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"Na Madeira há espaço e muitas oportunidades no turismo, principalmente fora do Funchal, que é onde existe grande concentração, e fica essa sensação, em certos casos, de alguma claustrofobia", assinala David Caldeira, administrador da Porto Bay Hotels & Resorts. O grupo tem seis hotéis na Madeira, um no Algarve, dois em Lisboa, um no Porto e três unidades no Brasil (Rio de Janeiro, Búzios e São Paulo) com um total aproximado de 3.200 camas, tendo 1.100 colaboradores e faturação de 82 milhões de euros em 2018.
"Aumento de produtividade, criando produtos que geram mais riqueza, para pagar melhores salários e derramar pela coletividade em geral, já que o turismo é a atividade que mais depressa distribui rendimentos", assume David Caldeira.
Para este gestor o caminho passa por criar produtos de maior valor acrescentado, por crescer em quantidade em qualidade. Deu como exemplo os nichos de mercado que valorizam as zonas recuperadas, como o centro do Funchal, que "era uma zona degradada e hoje é superanimada, em que fomos pioneiros, pois foi despoletado pela criação de um hotel, o Porto Santa Maria", sublinha David Caldeira.
Reabilitação do Funchal
Miguel Gouveia, presidente da Câmara Municipal do Funchal, recorda que, em termos de Madeira, foi no Funchal que se criaram as duas primeiras sociedades de reabilitação urbana e se fez a primeira área de reabilitação urbana com benefícios fiscais. "Atualmente é a terceira cidade do país que tem mais projetos de reabilitação urbana, financiados pelo IFRRU, atrás de Lisboa e Porto. O Funchal tem estado a beber desta fonte de crescimento económico, sendo que o turismo acabou por potenciar muito a reabilitação", conclui Miguel Gouveia.
Nesta recuperação o Alojamento Local (AL) também tem tido o seu papel. Miguel Gouveia lembra ainda que, no início da crise económica e financeira em 2008, "em que o financiamento e o crédito estiveram muito condicionados, algumas unidades hoteleiras que estavam em construção fecharam como o Hotel Savoy e o Madeira Palácio, o que criou uma certa carência de oferta. Como a procura não baixou a oferta acabou por se ajustar ao mercado com o surgimento de muitos estabelecimentos de AL. O Funchal representa metade do AL que a região tem, são cerca de 1.600 unidades num total de 3200".
Mão de obra intensiva
"A hotelaria é uma atividade de mão de obra intensiva, e vai continuar a ser", diz David Caldeira. O papel da tecnologia é determinante na produtividade, mas "não podemos esquecer que o turismo é cada vez mais a emoção, a experiência única. Gostamos de ter experiências para contar. Costumo dizer que viajar é o único prazer que perdura depois de ter acabado", assinalou David Caldeira.
A hotelaria é muito concorrencial tanto globalmente, como em Portugal. Segundo David Caldeira, apenas 10% das camas do país são de marcas hoteleiras. Não há em Portugal nenhuma atividade em que a concorrência seja maior que no turismo. Referiu que "a diferenciação tem de se fazer pelo preço, pela qualidade ou pela rede de distribuição, mas não há outra forma de se distinguir a não ser nestas três dimensões".
Para David Caldeira, no turismo, "o segredo está nas pessoas, no produto e na promoção. Esta é vital para ter capacidade de fugir ao circuito dos comissionistas, dos ‘bookings’ para obter exatamente mais valor. É tão simples quanto isto, é o produto que tem de ser diferenciado, as pessoas e a emoção. Mas o segredo fundamental está nas pessoas".
"Aumento de produtividade, criando produtos que geram mais riqueza, para pagar melhores salários e derramar pela coletividade em geral, já que o turismo é a atividade que mais depressa distribui rendimentos", assume David Caldeira.
Para este gestor o caminho passa por criar produtos de maior valor acrescentado, por crescer em quantidade em qualidade. Deu como exemplo os nichos de mercado que valorizam as zonas recuperadas, como o centro do Funchal, que "era uma zona degradada e hoje é superanimada, em que fomos pioneiros, pois foi despoletado pela criação de um hotel, o Porto Santa Maria", sublinha David Caldeira.
Reabilitação do Funchal
Miguel Gouveia, presidente da Câmara Municipal do Funchal, recorda que, em termos de Madeira, foi no Funchal que se criaram as duas primeiras sociedades de reabilitação urbana e se fez a primeira área de reabilitação urbana com benefícios fiscais. "Atualmente é a terceira cidade do país que tem mais projetos de reabilitação urbana, financiados pelo IFRRU, atrás de Lisboa e Porto. O Funchal tem estado a beber desta fonte de crescimento económico, sendo que o turismo acabou por potenciar muito a reabilitação", conclui Miguel Gouveia.
Nesta recuperação o Alojamento Local (AL) também tem tido o seu papel. Miguel Gouveia lembra ainda que, no início da crise económica e financeira em 2008, "em que o financiamento e o crédito estiveram muito condicionados, algumas unidades hoteleiras que estavam em construção fecharam como o Hotel Savoy e o Madeira Palácio, o que criou uma certa carência de oferta. Como a procura não baixou a oferta acabou por se ajustar ao mercado com o surgimento de muitos estabelecimentos de AL. O Funchal representa metade do AL que a região tem, são cerca de 1.600 unidades num total de 3200".
Mão de obra intensiva
"A hotelaria é uma atividade de mão de obra intensiva, e vai continuar a ser", diz David Caldeira. O papel da tecnologia é determinante na produtividade, mas "não podemos esquecer que o turismo é cada vez mais a emoção, a experiência única. Gostamos de ter experiências para contar. Costumo dizer que viajar é o único prazer que perdura depois de ter acabado", assinalou David Caldeira.
A hotelaria é muito concorrencial tanto globalmente, como em Portugal. Segundo David Caldeira, apenas 10% das camas do país são de marcas hoteleiras. Não há em Portugal nenhuma atividade em que a concorrência seja maior que no turismo. Referiu que "a diferenciação tem de se fazer pelo preço, pela qualidade ou pela rede de distribuição, mas não há outra forma de se distinguir a não ser nestas três dimensões".
Para David Caldeira, no turismo, "o segredo está nas pessoas, no produto e na promoção. Esta é vital para ter capacidade de fugir ao circuito dos comissionistas, dos ‘bookings’ para obter exatamente mais valor. É tão simples quanto isto, é o produto que tem de ser diferenciado, as pessoas e a emoção. Mas o segredo fundamental está nas pessoas".
O turismo na Madeira
O turismo representa cerca de 27% do Produto Interno Bruto da região, 16% do Valor Acrescentado Bruto, e emprega à volta de 20 mil pessoas, cerca de 17% do emprego total na região. Em 2018 foram 1,6 milhões de turistas, 8,3 milhões de dormidas e proveitos totais superiores a 420 milhões de euros.