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A exploração económica é compatível com a sustentabilidade

O Prémio Floresta é Sustentabilidade distingue, na categoria Economia e Sociedade, associações de produtores e empresas do setor. A expectativa é a de que os projetos valorizem a sustentabilidade da produção agrícola ou florestal, refere Luís Mira, secretário-geral da Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP).

26 de Setembro de 2023 às 15:00
Luís Mira, secretário-geral da Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP). Raquel Wise
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A categoria Economia e Sociedade é uma das cinco que dão forma ao Prémio Floresta é Sustentabilidade, uma iniciativa desenvolvida pela Biond, em parceria com o Correio da Manhã e o Jornal de Negócios, com o apoio da PwC. Podem concorrer associações de produtores, empresas florestais e não florestais e prestadores de serviços. "Temos a expectativa de que os projetos enquadrados na categoria Economia e Sociedade venham demonstrar que não existe qualquer incompatibilidade entre uma exploração económica da atividade florestal e os padrões mais exigentes ao nível da sustentabilidade ambiental", afirmou Luís Mira, secretário-geral da Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP).

"Os candidatos nesta categoria devem apresentar projetos bem geridos, que apliquem boas práticas em operações florestais, mas também que sejam inovadores e com importância social e ambiental", assinala Cláudia Coelho, Sustainability and Climate Change Partner da PwC.

Sumidouros de carbono

Na opinião de Luís Mira, a floresta sustentável é fulcral, pelo que não faz sentido a existência de uma produção agrícola ou florestal que não seja sustentável. Explica que, do ponto de vista do produtor, uma exploração agrícola ou florestal tem de ser sustentável para permitir a continuidade da atividade e do negócio.

Por outro lado, "o mercado atual exige certificação de sustentabilidade ambiental para adquirir os produtos florestais. As empresas praticamente já só adquirem produtos com selo de certificação, ou pelo menos valorizam fortemente esse aspeto na altura de comprar, e esse comportamento é transmitido em cadeia até aos próprios consumidores", afirma.

O secretário-geral da CAP espera ainda que "os projetos contribuam para desmistificar algumas ideias, de natureza puramente ideológica, que têm surgido na nossa sociedade, insinuando que alguns tipos de produção florestal são prejudiciais ao ambiente, o que não corresponde à realidade nem tem fundamentação científica".

Luís Mira sublinha ainda um dos aspectos que hoje é essencial no domínio das florestas e que passa pelo seu reconhecimento como verdadeiros sumidouros de carbono e fontes de produção de oxigénio. "O que nem sempre é valorizado pela sociedade, nem sujeito a qualquer tipo de compensação a quem cuida da floresta, que são exatamente os produtores florestais", conclui o secretário-geral da CAP.

Categoria Economia e Sociedade Pretende distinguir projetos e/ou negócios sustentáveis lançados por associações de produtores, produtores, empresas florestais, empresas não florestais, prestadores de serviços ou outras entidades e também pretende distinguir projetos de educação ambiental e florestal, provenientes de ONG, autarquias ou outras entidades, incluindo pessoas individuais, que tenham projetos de proteção da floresta. "Caso a natureza dos candidatos assim o justifique, poder-se-ão considerar subcategorias distintas, por exemplo, uma subcategoria dirigida a empresas do setor e outra dirigida a empresas de setores não florestais", refere Cláudia Coelho.

Candidatura online em www.premioflorestasustentabilidade.pt, que pode ser feita até 30 de novembro de 2023