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A celulose bacteriana, um produto de futuro

A Satisfibre tem como missão o desenvolvimento de propriedade intelectual, a prestação de serviços e a investigação nesta área.

10 de Maio de 2023 às 15:30
Miguel Gama, CEO da Satisfibre. Pedro Ferreira
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A Satisfibre está a estudar com outras empresas a viabilidade económica da produção industrial de celulose bacteriana e acredita que no futuro haverá vários usos no mercado para esta matéria-prima que não tem sabor e tem a textura da uva, desde produtos alimentares a máscaras faciais ou biomedicina. "A celulose bacteriana é um belíssimo material pelo qual nos apaixonámos", afirmou Miguel Gama, CEO da Satisfibre, um spinoff que funciona na órbita da Universidade do Minho, onde é professor.

A Satisfibre tem como missão o desenvolvimento de propriedade intelectual, a prestação de serviços e a investigação nesta área. "Temos um plano de negócio preparado, exercício que estamos a fazer com algumas empresas. Acreditamos que no futuro haverá uma variedade de produtos de celulose bacteriana no mercado", sublinhou Miguel Gama. Revela que, no Ocidente, a celulose bacteriana é "um pouco exótica" em termos alimentares, embora se venda pontualmente nos espaços comerciais. Encontra-se em produtos misturados com frutos e que são oriundos sobretudo das Filipinas e da Indonésia, e muito apreciados no Japão. Neste caso, é produzida de forma artesanal, "não é uma biotecnologia muito sofisticada". Com base na celulose bacteriana existem ainda produtos como as máscaras faciais que se encontram nos spa, por exemplo, que são produzidas na China. Na Europa e nos Estados Unidos, há empresas que produzem celulose bacteriana para aplicações em biomedicina. "Na Polónia e na Alemanha, existem empresas que produzem membranas de celulose para tratamento de feridas."