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Acrescentou que "obviamente não é o ideal, mas não podemos tomar decisões mais céleres para garantir o acesso sem assegurar que estamos a gerar decisões com eficiência no sistema de saúde".
Considerou que para se gerar value for money compete ao Infarmed garantir que essas decisões são informadas e apoiam a decisão, que é sempre do Ministério da Saúde, para a introdução dos novos medicamentos.
Sublinhou que "para os medicamentos que são imprescindíveis e que de facto não existem alternativas terapêuticas e existem riscos imediatos de perda de vida do doente há o acesso através de uma autorização excecional de modo garantir que quem precisa tem acesso ao medicamento".
O contexto atual de crise pandémica e em que a vacina se tornou uma necessidade, todas as pessoas estão a acompanhar mais o sistema de inovação na saúde, disse Céu Mateus co-autora das novas orientações metodológicas e professora de Economia da Saúde da Universidade de Lancaster. "Para fazer uma avaliação da informação que é disponibilizada leva tempo para ser tomada uma decisão. Todos queremos que o processo seja mais rápido, mas a cautela não é má e como economista tenho aversão ao risco, neste caso é sempre melhor levar-se um pouco mais de tempo para um decisão mais robusta e assente na informação disponível e tentar apressar o processo", sustentou Céu Mateus. Porque, às vezes, os resultados também não são os esperados e são insatisfatórios para os doentes.
As associações de doentes têm participado no programa Incluir do Infarmed, desde há dois anos, disse Ana Sampaio, presidente da Associação Portuguesa de Doença Inflamatória do Intestino. Salientou que os doentes são os clientes das tecnologias de saúde pelo que é importante que os doentes digam o que é que faz diferença nas suas vidas porque isso nem sempre é percebido pelos outros stakeholders.