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Adélia Carvalho e a paixão pela hotelaria

“O que me inspira é fazer as coisas bem feitas, ter hotéis bonitos. Tudo o que é bonito, bom e de qualidade costuma inspirar-me. Quando é feito com felicidade e alegria, motiva-me diariamente a trabalhar com muito prazer”, reconhece a Chief Operating Officer do Grupo Valverde Living.

21 de Outubro de 2024 às 09:15
Adélia Carvalho, Chief Operating Officer do Grupo Valverde Living.
Frederico Baptista
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O Negócios lança uma nova série de entrevistas intitulada "Conversas de Inspiração", inseridas no Prémio Portugal Inspirador, na qual conversamos com diferentes líderes empresariais para compreender o perfil daqueles que estão a moldar o futuro das empresas nacionais. Estas entrevistas visam explorar as trajetórias, visões e estratégias de liderança que têm servido de fonte de inspiração no mundo corporativo português.





Na primeira edição, contamos com a participação de Adélia Carvalho, Chief Operating Officer (COO) do Grupo Valverde Living, que nos revela o que a move e inspira. Estes são alguns dos líderes que estão a transformar o panorama empresarial em Portugal.

Adélia Carvalho, 54 anos, é natural de Lisboa fez o curso de rececionista na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa e, aos 19 anos, estagiou e, depois trabalhou durante três anos, num hotel cinco estrelas em Lisboa, o Meridién, hoje Intercontinental Lisboa. "Foi uma experiência fantástica que me fez estar até hoje em hotelaria. Foi uma boa descoberta, tive sorte e algum mérito também na minha carreira. Continuo a ter a mesma paixão todos os dias quando entro no hotel", refere Adélia Carvalho.

Acrescenta que teve sorte em trabalhar sempre em unidades hoteleiras muito atraentes, "com muito detalhe no serviço, porque a mim o detalhe encanta-me, a organização, o trabalho em grupo, o ser pioneiro de alguma coisa, o fazer algo de raiz, apresentar o novo resultante de um trabalho feito em equipa. Tudo isto, inspira-me".

Três anos depois integrou a equipa que abriu o Penha Longa Hotel & Golf Resort, onde esteve durante onze anos e chegou a diretora de vendas e marketing, após ter passado por diversas áreas. Em 2005 foi desafiada a abrir boutique hotel de cinco estrelas, que foi o Bairro Alto Hotel em Lisboa, membro do Leading Hotels of the World.

Em 2011 torna-se consultora do Vidago Palace Hotel, membro do Leading Hotels of the World, que, mais tarde, acumulava com a direção do projeto hoteleiro Pedras Salgadas Spa & Nature Park, da cadeia Design Hotels. Chegou a pensar fazer o curso de Psicologia no ISPA, mas acabou por se licenciar em Comunicação e Marketing pelo ISCEM entre 2011 e 2013.

"Ninguém brilha sozinho"

Em 2014 foi convidada para abrir o Valverde Hotel, membro da rede de turismo de luxo Virtuoso e com a chancela da Relais & Chateaux. Hoje é a Chief Operating Officer do Grupo Valverde Living, que tem o Valverde Lisboa, Valverde Santar e o   Valverde Seteais.

Adélia Carvalho nunca teve "grandes desafios, porque, a paixão por tudo o que fiz até hoje, foi sempre muito forte. Sempre gostei de aprender, e a área de hotelaria tem muitas vertentes e áreas diferentes, por isso a minha aprendizagem tem sido contínua e intensa". Mas hotelaria exige muita carga horária. No seu caso, como faz por gosto não se cansa, mas admite que "o desafio mais forte é não estar tanto tempo com a família, é um desafio a conciliação entre a área profissional e a vida pessoal".

Para Adélia Carvalho há, na hotelaria de luxo, um patamar de exigência que obriga a uma aprendizagem constante com os clientes, os fornecedores, os funcionários. "É sempre uma jornada contínua, estamos sempre a aprender e em que o trabalho em equipa é muito importante, porque ninguém brilha sozinho".

Adélia Carvalho diz que sente "orgulho quando se faz e se faz bem, porque temos sempre de fazer o melhor que conseguimos. Se for o nosso melhor não temos de nos arrepender, mas temos de sentir que não deixamos nada por fazer". Considera que durante a sua carreira nunca sentiu nenhum obstáculo pelo facto de ser mulher: "fui sempre muito bem tratada e acho que ganhei pelo facto de ser mulher".