento de uma loja online com "algumas ideias bastante disruptivas, nunca utilizadas no mundo da ótica", diz André Leal. Refere ainda o reforço na aposta da marca própria, Family Affair, produzida no ateliê no Chiado. "É um conceito único, no sentido em que permite ao cliente escolher e desenhar a sua própria peça, de acordo com a anatomia facial, a sua personalidade, o seu estilo. Além disso é sustentável, ambientalmente não há excesso de produção. É uma forma de tornar a experiência muito mais pessoal e o objeto final é completamente único e individual", afirma André Leal.

A família Leal tem ainda uma coleção privada de objetos ligados à ótica com 6 mil peças vintage entre o século XV e XX, com incidência entre os anos 1930 e 1990. Têm peças das melhores marcas do mundo, que estas não têm, e ainda um conjunto variado de peças com origem no século XIV, na China antiga, como lentes de pedra de quartzo que os juízes utilizavam para não deixar ver as emoções nos julgamentos. Foi com base nesta coleção que o MUDE (Museu do Design e da Moda), em Lisboa, fez uma exposição com 400 peças em 2014.